A pessoa bondosa: Nâo somente olhar nos outros suas virtudes e vive-las também nós!

Ao Senhor Jesus, toda honra, todo louvor e toda a adoraçâo por tudo o que è, e sempre será: Ele è o Filho de Deus. Exaltemos o seu Santo nome, pois, todo aquele que exaltar o nome do Senhor Jesus será  salvo e sua promessa se cumprirá: “Eu o ressuscitarei no dia final” (Jo 6,35-40).

Em sua vida aqui na terra somente amou e nos amou até a morte de cruz, obediente ao Pai, veio ao mundo para nos desvelar o grande amor e por isso pagou um preço caro por nâo ser entendido e aceito pelos homens e autoridades de seu tempo.

As autoridades e povo do seu tempo, e muitos ainda hoje, (esses muitos que podemos ser também eu e voce, diretamente ou indiretamente nâo esqueçamos, por conta de nossos pecados),  nâo o reconheceram filho de Deus e o maltrataram até leva-lo à colina da crucifixâo.

Jesus sabia tudo o que iria acontecer mas nâo recuou. Como disse o profeta,

…Nâo abriu a boca, mesmo sendo humilhado (Is 53).

Vivamos o exemplo de Jesus em sua obediência a Deus. Sejamos bons porque foi o que ele nos ensinou.

Nâo paremos a meditar somente estes tres dias quase que poeticamente sobre a vida de Jesus, porque ele pede fidelidade hoje e no tempo, seremos sentimentais demais; isto nâo è ser de Jesus, ser dele, tem o que a ver com a fidelidade, com a fé, com o amor, que é o que o Senhor pede de nós. Só assim poderemos ser seus verdadeiros amigos e filhos bondosos.

A sua e nossa Mâe, possuia todos os motivos deste mundo, para ser uma grande poeta e admiradora do Filho, ela porém juntou-se a ele na obediência, nâo recuou o sofrimento. Escolhida pelo Pai para ser a Mâe por excelência, se fez sinal e ponte por esta sua obediência, mesmo diante da desolaçâo em ver o Filho pregado e desfigurado numa cruz!

Que Mâe! Que coraçâo materno: Obedecer, sofrer, amar, acolher e esperar! Grande exemplo de Mâe e de Mestra de bondade.

E ela estava lá! Aos pés da Cruz do Filho, junto ao Filho! (Jo 19,25).

Como nâo amar-te e charmat-te “Mâe”, que è o que és, Maria Mâe de Jesus! (Jo 19,27).

Bons portanto para com todos, contra as maldades que afloram dentro de nós, todo tipo de maldade do pequeno julgar ao maior, da mais simples palavra ofensiva, que pode parecer nada, da mentira para defender-nos para nâo passarmos vergonha, dos tantos desinteresses para com quem nos passa ao lado, do egoismo de pensar antes em salvar a nossa pele, das espertezas humanas que nâo sâo por nada de Deus, do saber perder qualquer coisa: material, espirtual ou moral, por Deus, etc. Enfin, viver de bondade!

O Senhor nos ensina isto: sermos bons! A bondade e a pequenês junto às outras virtudes cristâs, vividas, e nâo somente contempladas e admiradas em quem as pratica por exemplo, é o que faz de nós, bons filhos de Deus.

Somos habituados a ver a bondade nos outros, a caridade, o interesse de quem ama e evita de julgar… nâo é mesmo? e os admiramos por suas virtudes: “Nosssa como fulano è bom!” E eu? E voce? Fazemos o mesmo? Esta aqui a chave! Nâo olhar nos outros suas virtudes mas vive-las também nós.

Seremos fieis e verdadeiros adoradores, amaremos o Senhor de verdade quando pararmos de olhar a bondade dos outros e nos juntarmos àquele fulano ou fulana, para vivermos como “bons filhos, imitando o Senhor Jesus que se fez pequeno e humilhou-se. Amem?

O Senhor te abençoe e te guarde!

Padre Antonio Lima.

Necessitamos do Reino de Jesus

Quando éramos pequenos nossos pais nos ensinavam que entre irmãos precisava estar sempre unidos e o que era de um, era também de todos, e assim crescemos com esta mentalidade boa vivida em familia.

A generosidade e a partilha são ensinamentos que tem sua origem na Palavra de Deus.

Jesus ensinava a viver com generosidade e gratuidade, pois estas são os sinais sensives onde o amor se manifesta em nossa vida. E aqui que chamamos de “testemunho cristão. De fato, diz Jesus,

“Dai e vos será dado” (Lc 6,38).

