Pentecostes / 6 - Doce Hóspede da alma

Esperando por pentecostes 2Os cristãos festejam nestes dias a solenidade da presença do Espirito Santo na Igreja.

No diálogo com Nicodemos, Jesus fala: “ Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus. Nicodemos perguntou-lhe: Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus” (Jo 3,3-5).

Na vida nova em obediencia ao Espirito Santo a nossa alma se transforma por assim dizer em um pequeno céu, a graça da sua presença nos faz experimentar a graça da vida trinitária e quão misterioso é esse estado de graça e inexplicável! A sua manifestação é a paz interior, uma paz intima que as palavras humanas não conseguem realmente explicar. A Liturgia da Igreja chama o Espirito Santo di “Doce Hóspede da alma”: sempre ativo em nos infundir nele, plasmar, nos preencher de seus dons fazendo-nos santos no dia a dia, se sabemos escutar a sua voz que nos dirige para o bem em tudo. Em nosso falar, em nosso vestir, em nosso olhar, em nosso relacionar-nos com os nossos prossimos, em nosso louvar, em nosso orar e etc, etc… quem busca, tenta, viver nesta consolante realidade, mesmo vivendo a vida de cada dia, muitas vezes com mil difilculdades, mas vive ao mesmo tempo esta dimensão do céu que os santos ja experimentam juntinhos ao Pai.

Se experimentam assim os frutos de sua presença que são segundo S. Paulo, “Amor, alegria, paz, paciencia, bondade, fidelidade, mansidao, dominio de sì. (Carta aos Galatas, 5,22). Maria Santissima e os santos, por terem sido pessoas que aprenderam no dia a dia a viver “intensaente“ no espirito, experimentaram essa doce presença deste Hospede interior da alma e viveram, imaginamos, sob a presença e a potencia do Espirito Santo. Diz Santa Teresa de Jesus que em um momento de recolhimento no dia da Festa que a Igreja dedica ao Espirito Santo, “Pentecostes”, que: “Em uma noite de Pentecostes, me encontrava em um lugar solitário e estava orando, quando percebi a presença do Espiito Santo em mim… o meu espirito se recolheu em uma grande paz em companhia de um hospede assim tão amável… e comecei a experimentar muita quietude e suavidade além da paz interior”. Que bela experiência carissimos!

Peçamos ao Espirito Santo que nos conceda de acolhermos “sempre” essa doce sua presença. Vamos orar juntos invocando-o?

“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis, e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Ó Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo este mesmo Espírito e gozemos sempre de Sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso, Amém.

“In manus tuas!”

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.