A adoração focaliza o olhar em Deus.
Ela leva necessariamente à contemplação e estão unidas uma à outra. Contemplar, segundo a experiência dos santos é um ver além das aparências, penetrar, e descobir a realidade mais profunda de Deus. A pessoa contemplativa é aquela que não se limita em olhar superficialmente o que diz respeito a Deus, sejam objetos sacros em uma igreja, seja a propria contemplação dos mistérios da presença de Deus e da presença eucaristica de Jesus, pois sabe que o real assim como se vê, esconde uma outra realidade misteriosa, deste, a Liturgia Sacra é um exemplo claro.
A pessoa que recebeu o dom da contemplação, entre outros atributos, vai além da ritualidade aparente. Realidade esta, que é a mais verdadeira e autêntica. Este é também o segredo que faz com que outros experimentem um pouco de toda essa harmonia e sintonia celestial. Colocando-se na luz de Deus, a pessoa contemplativa não lê os acontecimentos da vida e de sua realidade e situações de maneira puramente humana e racional.
Na história da Igreja, os santos vinham procurados por este dom de ver as coisas de Deus além horizonte até chegar ao milagre. As pessoas, quando encontravam-se em dificuldades materiais ou espirituais, corriam ao encontro de pessoas que para eles, revelavam o querer de Deus e conseguiam entrar la dentro. Ainda hoje acontece como se diz: “Vou até aquela pessoa porque é uma pessoa de Deus”! ou porque é uma pessoa que demostra vida santa.
Contemplação é essencialmente um fato que diz respeito também ao olhar. Um olhar penetrante pela fé e pelo amor.
Muitos não sabem que os antigos monges na historia da Igreja, tinham uma predileção particular pelas corujas. Neste animal que na noite seus gritos surpreendem, os contemplativos encontravam neles o simbolo de suas vidas, sobretudo pelos olhos enormes capazes de penetrar até o muro da noite. Estes animais não têm somente olhos grandes mas nos passam a idea que tem somentes olhos. A coruja consegue ver com uma luz que é cem vezes superior àquela do homem.
Para ver as trevas, precisa ter olhos que vão além da capacidade aparentemente humana, isto é com os olhos de Deus que até diantes de mistérios, eles enxergam como se estivessem em plenas luz. São como sentinelas à espera, paciente e de pé sobre seus pés sempre à espera do sol, exatamente como corujas.
Nossos olhos, atraídos das coisas imediatas, aparentes e que aparecem mais brilhosas, e que se impõem e quer sempre estar no centro da atenção, fecham-se aos poucos, e vêem somente o que está ali, a um palmo de distancia, a diferença das pessoas que tem o dom da contemplação. quando elas olham as coisas de Deus, seus mistérios, a realidade, os acontecimentos e pessoas, os olham com olhos de corujas e vêem tudo claro.
As pessoas unidas a Deus pela oração, conseguem ver o belo e o feio, a verdade e a mentira. Os santos eram muito procurados para conselhos e orações por esta união profunda com Deus.
Ė certamente, uma forma privilegiada de conhecimento. Não se trata de um conhecimento de tipo intelectualmente humano. O conhecimento dos mistérios de Deus não esta ligado à estudos humanos, mas à união com Deus, tanto que muitos dos santos eram pessoas analfabetas como S. catarina de Siena e tantos outros santos.
O Senhor Te abençoe e te guarde,
Seu irmão, Padre Antonio Lima.