A Bem aventurada Helena Guerra, nasceu em Lucca (Itália) em 23-6-1835.
Depois de uma longa doença (1857 – 1864), durante a qual amadureceu nela o sentido apostólico com a leitura e o estudo da Bíblia e da literatura dos padres da Igreja, dedicou-se ao apostolado na promoção de um núcleo popular chamado “Filhas de Maria”.
Ela foi a inspiradora da redescoberta da ação do Espirito Santo e de um retorno ao Cenáculo: no final do décimo nono seculo, exortava o Papa Leao XII a uma renovada devoção ao Espirito Santo. A mesma necessidade que a Renovação Carismática percebeu em seu início, experimentando em maneira nova a força e a eficácia da oração que nasce da potência da ação do Espírito. Retomando esta intuiçaão profética, João Paulo II em uma carta aos Bispos da Itália, lançou este grande apelo: voltar ao Cenáculo para sermos como fogo que queima pela oração, para invocar com a mesma confiança de Maria e dos apóstolos. “Uma grande efusao de amor e de esperança sobre toda a humanidade” (João Paulo II à Renovaçao em 1998).
Esta santa, em 1882 fundou uma nova congregação, inicialmente denominada Filhas de Sta. Zita, que depois do encontro de Helena com Leão XIII (18-10-1897) se chamará “Oblatas do Espírito Santo”, à propagação da devoção ao Espírito Santo. Em 1886, Helena tem a primeira intuição da sua vocação na igreja: solicitar a Leão XIII que se faça promotor de “retorno ao Espírito Santo”, em vista de uma renovação da igreja e da unificação de todos os cristãos.
Esta espiritualidade foi uma resposta providencial a um tempo secularizado e necessitado de dons espirituais. A devoção ao Espirito Santo feita através do louvor incessante por meio do Espirito que se realiza através da adoração eucarística. A intervenção do Papa João Paulo II quanto à importância desta devoção foi muito importante. Ele dizia que se tratava de um progeto-convite à adoração incessante dia e noite possivelmente, para ajudar as pessoas a retornarem ao Cenáculo para que, unidos na contemplação do Mistério Eucaristico, intercedam por meio do Espirito Santo a plena unidade dos cristãos, e pela conversão dos pecadores. Naquela ocasião o Papa exprimia o seu desejo que a Renovação carismática fosse uma verdadeira “academia” de oração, de ascese, de virtudes e de santidade.
Por meio desse desejo do Papa João Paulo II, somos chamados na verdade, a fazer desse projeto de adoração por meio do Espirito Santo, com a Bem Aventurada Helena Guerra, um meio para redescobrir em nos, uma nova Pentecostes, uma nova presença do Espirito Santo de Deus, genuina e menos contaminada por fisolofias e raciocínios puramente humanos, a fazer ressurgir em nós aquela unção do Espirito e a fé carismática, a redescobrir o dom de linguas, a renovar o gosto de uma oração pessoal profunda e a alegria do louvor, a nos compromenter na defesa espiritual da Igreja e a crescermos na comunhão em Cristo.
Dizia o Papa que este nosso tempo, desejoso de esperança, precisa conhecer o Espirito Santo e pedia na ocasião, aos carismáticos, que fossem promotores de uma “cultura da Pentecostes”, a qual pode fecundar uma cultura do amor e da convivência entre os povos. Com uma fervorosa insistência, pedia para que fosse sempre invocado o Espirito Santo: “Vem Espirito Santo”. (João Paulo II, cidade do Vaticano, 14 de março de 2002, audiência particular aos responsáveis da Renovação Carismática nos 30 anos de presença na Itália).
“In manus Tuas”
O Senhor te abençoe e te guarde,
Padre Antonio Lima.