O Espirito Santo de Deus nos orienta interiormente, que não podemos, eu por primeiro, como cristãos, viver uma vida baseada no egoismo e no fechamento.

Hoje em dia somos muito sensiveis quando vemos alguém que está sofrendo com doença grave, por um pai ou uma Mãe que não tem o que dar aos filhos para comer, e corremos, e apelamos aos vizinhos para fazer algo junto por aquela familia, quando vemos um cego sem direção, quando vemos alguém caida na rua e assim por diante.

Precisamos aprender um outro lado da generosidade e da partillha que geralmente o nosso ego faz esquecer:

Quero dizer do amor vivido também lá, onde as situações não são gritantes. E o amor ao próximo nos pequenas coisas, nos pequenos atos de generosidade, nas pequenas partilhas.

O amor vem de Deus e o amor é Deus, diz a Palavra de Deus.

“Deus nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê.
Temos de Deus este mandamento: o que amar a Deus, ame também a seu irmão.Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus; e todo o que ama aquele que o gerou, ama também aquele que dele foi gerado. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Eis o amor de Deus: que guardemos seus mandamentos. E seus mandamentos não são penosos, porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 4,19- 5,4).

Amar, é uma necessidade da nossa alma para a nossa própria salvação. Amar é servir, é escutar, é visitar alguém que esta sozinho ou que vive sozinho, é encontar um amigo, é por-se a disposição para aconselhar, para orientar, para ” dar”  o que o próximo necessita materialmente, estando em nossas condições.

Sem mesquinhes nem mentiras, pois não poucas vezes escutamos alguem que nos pede algo ou sem pedir mesmo, sabemos de sua necessidade e o bate aquele pensamento egoistico e racional… Como é dificil por a mão no bolso não é meus amigos, ate mesmo para amar! não é mesmo? Em suma, amar é servir sem julgar.

E aqui, precisamos realmente tomar muito, mas muito cuidado mesmo! Pois o inimigo está sempre querendo nos sugerir mais o “julgamento” do que o “ dar ”, para não obedecermos aos ensinamentos do Senhor Jesus. E ele, sabemos, é o pai da codardia.

O grande obstáculo ao amor ao próximo é o julgamento. Tomemos cuidado. “Dai e vos será dado” (Lc 6,38).

O Senhor te abençoe e te guarde,
Padre Antonio Lima.

 

Obedecendo a Deus e realizando os desejos do seu Reino no mundo contemporaneo

A Nova Evangelização de que muito se fala, se pensa e se reflete em ambiente eclesiais, universitários e acadêmicos, em encontros de pastorais e de comunidades, infelizmente ainda não está no coração de todos e nos projetos pastorais em nossas comunidades. O fai notar o Papa Francisco de algnus tempos a hoje, este desapego pastoral para com a atual necessidade da Igreja no mundo. A presença da nova evangelização ainda permanece somente na prática de algnus Padres e bispos que realmente abraçaram não tão somente em palavras e discursos, mas em suas proprias vidas antes de tudo. Abaixo ele esclarece a importancia da mesma com palavras claras e concretas.
Ainda se vive de fato, uma modalidade de ser igreja baseada nos gostos pessoais de muitos. De fato, percorrendo comunidades e convivendo com projetos pastorais, nota-se o quanto ainda é presente a mentalidade medieval dos pequenos feudos onde o pároco vive a realidade do possesso do seu proprio feudo. Era assim que se pensava durante a idade média das comunidades paroquiais de então. Esta mentalidade está viva e operante hoje e náo se quer admitir que as coisas estejam assim.
Contrariamente a esta concepção, precisamos saber e aceitar obbedientemente que a “realidade” da Nova Evangelização de que falam os ultimos Papas desde o Concilio Vaticano II é outra.
O Santo Padre Francisco, com suas palavras claras, em comunhão com os outros papas, esclarece mais ainda no que consista a difusão do Evangelho, segundo o coração do proprio Jesus, o qual revelou incansavelmente o amor do Pai, a todos os homens.
Temos nos pastores, uma grande responsabilidade diante de Deus, e precisamos fazer com que a infantilidade pastoral manifestada em tantas atidudes, não seja mais importante do que o espirito da missão a qual fomos chamados a viver: com o mesmo espirito e ardor do Mestre.
Diz a proposito o Santo Padre:
“Alcançar os mais pobres e necessitados para lhes dar o apoio de se sentirem úteis na vinha do Senhor, nem que seja apenas por uma hora.
Outro aspecto: por favor, não sigamos a voz das sereias que convidam a fazer da pastoral uma convulsa série de iniciativas, sem conseguir captar o essencial do compromisso de evangelização. Por vezes parece que estamos mais preocupados em multiplicar as actividades em vez de estar atentos às pessoas e ao seu encontro com Deus. Uma pastoral que não tenha esta atenção a pouco a pouco torna-se estéril. Não esqueçamos de fazer como Jesus com os seus discípulos: depois de terem ido às aldeias para levar o anúncio do Evangelho, voltaram contentes pelos seus sucessos; mas Jesus conduziu-os a um lugar afastado, solitário, para estar um pouco com eles (cf. Mc 6, 31). Uma pastoral sem oração nem contemplação nunca poderá alcançar o coração das pessoas. Ficará na superfície sem permitir que a semente da Palavra de Deus possa ganhar raízes, germinar, crescer e dar fruto (cf. Mt 13, 1-23).
Obrigado pelo vosso compromisso! Abençoo-vos e, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim, porque devo falar tanto e para que também eu dê um pouco de testemunho cristão!
(Fonte: Santo Padre Francisco, discurso do Santo Padre Francisco ao encontro organizado pelo Pontificio Conselho para a nova evangelização, aula Paolo VI, 19 de settembre de 2014).

