Não é fácil dizê-lo. Certamente significa, antes de tudo aprofundar a mensagem lida que Deus te quer comunicar.

Exige, pois, um esforço e algum cansaço, porque a leitura deve ser uma reflexão atenta e profunda. Noutros tempos, o cristão sabia de cor (tinha no cor-ação…) as Escrituras e repetia-as interiormente com extrema facilidade.

Também hoje tu deves dedicar-te à reflexão, proporcionalmente à tua cultura, à capacidade e aos meios intelectuais que possuis. É válido o princípio:

«Não a erudição mas a unção, não a ciência mas a consciência, não o papel mas a caridade»,

Ao mesmo tempo, não é útil uma escuta ocasional e indisciplinada, feita sem o rigor requerido por todos os estudos sérios e sem o uso dos instrumentos úteis à compreensão.

Se tens oportunidade, recorre aos comentários dos Padres da Igreja sobre os diferentes livros das Escrituras, muitos já traduzidos para as línguas modernas; às concordâncias, de modo a comentares a Bíblia com a Bíblia; a estudos exegéticos ou comentários espirituais.

Faz sempre uma selecção das obras a consultar, pois algumas têm a pretensão de serem sérias e espirituais, mas não contêm mais do que opiniões pessoais ou delírios que não obedecem aos textos divinos ou à tradição e, sobretudo, desconfia dos comentários que se dizem ser “reapropriações da Palavra” mas em que se “escraviza” a Palavra; também os comentários espirituais ao leccionário litúrgico festivo e ferial devem ser criteriosamente escolhidos, pois muitos são extemporâneos, escritos artificialmente com uma relação muito ténue com os textos e repletos de palavras do autor.

A escuta não é a recepção passiva de um texto, mas antes, o esforço, da parte do cristão, em penetrar cada vez mais a fundo o sentido inesgotável da Palavra divina em relação ao próprio grau de plenitude e à tenacidade na aplicação“, dizia Orígenes.

Todos estes meios exegéticos, patrísticos, espirituais são úteis à meditatio e ao crescimento da compreensão, todavia importante na lectio divina é o esforço pessoal, não privado, ainda mais fecundo se quem o faz vive uma experiência comunitária ou de fraternidade, ou de grupo – lugares por excelência da Palavra – nos quais, não se lê apenas em conjunto, mas experimenta-se e vive-se em conjunto a Palavra. Este esforço pessoal tende a procurar a ponta espiritual do texto: não a frase que marcou mais, mas a mensagem central que orienta, de imediato, para o evento morte-resurreição de Cristo.

Paz e bem!

Seu irmão, Padre Antonio Lima.

O Espirito Santo é fonte de luz, eleva nossa vida, quando o deixamos, para o caminho da santidade, a qual, passa certamente pela estrada da caridade. Ele que guia e nos dirige a sensibilidade, nos leva enos eleva a contemplação, ao louvor, a oração, a alegria de sua presença, e nos convida a coroar a verdade da amizade intima com ele, por meio do amor que o Senhor Jesus pregou, ensinando-nos com sua mesma vida. Nunca vai existir um verdadeiro louvor se o mesmo nao der continuidade nas mais simples atividades de amor. Tudo tornaria inutil sem esta importante particularidade do verdadeiro louvor a Deus.

Ele, o Espirito Santo nos mostra o caminho das bem aventuranças como a “Carta Magna” para sermos santos.

A santidade pertence ao povo; é a santidade daues que vivem em nosso meio, daqueles da “porta do lado” que tem uma normal vida de todos os dias feita de coisas simples. Por isso o Senhor Jesus colocou diante de nós uma estrada por onde caminhar: a estrada das Bem aventuranças é a grande regra do comportamento que nos propoe o evangelista Mateus no Capitulo 25 do Evangelho.

Nas Bem aventuranças encontramos traçada uma carta de identidade do cristão, porque o rosto do Mestre contemplado e vivido do discipulo, possa ser o reflexo da quotidianidade.

A palavra “felizes” ou “bem aventurados” transforma-se em sinônimo de santo porque ensina que a pessoa fiel a Deus e que vive a sua palavra alcança, no dom de si, a verdadeira Bem aventuança. As Bem aventuranças traçam o rosto do Senhor Jesus e não podem ser vividas senão conservando uma intensa união com ele. Cada uma contém tres elemento estruturais: a proclamação da felicidade, a indicação de uma situação humana em que irrompe a felicidade, a causa que da origem a mesma felicidade.

