Qui bene cantat bis orat! (S. Agostinho)

Qui bene cantat bis oratA inspiração do músico católico deve combinar e andar junto à sua vida interior em Cristo. Suas aspirações e desejos, medos e fracassos, sons e silêncios do seu coração. A vida de oração, a frequência aos sacramentos, a experiência da vida em comunidade (Igreja), a escuta da palavra e a reta intenção de servir são pré-requisitos fundamentais para alimentar de inspirações e horizonte todo músico cristão.

A formação teológica ao mesmo tempo em que capacita para uma adequada missão evangelizadora em uníssono com os ensinamentos da igreja também aprofunda no músico as questões fundamentais para qualquer católico.

A música, como toda forma de arte, é expressão de beleza. Toda beleza de alguma forma aponta para o Verdadeiramente Belo. Em suas características específicas expressa de forma particular a beleza de Deus. Nos detalhes de uma canção podemos escutar a voz Daquele que nos criou. Deus mora nos detalhes.

Os salmos são canções e fazem parte da tradição judaica. Desde os tempos mais antigos a Igreja abriu espaço para esta forma de expressão. Santo Agostinho cita em suas confissões o impacto dos cânticos que ouvira em Milão, na época de Santo Ambrósio (santo este a quem é atribuído uma forma chamada “canto ambrosiano”):
“Eis que redobrava minhas lágrimas ao ouvir teus cânticos…”

A expressão “Qui bene cantat, bis orat” – (quem bem canta, ora duas vezes), eu penso que se refere a cantar com os lábios e com a vida. Integrando em todas as dimensões do ser um louvor ao Cristo.

“In manus Tuas,

O Senhor te abençoe e te guarde,
Padre Antonio Lima.