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.

Acredito que a oração de louvor nos projeta em Deus por ser libertadora, nos livra dos condicionamentos terrenos para nos projetar em Deus. Ela nos livra do nosso eu para levantar os olhos ao céu, de modo desinteressado e gratuito, nisto, os salmos são o exemplo maior: “Te louvo Senhor, porque és meu Deus”.
Esta é chamada de oração carismática, que por ser tal é comunitaria, põe ao centro a pessoa de Jesus e a ação do Espírito Santo.
O louvor não somente nos projeta em Deus libertando do dobramento sobre nos mesmos mas quando verdadeiro o louvor “obrigatoriamente” leva a amar os irmãos.
“Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vos, e a vossa alegria seja completa. Este é o meu mandamento: Amai-vos uns aos o outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que dar a vida pelo irmão (Jo 15, 11-14).
Não podemos louvar o Senhor se não tem a harmonia da sua graça dentro de mim e com a comunidade. Muito eficaz neste sentido é o louvor em línguas, ele expressa o que ja existe na comunidade: isto é, a presença do Espírito Santo de Deus e a união plena em Cristo. Para isto a importância do sacramento da confissão, que nos leva a voltar a graça pelo perdão sacramental.
Assim criamos amor fraterno enquanto louvamos e é esta dimensão, a do amor segundo o mandamento de Jesus, que cria aquele ambiente onde o Espirito pode fazer florescer os seus dons e carismas.
Procuremos, amigos e irmãos estar dentro desta harmonia da graça para que nossa oração e nosso louvor sejam bem aceitos diante de Deus por Jesus no Espírito Santo. Busquemos esta dimensão comunitaria fraterna para que seja verdadeiro o nosso louvor. Evitemos na comunidade, no grupo de oração e no testemunho pessoal que nossa manifestação de louvor seja inútil como diz a Palavra: “Este povo me honra com os lábios”…
Coragem, corramos ao trono da graça sempre que nos sentimos fora dela por qualquer motivo de pecado que a consciência nos adverte.

O Senhor te abençoe e te guarde,
Padre Antonio Lima.

 

Precisiamos, sim, temos a necessidade real meus irmãos, de dobrar os joelhos diante do Senhor.

Nossos joelhos dobrados, estao ao lugar de nossos pés, quando estamos em pé. dobrando os joelhos podemos reconhecer que somos filhos de Deus e que ele é o Pai e nos seus filhos,  que ele é o Onipotente diante da sua própria criação.

Exaltando a beleza do amor, nos colocamos de joelhos diante do Amor em pessoa, Jesus, e de joelhos dobrados nossa alma se renova nos braços de quem a criou.

Não escutando mais quase quem fale de adoração ao Senhor senão, ocasionalmente… esquecemos que dependemos de Deus e dele tudo provém, ate mesmo o sucesso da vida.

 “Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Filipenses 2,10-11).

A mentalidade moderna de hoje quer nos fazer “deuses”  e portanto não nos ensina a reconhecer o nosso ser “filhos”, não nos ensina a baixar a cabeça e reconhecer os erros que cometemos, ela nos ensina a levantar a cabeça orgulhosamente e bater no peito.