A santidade é portanto ser pobres no coração. O estou a dizer? saber chorar com os outros, reagir com humilde mansidão, procurar a justiça com fome e sede, olhar e agir com misericórdia, manter o coração limpo de tudo o que suja o amor, semear paz entorno, aceitar cada dia o caminho do Evangelho não obstante que nos procura problemas.

A Regra de comportamento, contida no Evangelho de S. Mateus é aquela que tem como base, o julgamento final.

Quem não vive o amor pelos pobres e pelos ultimos, que não tem compaixão pelos que sofrem em algum modo, por aqueles que são o “resto” da umanidade, carne de Cristo e primeiro sacramento de Jesus. Estes assim não são santos e não mostram o desejo de encaminhar-se pela estrada da santidade. E a Caridade, como cada boa semente, necessita crescer: a Palavra de Deus e a vida sacramental são o alimento e a força para seguir a Jesus, ele que é caminho para a santidade.

Paz e bem,

Seu irmão, Padre Antonio Lima.

O mistério da Anunciação: “Maria, Mãe de Deus, dá à luz o seu filho primogênito”.

As Escrituras destacam dois elementos fundamentais sobre Maria, que correspondem à sua experiência humana, considerados essenciais para uma verdadeira maternidade: “conceber e gerar”.

Estes dois momentos estão presentes também em Mateus: ela “concebeu” por obra do Espírito Santo e “deu à luz” um filho. Por isso, no Natal, quando Maria dá à luz Jesus, ela se torna, plenamente, Mãe de Deus, “Theotókos, Geradora de Deus”.

O título “Mãe de Deus” é o mais antigo e o mais importante do dogma de Nossa Senhora, definido pelo Concílio de Éfeso, no ano 431, como “verdade de fé, que todos os cristãos devem crer”. Este é o fundamento de toda a grandeza de Maria, o princípio da Mariologia.

A maternidade física e metafísica de Maria chega ao seu ápice com a maternidade espiritual, a primeira e mais santa filha de Deus, a primeira e mais dócil discípula de Cristo.

O título de “Mãe de Deus” é o fundamento da grandeza de Maria, o ponto de encontro dos cristãos, mas é também fator de unidade ecumênica, reconhecido por todas as Igrejas.

A maternidade divina de Maria é física e espiritual: ela não só concebeu Jesus em seu seio, mas, antes, o concebeu no seu coração.

Como podemos nós, hoje, conceber, concretamente, Jesus, em nossas vidas, como o fez a sua Mãe? mediante duas atitudes: “escutando a Palavra” e “pondo-a em prática”.

Em nossos dias, há duas maternidades negativas ou incompletas, isto é, dois tipos de interrupções da maternidade: o aborto e a pré concepção em proveta ou em úteros alugados. Isto acontece por falta de fé ou por falta de obras.

São Francisco de Assis, disse um dia: “Somos mães de Cristo, quando o levamos no coração e no corpo, através do amor divino e de uma consciência pura e sincera. Damos à luz pelas obras santas, que devem resplandecer como exemplo para os outros… Oh, como é santo, agradável, suave, amável e desejável ter como nosso irmão o filho de Maria, Jesus Cristo!”.

O Pobrezinho de Assis diz ainda que “concebemos Cristo quando o amamos na sinceridade do coração e com a retidão de consciência, e o damos à luz quando cumprimos obras santas no mundo”.

seu irmão,

Padre Antonio Lima.

 

Meus primeiros passos com Padre Jonas Abib e “Aquele extraordinário “jeito de ser”.

