Somente o amor distingue os filhos de Deus.

Se todos os que fazem o sinal da cruz, que é um ato religioso, se respondessem “Amem” e cantassem todos Aleluia, se todos recebessem o batismo e entrassem nas igrejas, se fizessem construir muros de igrejas, santuários ou catedrais, permanece ainda porém o fato que somente a caridade, “o amor” distingue os filhos de Deus. Aqueles que vivem de amor divino nasceram de Deus, dizem as Escrituras, e este é o critério de discernimento.

Se todos tivessem tudo mas faltasse a única coisa, nada seria o que aquela pessoa possui. Escrevendo aos cristãos de Corinto S. Paulo diz:

“Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, (Jesus ) com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O dia (do julgamento) demonstrá-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo. Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado – e isto sois vós”. (1 Cor 3, 1-16). Paulo colocou o fundamento da Igreja de Corinto no Senhor Jesus.

Assim ele nos ensina que:

– Qualquer obra de apostolado necessita de discernimento, de continuidade e de coerência, pois na Igreja todos podemos construir, somos chamados a construir partindo porém do Fundamento e de consequência, discernir o que é necessário e escolher com muita cura com que e quem se quer construir o próprio apostolado: se é com pedras ou so com areia.

– A qualidade è atributo do amor. Deus que é amor, é perfeição e o amor de Deus que é um amor-comunhão, tudo o que se desenvolve sem referência ao amor, é destinado à vaidade do mundo. “Tudo é vaidade das vaidades.” (Eclesiastes, 1,2). “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância: ainda que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens” (Lc 12,13-21).

– E nos lembra que mesmo possuindo dons e profecias, sem o amor nada somos e o que fazemos nao significa nada. (1Cor 13).

– Jesus afirma que se podem fazer obras religiosas e de apostolado, em seu nome, isto não significa que o risco da vaidade não continua, pois podem ser feitas pelo amor do proprio “eu”, sem o amor do Pai e dos irmãos.

– E’ a autosuficiência de quem acha que está a postos com Deus e diz: “Senhor Senhor”, quando chega a hora da verdade não deixamos que Ele seja o Senhor de nossas vidas.

Tomemos cuidado, estejamos atentos e oremos sem cessar, se queremos ser sempre mais fieis ao Senhor, que o nosso espirito de vaidade não tome o lugar do amor, não tome o lugar de Deus, onde, ao invés de nossos apostolados serem serviço para o Reino de Deus, que nao seja serviço para nós mesmos. Carissimos amigos, precisamos unicamente sermos testemunhas da Obra de Deus.

O Senhor te abençoe e te guarde,

Padre Antonio Lima.