Sejamos adoraradores de verdade. não nos acontentemos de sermos “meros” adoradores, que nosso pensar, refletir, sonhar, caucular, sejam todos diante do Senhor. Não esqueçamos que ou nossos progetos de vida … são feitos diante do Senhor sem quase nenhuma intervenção de nossos interesses… ou passarão como folha carregada pelo vento e se perdem pelo caminho.

Nao nos iludamos com o que temos hoje. Tudo o que somos, temos e fazemos, até mesmo para o Reino, veio das maos de Deus. E Ele o Senhor, a razao por que existimos.

Vem iluminar-nos, Espirito Santo de Deus!

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.

Se tivéssemos fé, veríamos Deus oculto no sacerdote, como a luz por trás da vidraça, como vinho misturado na água.

Devemos considerar o padre quando está no altar e no púlpito como se fosse o próprio Deus. Oh! como o sacerdote é algo sublime! Se ele se apercebesse morreria… Deus lhe obedece: diz duas palavras e Nosso Senhor desce do céu. Se não tivéssemos o sacramento da Ordem, não teríamos Nosso Senhor. Quem o colocou no tabernáculo? O padre. Quem foi que recebeu nossa alma à entrada da vida? O padre. Quem a alimenta para lhe dar força de fazer sua peregrinação? O padre.

Quem a preparará para comparecer perante Deus, lavando a alma pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O padre, sempre o padre. E se alma vier a morrer, quem a ressuscitará, quem lhe dará a calma e a paz? Ainda o padre. O Sacerdote não é para si, mas para vós… Quem recebeu vossa alma à sua entrada na vida? É o sacerdote. – Quem a sustenta para dar-lhe a força de fazer sua peregrinação? O sacerdote. – Quem há de prepará-la para se apresentar diante de Deus, purificando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O sacerdote, sempre o sacerdote. –

“E se a alma morrer quem há de ressuscitá-la? Ainda o sacerdote. – Não há benefício alguma de que vos lembreis sem ver logo ao lado desta recordação a figura do sacerdote. – O sacerdote tem as chaves dos tesouros celestiais; é o procurador de Deus, é o ministrador de seus bens.”

Só no céu compreenderemos a felicidade de poder celebrar a Missa. O padre não é para si. Não dá a si a absolvição. Não administra a si os sacramentos. Ele não é para si, é para vós.” Se um padre vier a morrer em conseqüência dos trabalhos e sofrimentos suportados pela glória de Deus e a salvação das almas não seria nada mal.” O Sacerdote só será bem compreendido no céu… Se o compreendêssemos na terra, morreríamos, não de pavor, mas de amor.”

Se não fosse o padre, a morte e a Paixão de Nosso Senhor de nada serviriam. O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Diario de S. Joao Maria Vianney).

Deus te abençoe!

Padre Antonio Lima.

Não deixe que se apague a luz da sua presença.

“Depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar para desatar-lhe a correia do calçado. Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo.” (Mc 1,7).

O Batismo no Espírito Santo, quando cultivaldo, faz de nos novas criaturas, conscientes e transformados na fé. Precisamos cultivar a graça que um dia recebemos, a graça do Batismo no Espírito Santo, é ele que nos move, é pela familiaridade com ele que vemos os irmãos e o que nos rodeiam, com olhos novos. Se não temos essa familiaridade, olhamos e julgamos humanamente todas as coisas, pessoas e situações. Pois é o Espírito Santo que renova nossas mentes quando o permitimos de agir em nós. Isto se chama, “fervor espiritual”

E mais, a vivência do Batismo no Espírito Santo, isto è, do nosso Batismo, faz de nós pessoas, cristãos levados a santificar o ambiente que nos circunda, nos leva a uma grande compreensão em todas as suas formas.

São muitos os frutos da ação do Espírito Santo em quem se deixa conduzir objetivamente por seu amor, entre eles o dom da perseverança e da mansidão.

Jesus nos ensinou o melhor critério de discernimento da ação do Espírito Santo:

Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos.Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo.  Pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos aconheci. Retirai-vos de mim, operários maus! (Mt 7,17-23).

Acreditemos na misericórdia do Senhor que quer nos libertar do poder do mal e usemos as armas do Espírito, voltando ou perseverando em uma vida nova. “Lava-me, Espírito Santo”.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.

Jesus Ressuscitado, com sua vida deu-nos a vida.

Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais. (João 14,1-3).