Tive a graça de conhecer o nosso pai celestial fundador Padre Jonas Abib, e estar sempre presente nos encontros dos padres dos então chamados na época amigos da comunidade Canção nova, onde ele gostava de estar presente sempre e ali aprofundávamos o carisma e experimentávamos o carisma e o dom do Espírito Santo que o havia inspirado para aquela porção de “canção”. Meu primeiro abraço, aquele do primeiro encontro de quando havia decidido eu e os outros de caminhar segundo a inspiraçãoh do Espírito Santo para a comunidade Canção Nova, naquele abraço daquele dia a cada um pessoalmente à sua chegada ele repetiu ali naquela sala pra cada um de nós: “você é um de nós”! Aquela expressão ficou em mim como um sigilo.
Encontrei tudo isto é tantas outras riquezas vividas na época em minha agenda diário daquele ano de início de conhecimento do carisma, de ontem para hoje, esfoliando meus diários espirituais.
Nunca mais pude esquecer nem deixar de lembrar nas tentações de desânimo, tristezas e nas inúmeras incompreensões do ministério sacerdotal, causados pelo pensar humano demais e racional de outros irmãos no sacerdócio, de uma outra frase dele: “Nas dificuldades, seja uma canção nova!”
De ontem pra hoje, li tantas coisas que escrevia no meu diário enquanto ele falava e pregava para nós. Quanta riqueza! Estas palavras em um destes retiros, aqueles primeiros, enchiam-me de alegria interior, ser uma canção nova, um novo louvor a Deus nos meus momentos difíceis.
É assim com estes empurrõezinhos dele, podia não perder o sabor de ser um padre segundo o coração de Deus pelo Espírito Santo.
Tudo isso mudou minha vida e meu modo de enxergar a vida.
Quantos momentos, quantas experiências, quantas formações celebrações e con-celebrações no “rincão do meu Senhor!”.
Hoje sou um padre renovado e mais que qualquer outra coisa confiante da presença do amor de Deus que não abandona quem ele consagra para si, graças ao padre, a sua presença, a sua força, ao seu encorajamento sempre e incansavelmente constante.
Como te esquecer meu santo?
Como te esquecer farol?
Como te esquecer meu inspirador?
Como te esquecer meu mestre das coisas de Deus?
O senhor vai continuar sempre meu exemplo de artista “do reino” de cantador do céu, mas somente se for como o senhor dizia em ordem de batalhas. “Músicos de Deus em ordem de batalha!”
Isso mesmo, é isso o mais importante do que toda força e fama.
Quanta lembrança boa entre tantas outras suas expressões. Fique certo padre, como tantos teus filhos te guardarei no fundo de meu ser com tanta gratidão e eterna comoção.
Meu mestre de simplicidade…
E o barco continua em alto mar!
MEU GRANDE OBRIGADO EM DEUS por sua vida sempre!

A misericórdia de Deus è sua clemência

Quem usa de misericórdia, seu tratamento sempre de compaixão, de profundo amor que o induz à ajuda e ao perdão dos que o ofendem.

È a atitude do coracão clemente. È a atitude de Deus!

As atitudes concretas que são sinônimo de misericórdia são a caridade, a comiseração, o chorar junto a alguem, a compaixão, a piedade, a benignidade, a clemência, a graça, a indulgência, a mansidão, a tolerância.

Na Palavra de Deus, a misericórdia soa assim com seus sinônimos, onde a clemência de Deus para com os seus, se demonstra na paciência. Deus nos oferece sempre um tempo durante o qual possamos examinar a vida e reconhecer, através da graça, o que devemos fazer para mudar e nos conformar ao Seu Filho Jesus, aplicando-nos para salvar-nos das garras de satanas.

Em outras palavras, a misericórdia de Deus consiste no tempo que o Senhor nos da para entender quais pecados fizemos, nos arrepender e converter-nos.

A Palavra de Deus è rica, nos mostra este verdadeiro conceito da sua misericórdia.

“Reconhece, pois, que o Senhor, teu Deus, é verdadeiramente Deus, um Deus fiel, que guarda a sua aliança e a sua misericórdia até a milésima geração para com aqueles que o amam e observam os seus mandamentos”. (Deusteronômio 7,9).

“Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício”. (Oseias 6,6).

“Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. (Mateus 9,13).

“Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem”. (Lucas 1,50).

E muitissimas outras passagens da palavra de Deus.

A misericórdia de Deus è sempre concessa a quem o ama e estão dispostos a “mudar” através do arrependimento e a observância de sua lei.

Se muda um pouco por vez portanto, enquanto Deus, nos mostra a sua misericórdia e sua graça: o nosso caminho com Ele è uma experiência que dura para toda a vida, portanto, também além da morte.

Para mudar precisa tempo, nada acontece de um dia para o outro, mas Deus mantém suas promessas e a sua misericórdia é um dom disponivel sempre para quem o quer, e o ama de coração sincero, desejando mudar e conformar-se a Jesus e que pacientemente se aplica para a propria salvação no cotidiano, através de um exercicio continuo para a propria santificação.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.

