“Tenham coragem. Não tenham medo de sonhar coisas grandes!”
“A vida não nos foi dada para que a conservemos para nós mesmos, mas nos foi dada para que a doemos”
Em uma das catequeses o Santo Padre o Papa Francisco refletiu com coragem e ousadia este grande tema. que maravilha! três textos do Evangelho que ajudam a entrar no mistério de uma das verdades que se professam no Credo: Jesus “de novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos”; os textos foram o das dez virgens, a dos talentos e o do Juízo Final.
Na parábola das dez virgens – disse o Papa – o Esposo que as jovens esperam com as lâmpadas de azeite é o Senhor. O tempo de espera é o tempo que devemos manter acesas as nossas lâmpadas da fé, da esperança e da caridade, é o tempo antes de sua vinda final.
“O que se pede é que devemos estar preparados para o encontro, que significa saber ver os sinais de sua presença, manter viva a nossa fé, com a oração e com os Sacramentos; trata-se de ser vigilantes para não dormirmos, para não nos esquecermos de Deus”.
Esta parábola – disse o Papa – nos fala que a espera do retorno do Senhor é o tempo da ação, o tempo no qual usar os dons de Deus, não para nós mesmos, mas para Ele, para a Igreja, para os outros, o tempo no qual procurar sempre fazer crescer o bem no mundo. E em particular hoje, neste período de crise, é importante não se fechar em si mesmo, enterrando o próprio talento, mas abrir-se, ser solidário, estar atento ao outro. E falando aos jovens disse:
“A vocês, que estão no início do caminho da vida, peço: vocês pensaram nos talentos que Deus lhes deu? Pensaram em como podem colocá-los ao serviço dos outros? Não enterrem os talentos! Apostem em ideais grandes que alargam o coração, ideais de serviço que tornam fecundos os seus talentos. A vida não nos foi dada para que a conservemos para nós mesmos, mas nos foi dada para que a doemos. Caros jovens, tenham uma grande coragem! Não tenham medo se sonhar coisas grandes!”
Na parábola do Juízo Final se descreve a segunda vinda do Senhor e se adverte que seremos julgados na caridade, segundo o que amamos aos demais, especialmente aos mais necessitados.
“Queridos irmãos e irmãs, olhar para o Juízo Final jamais nos deve provocar medo; mas ao contrário nos impulsione a viver melhor o presente. Deus oferece-nos, com misericórdia e paciência este tempo para aprendermos a reconhecê-Lo nos pobres e nos humildes e perseverarmos vigilantes no amor. Possa o Senhor, no fim da nossa vida e da nossa história, reconhecer-nos como servos bons e fiéis!”
Parábolas de grande significado e muito bem explicadas pelo Sumo Pontífice. Não podemos desperdiçar os talentos recebidos do Senhor. Este é o tempo da misericórdia e temos que aproveitá-lo para nossa santificação. Sejamos todos esta misericórdia divina por quanto podemos, valorizando com misericórdia e menos racionalismo os dons que o Senhor em sua bondade nos dá.
“In manus Tuas!”
Padre Antonio Lima.