“Onde eu estou também vós estejais”. Este é o Paraiso: estar onde Jesus está, viver come ele vive. O Paraiso é estar com ele, assim come ele mesmo havia preanunciado ao bom ladrão. “Hoje estarás comigo no Paraiso”.

Só depois da nossa morte corporal veremos claramente aquilo que em nossa existência terrena as vezes no foge, que é o que nos dá vida de verdade, a nossa relação com Deus e com os irmãos.

Após a ressurreição de Jesus, que com ela temos a garantia da vida eterna, precisamos nos perguntar não tanto onde estaremos após a morte, mas com “Quem” estaremos! Estaremos com quem nos precedeu e foi preparar-nos um lugar. Ele vira para nos buscar e assim gozarmos do Paraiso com os anjos e santos eternamente.

Por isso o nosso coração em nosso dia a dia não deve desesperar-se, nossa vida aqui na terra não deve ser tomada por nenhum tipo de desespero, senão, QUEM  é Jesus realmente para nós? confiamos ou não confiamos em sua palavra que estaria conosco todos os dias até o fim dos tempos? Ou “preferimos muitissimas vezes” confiar no encardido e em seu espirito de fraqueza que quer tomar posse de nós a cada instante?

Essta é a palavra de ordem do cristão de quem quer levar a sério Jesus! – Ele disse: Estarei convosco!

A nossa fé é pequena? nosso pensar é limitado? Peçamos todos os dias e “façamos a nossa parte” para termos a mesma medida de Jesus, na fé dos milagres.

Esta é nossa missão enquanto estivermos nesta terra.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.

A Semana Santa aos olhos de quem não conta as horas quando está diante do Senhor, e o contempla na cruz.

Ver e contemplar são duas realidades completamente diferentes uma da outra. Quem não é cego, vê, mas não são todos que possuem o dom da contemplação. Contemplar não é senão, ver a realidade em seu conjunto – no todo – em outras palavras, é o que colhe o sentido dos detalhes; é ver e entender o todo, com um olhar agudo, O contemplativo é quem contempla o sentido total e unificado de uma realidade.

O sofrimento de Cristo por exemplo: são poucos os que conseguiram contempla-lo. A contemplação não faz parte dos agitados, dos esageradamente práticos, nem dos que não conseguem parar diante do que acham importante, fazer isto ou aquilo. O dom da contemplação não chega até estes.  Dziia assim S. Teresa D’avila, a mestra em “oração e contemplação”.

Pois bem, o sofrimento de Cristo, tem um sentido mas o que não consegue contemplar, este sentido, não o consegue colher, e assim, se limita no crer e no aceitar porque… “porque sofreu por todos nós”…

Diz-se: Porque o sofrimento? não seria melhor demostrar o amor de Deus e por Deus se todos estivéssemos bem, em boa saúde, comendo e bebendo ate os cem anos? porque existe o sofrimento, porque precisa morrer? a nossa vida porém não é como a pensamos ou a queremos. Nós queremos estar bem e ser felizes, sem dores, sem malicias, sem injustiças, sem guerras, sem frtos, e que não nos falte nada… quem não gostaria que fosse assim? todas as vezes que assistimos o jornal e escutamos falar de escandalos, guerras, violencias, sofrimentos, nos perguntamos como pode existir isto

Mas, a vida ensina antes ou depois tambem pelo sofrimento, nos ensina que a inveja, o ciume e o orgulho, e toda especie de malicia, não estão “longe de mim”, nem no mundo das “pessoas ruins”. Leiam o que Jesus diz:

Ouvi-me todos, e entendei. Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa manchar; mas o que sai do homem, isso é que mancha o homem. bom entendedor meia palavra basta. Quando deixou o povo e entrou em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe acerca da parábola. Respondeu-lhes: Sois também vós assim ignorantes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode tornar impuro, porque não lhe entra no coração, mas vai ao ventre e dali segue sua lei natural? Assim ele declarava puros todos os alimentos. E acrescentava: Ora, o que sai do homem, isso é que mancha o homem. Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez. Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem.

A pessoa que contempla, ver a realidade do sofrimento humano com seu sentido maior, que vai além do seu aspécto material e fisico, porque já contemplou o sentido do sofrimento de Cristo. È de quem tem o dom da graça da contemplação, começando pela oração mental, este, consegue discernir o sentido do sofrimento e seu porque, porque viu já com os olhos da alma e contemplou o rosto transfigurado de Jesus, o servo sofredor, que no sofrimento salvou e pagou por nossos pecados por meio de suas chagas.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.