 

Tempo de Advento: Quem vos recebe a mim recebe (Mt 10,40)

Vivemos este tempo de advento com todas as dificuldades que estamos passando neste exato momento, onde a humanidade se prostrou e está prostrada diante de uma pandemia que parece não ter fim.

Diante desta situação mortal mundial onde o homem e a ciência revelaram-se impotentes, não podemos esquecer da preciosidade deste tempo maravilhoso a viver-se, por conta do que estamos passando, com mais intensidade do que nunca.

Antes de tudo, invocando todos os santos dias o Espirito Santo de Deus sobre nós, sobre a humanidade inteira para que diante do momento presente que vivemos, “seja feita a vossa vontade”… como oramos no Pai Nosso e, acolher a Jesus.

Acolher a Jesus que como todos os anos, o festejamos, festejamos seu aniversário e fazendo-o, lhe dizemos que o acolhemos em nós, em nossa vida, em nossa história, em nossas histórias de vida e deixamos assim, que ele reine sobre o que e seu, e seus, somos nós!

Acolher a Jesus, e invocar o Espirito Santo sobre toda a humanidade necessitada neste momento, são duas faces de uma mesma medalha, digamos assim, pois, somente acolhendo a Jesus como o Senhor de nossa história, podemos invocar o Espirito Santo.

Acolhemos Jesus. Queremos acolher a Jesus. O dizemos e dizemos ainda que queremos manter palavra. Concretamente esta acolhida de Jesus em nossa vida, passa através do amor, passa através da caridade para com o nosso próximo, principalmente aqueles que em torno a nós, são mais necessitados materialmente ou espiritualmente. Assim, somos chamados pelo mesmo Senhor Jesus e pelo Espirito Santo a acolher. Acolher a todos, amar a todos, principalmente os ultimos. Assim também o louvamos nao somente com nossos lábios, mas também com a nossa vida. Elevamos um verdadeiro canto de louvor ao céu.

Quem vos recebe a mim recebe: se eu recebo em minha casa, em minha vida, o meu próximo, estou então recebendo a Jesus!

Se deixo que meu próximo aproxime-se de mim, e antes de querer ser servido por ele, o sirvo, assim, estou acolhendo, recebendo,louvando eme spirito e em verdade e amando o próprio Senhor.

Este é concretamente o grande sentido da acolhida do menino Jesus no Santo Natal.

È assim, que nos preparamos neste período de espera e de esperança.

Que o Senhor Jesus portanto, que nos dá a graça, que te dá a graça de fazer de sua palavra, vida em ti, o saibamos acolher e corajosamente obedecer com toda a nossa alma. Para isto è necessário, fazer um grande esforço para sermos sensiveis espiritualmente, porque somente a alma sensivel, percebe, intui, o toque de Deus que chama ao amor e à verdadeira acolhida do seu Filho.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.

Como viver sem louvar a Deus? O pensamento do Papa Francisco sobre o louvor e a oração carismática.

A experiência da verdadeira ação de louvor, transforma a vida e faz desejar uma vida santa aqui na terra.

 “A Igreja precisa do Espírito Santo! Todo cristão, em sua vida, precisa abrir seu coração para a ação santificadora do Espirito Santo. Por que o Espirito Santo, que o Pai prometeu, è aquele que nos revela Jesus Cristo, nos conduz ao encontro pessoal com Ele e assim, transforma a nossa vida.

Quem vive esta experiência deve partilhar com os outros irmãos, mas para partilha-la, precisa viver e ser testemunhas desta experiencia!

O louvor è a inspiração que nos dá vida, por que è intimidade com Deus, que cresce com o louvor de cada dia.

Louvar o Senhor è como a respiração para o ser humano. De fato, como a respiração tem dois movimentos, que è o de inspirar e expirar, do mesmo modo a vida espiritual è feita de um duplo movimento para ser verdadeira: Oração e Missão. O cristão se alimenta antes da oração e portanto inspira, e na missão, expira o que inspirou na oração, diante do Senhor. Este è o segredo da adoração. Recebemos o respirar do Espírito e o expiramos quando anunciamos Jesus, inspirados pelo mesmo Espirito. Portanto o cristão não pode viver sem respirar, nao pode viver sem o louvor e sem a missão.

