Que tenhamos a coragem de São José
Queridos irmãos, há mais de uma década eu fiz minha primeira pregação no Rincão do meu senhor, na Canção Nova em Cachoeira Paulista. Foi no ano de 2008 e o dia foi bem especial, pois era 1º de Maio, dia de São José operário.
Para mim, naquele dia, falar do pai adotivo de Jesus foi, sem dúvida, apresentar um modelo de vida o qual, nós, podemos e devemos seguir. Sua vida nos aponta um caminho de santidade, nos mostra que é possível vencer desafios caminhando ao lado de Deus. Seus dons e virtudes são admiráveis e devem ser observados e seguidos por nós. José foi um homem bondoso, fiel, prudente, justo, caridoso, terno, obediente, cheio de fé, fortaleza e coragem.
Neste dia especial, 19 de março, quero exaltar hoje uma de suas grandes virtudes, a coragem. O relato de Mt 1, 18-20. 24 nos fala o seguinte: “Assim aconteceu o nascimento de Jesus: Maria, sua mãe, era noiva de José e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida por obra do Espírito Santo. José, seu noivo, sendo um homem justo, não quis que ela ficasse com o nome manchado e resolveu abandoná-la sem ninguém o saber. Enquanto planejava isso, teve um sonho em que lhe apareceu um anjo do Senhor para dizer-lhe: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como esposa, porque a criança que ela tem em seu seio vem do Espírito Santo. (…) Quando acordou, José fez o que o anjo do Senhor havia mandado. Levou sua esposa para casa.”
A coragem que José teve de mudar seus planos humanos dentro de um drama que lhe era apresentado, sim um drama, coloque-se na posição de José, todo ser humano tem suas desconfianças e de uma hora para outra a mulher que ele amava e iria casar-se aparece grávida, José um homem religioso conhecedor da torá, ter que passar por tamanho constrangimento diante de sua família e do seu povo, meu Deus, de fato um drama, contudo, por ser um homem de Deus, um homem sensível aos movimentos espirituais, José ouve a voz do Senhor através do anjo e ali inicia o corajoso caminho de se abandonar nas mãos da providência divina, e a partir deste abandono receber de Deus coragem para receber sua esposa, fugir sem recursos, educar o filho de Deus, coragem para viver nas sombras, no escondimento, na discrição, ter um papel fundamental na vida daquela família, ser o provedor, ser o educador daquele que tinha a missão de salvar a humanidade, sem aparecer. Sem dúvida, José poderia dizer como disse a música que: “eu diminua para que o senhor cresça mais e mais”. José é fonte de inspiração para todos nós.
Por fim, irmãos, tenhamos a coragem de sermos imitadores de São José. De modo especial, hoje quero lhe convidar a fazer esta consagração e colocar sua vida nas mãos de Deus pela intercessão do glorioso São José.
Ó Glorioso São José, Patriarca e Padroeiro da Igreja!
Ó Castíssimo Esposo da Virgem Mãe de Deus!
Ó Guardião e Pai adotivo do Verbo Encarnado!
Na presença de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santíssima Virgem Maria, de nossos Anjos da Guarda e de toda Corte Celeste, nós hoje vos escolhemos como pai, guardião e protetor.
Imitando a Jesus e Maria, queremos hoje nos consagrar a vós. Debaixo de vossa proteção, colocamos nosso Apostolado, nossas Famílias e tudo aquilo que somos e temos. Recebei-nos de corpo e alma. Zelai pelo nosso crescimento espiritual e por todos os nossos bens interiores e exteriores.
Ó bondoso São José, a quem Deus constituiu como chefe da Sagrada Família, aceitai-nos em vossa Casa. Por vossas mãos e pelas mãos da Virgem Maria, concedei que possamos estar sempre unidos a Jesus para servi-lo fielmente, todos os dias de nossa vida.
Ó guardião bendito e majestoso protetor, não permitais que sejamos abandonados em nossas necessidades, mas acolhei-nos como servos inúteis e membros de vossa Sagrada Família.
Ó clementíssimo São José, concedei-nos tempos de paz e de saúde para que, em tudo, possamos realizar a vontade de Deus. Livrai-nos dos castigos que merecemos, protegei-nos dos males que padecemos.
Ó São José, Terror dos demónios, aumentai em nós a virtude, protegei-nos do maligno e socorrei-nos na hora da tentação. E dai-nos, na hora da morte, assistidos por Jesus e Maria, nos unir a vós na felicidade eterna, para o louvor e para a glória da Santíssima Trindade.
Amém.
Fábio Vieira
Missionário Comunidade Canção Nova