Quando se fala de orar e exultar a Deus, não podemos pensar que seja uma ação somente dos carismáticos. Eles recordam à Igreja a necessidade e a importancia da oração de louvor.

Em uma Missa em Santa Marta, quando falei da oração de louvor, disse que não é somente a oração dos carismáticos mas de toda a Igreja! È o reconhecimento de que Jesus è mesmo o Senhor! O Senhor de todos nós; na oração de louvor, reconhecemos o Senhorio de Deus sobre nós e sobre toda a criação, que se espressa na dança, na música e no canto.

Além da alegria do louvor, com ela precisamos unir um grito ao Pai por todos os perseguidos e assassinados por causa da paz, em um mundo este, que esta sempre e cada dia mais confuso. Louvem sempre o Senhor e não desanimem, louvem sempre mais, sem cessar e com o rosario em mãos como ja fazem”

Uma mesangem esta, rica de particulares, que o Papa Francisco fez dom aos membros da XVI Conferência internacional dos responsáveis das Comunidades e Fraternidades católicas carismáticas e seus membros, reunidos na Aula Paulo VI, com o tema: Louvor e adoração carismática para uma nova Evangelização. A catequese de Papa Francisco foi inspirada pelo tema principal do congresso: “…Partilhar com todos na Igreja o Batismo no Espírito Santo”.

Seu Irmão em Cristo,

Padre Antonio Lima.

A missão não é o êxito de estratégias disse o Papa Francisco.

O Papa Francisco, falando do papel do missionário na Igreja, coloca em destaque algumas atitudes importantes para uma vida, um testemunho e uma evngelização onde o verdadeiro protagonista è o Espirito Santo. Falando às pontificias obras para as Missões, estes assuntos vieram a tona, como de fato, è o que caracteriza suas catequeses: A Igreja è crivel quando quem fala por ela, testemunha antes com sua vida simples, humilde, despojada materialmente e espiritualmente e não sente a necessidade afetiva de se destacar no que diz, ensina ou testemunha. As atitudes deste tipo de missionário, diz o Santo Padre, encontra sua satisfação interior na propria obra de Jesus.  Não se apega, não propaga gratuitamente, suas capacidades pessoais mas tudo precisa ser atribuido ao mesmo Espirito Santo.

O Testemunho de fato, nos diz o Senhor Jesus, è o que nos darão garantia, portanto com razão diz o Papa, não são necessarias estratégias humanas:

«Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,35).

Fundamentos da missão: Francisco recorda que o “delineamento mais íntimo” da missão da Igreja é “o de ser obra do Espírito Santo, e não consequência das nossas reflexões e intenções”. Receber a alegria do Espírito “é uma graça” e também “a única força que podemos ter para pregar o Evangelho”. A salvação “não é consequência das nossas iniciativas missionárias, nem dos nossos discursos sobre a encarnação do Verbo”, mas “pode vir para cada um mediante o olhar do encontro com Ele, que nos chama” e, portanto, ser a consequência e o reflexo de alegria e gratidão. Anuncia o Evangelho que testemunha a obra de Outro.

Traços distintivos: Retomando-os da Exortação Evangelii gaudium, Francisco descreve os “traços distintivos da missão”. Primeiramente, a atração: “a Igreja cresce no mundo, não por proselitismo, mas por atração”, e “quando uma pessoa segue feliz Jesus, porque se sente atraída por Ele, os outros dão-se conta disso; e podem maravilhar-se”.

Outros traços distintivos: são a gratidão e gratuidade, porque o “ardor missionário nunca se pode obter em consequência de um raciocínio ou de um cálculo” ou porque há uma obrigação nesse sentido, mas é “um reflexo da gratidão”. A seguir, a humildade, porque “se a felicidade e a salvação não são nossa possessão nem uma meta alcançada pelos nossos méritos, o Evangelho de Cristo só pode ser anunciado com humildade”, sem arrogância. Há também a característica do facilitar, não complicar: o trabalho missionário autêntico não acrescenta “pesos inúteis às vidas já afadigadas das pessoas”, e não impõe “percursos sofisticados e trabalhosos de formação para usufruir daquilo que o Senhor concede com facilidade”. Outros traços distintivos são a aproximação à vida real, porque a missão “alcança as pessoas sempre onde estão e como estão, nas suas vidas reais”. O “sensus fidei” do povo de Deus e a predileção pelos humildes e os pobres que “para a Igreja não é uma opção facultativa”.

Talentos a serem desenvolvidos: Olhando ao futuro, Francisco recorda que as Pontifícias Obras Missionárias “nasceram espontaneamente do ardor missionário manifestado pela fé dos batizados” e estão ligadas ao sensus fidei do Povo de Deus. As Obras Missionárias avançaram sobre os “trilhos” da oração e da caridade. Elas sempre foram estimadas pela Igreja de Roma e sua vocação nunca foi vivida e sentida como um caminho alternativo, uma pertença «externa» relativamente às formas comuns da vida das Igrejas particulares. Tornaram-se uma rede espalhada por todos os Continentes: “Uma pluralidade que pode proteger contra assimilações ideológicas e unilateralismos culturais”.

Armadilhas: O Papa enumera algumas patologias que pairam no caminho das Pontifícias Obras Missionárias. A primeira é a autorreferencialidade, com o risco de prestar atenção à sua autopromoção e celebrar as próprias iniciativas em chave publicitária. Depois, há a ânsia de comando, ou seja, a pretensão de “exercer funções de controle sobre as comunidades que deveriam servir”. Depois, a patologia do elitismo, “a ideia tácita de pertencer a uma aristocracia”. A seguir, o isolamento do povo, “visto como uma massa inerte, que precisa incessantemente de ser reanimada e mobilizada”, “como se a certeza da fé fosse consequência de um discurso persuasivo ou de métodos de preparação”. Outras armadilhas são representadas pela abstração e pelo funcionalismo, porque se aposta tudo na “imitação dos modelos mundanos de eficiência”.

Uma grande responsabilidade para quem è missionario, e um empenho, senao que, uma atitude de pequenez espiritual a serem assumidas. Somos antes de tudo nos pastores ordenados, chamados a testemunhar e viver em uma sacra tensao, para que brilhem as obras de Cristo, a açao do Espirito Santo e a conversao a Cristo, e nao as nossas estratégias e conhecimentos humanos de ciencias e teologias. Isto nos ensinam os santos com suas vidas que o verdadeiro sabio, è o “paga com a propria vida”, e “nao paga com palavras poéticas”, para ser o discipulo segundo o coraçao de Jesus.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.

 

O consagrado é aquele que prometeu a Deus fidelidade: omunidade de vida e a vida de consagração: altar da caridade:

Para que o vinho não se transforme em vinagre.

A vida em comunidade tem como base os conselhos evangélicos vividos diariamente e comunitariamente, A Palavra do Senhor fortalece os consagrados e os torna missionários a todos os efeitos para contribuirem junto a toda a Igreja para a difusão do Reino de Deus, revelado pelo Filho, o Senhor Jesus. (cfr Mt 22,39).

A vida de comunidade, garante e legitima os consagrados em sua ação missionária em meio ao mundo (cfr Gv 1,13). A vida em comunidade facilita o testemunho de vida no exercicio diario e constante dos conselhos evangélicos que o viver em comunidade requer,  cada comunidade segundo o carisma que o Espírito Santo de Deus, inspirou no coração daquele que Ele escolheu para dar inicio, corpo e forma àquele “sopro”. (cfr. Documento Mutuae relationes, Congregazione per i Vescovi e CRIS, 11, 1978). Isto, para o bem de todo o povo de Deus. (cfr. Concilio Vaticano II, 1964, Lumen Gentium, 44).

A vida de consagração è um compromisso para com Deus primeiramente, onde a pessoa que com liberdade escolheu de viver aquele compromisso, nela, este compromisso è realizado com uma promessa ou voto a Deus em sua Igreja.

Isto acontece através de uma promessa, amadurecida no tempo, até chegar a uma promessa definitiva de serviço humilde o mais santo possível,

Assim como no Sacramento da Batismo, da confirmação ou Crisma, da Ordem, do Matrimonio, o leigo consagrado emite aquelas promessas, onde se compromete por toda a vida.

È o famoso “VEM E SEGUI-ME” de Jesus, que chama para o serviço exclusivo do Reino. (cfr Mt 19,16-30). Claramente não è um sacramento, a promessa pública de consagração ao reino, dos membros das comunidades, mesmo se è parecida, enquanto è sempre uma promessa ou um voto a Deus.

Imagine um padre, um esposo ou uma esposa, que prometeram fidelidade a Deus naquele sacramento!

Romper aquela fidelidade à promessa feita a Deus, não é sinal de virtude e de sinceridade, é um voltar atraz, no que se escolheu: A escolha de uma vida consagrada, è uma escolha livre de viver em humildade, para santificar-se, para “depois” por-se a disposição de Deus para santificar os irmãos.

Como santificar se não se renuncia ao pecado para santificar os irmãos?

Encontramos no Evangelho de S. Lucas do que promete a Deus de viver na pequenez e no escondimento para servir o Senhor somente e da pra traz, para satisfazer seus próprios desejos e vontades em vista de interesses pessoais. E Jesus diz, Reflitamos:

“O Filho do Homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las.

Foram então para outra povoação. Enquanto caminhavam, um homem lhe disse: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que vás. Jesus replicou-lhe: As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.

A outro disse: Segue-me. Mas ele pediu: Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai. Mas Jesus disse-lhe: Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus.  

Um outro ainda lhe falou: Senhor, seguir-te-ei, mas permite primeiro que me despeça dos que estão em casa. Mas Jesus disse-lhe: Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus”. (Lc 9, 56-62).

Para este tipo de seguidores que querem servir o Senhor como eles próprios querem e não como o Senhor quer, sem querer obedecer às exigencias do Servir, que è “deixar tudo” e dar espaço a obediência a Palavra do Senhor, a estes, a resposta de Jesus è bem clara. Percebem?

Porque para eles, são importantes os próprios, sonhos, interesses e projetos pessoais, ao invés daqueles que são os interesses do Reino de Deus “propriamente dito”. Estes Jesus não ousa chamar dignos de segui-lo como consagrados.

O consagrado è aquele que prometeu a Deus e continua fiel a sua promessa, dentro de um carisma inspirado pelo Espírito Santo.

O consagrado que não è sacerdote, é sempre um leigo, mas um leigo consagrado.

O leigo que fez uma promessa pública de viver toda a sua vida, a cada minuto, para o Reino de Deus e viver o mais perfeitamente, decidiu de viver em uma comunidade, dentro de um carisma que o ajuda a viver sua consagração e tornar-se o mais santo possivel para corresponder à promessa a Deus.

È aquele que decide viver “fora da mentalidade do mundo para não cair na  tentação e ceder aos seduções do mundo: ganancia, ganancia de riqueza, de prazeres, interesses egoistas, satisfacões desenfreadas, acumulo e cobiça de bens, casas, terras, desejos e caida nos prazeres da carne fora do Sacramento do matrimonio, infidelidade conjugal, orgulho pessoal, vaidades etc..

Tudo isto leva o servo, ao distanciamento do que è essencial para a propria salvação: Deus como tudo!

Diferente è o leigo que não sentiu o chamado à consagração de toda a sua vida para o serviço do Senhor, dentro de um projeto de vida ou carisma em uma familia religiosa, querida por Deus, inspirada pelo Espirito e colocada na alma de alguém para este projeto divino.

Em vista do Sacramento do Batismo e da Consagração, o leigo que não optou por uma vida de total dedicação, é sempre um consagrado, um missionário, legitimado a anunciar o Reino de Deus ao mundo, em vista do Santo Batismo como disse, porém, exposto ao pecado, e com muito menos possibilidade de uma vida santa e bem mais facilidade para cair nas seduções do mundo como falava-se acima. (cfr. Papa Francisco, festa da apresentação do Senhor, XXII jornada mundial da vida consagrada, homilia do Santo Padre Francisco, Basilica Vaticana, 2 de fevereiro dee 2018).

O Papa Francisco lembrou a necessidade do serviço generoso na vinha do Senhor e a alegria de rezar para ir ao encontro dos que mais precisam da ação da Igreja:

“Nós consagrados somos consagrados para servir o Senhor e servir os outros com a Palavra do Senhor. …Onde rezar não é perder tempo, adorar Deus não é perder tempo, louvar Deus não é perder tempo”.

Que o Espirito Santo ilumine aqueles que estão para dar o passo e a promessa para o serviço do Reino, e possam acolher os convites do Espírito Santo que sopra na alma a cada instante, em docilidade e humildade para não esquecerem e não esquecermos também nós, que o nosso ponto de chegada é a vida de santidade, que consiste numa vida total de amizade com o Senhor da paz, Deus nosso Pai.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.