O traslado dos restos mortais do servo de Deus Franz de Castro foi feito nesta sexta-feira, 12, em Barra do Piraí, interior do Rio de Janeiro. Advogado morto em 1981, quando mediava a rebelião de presos da cadeia pública de Jacareí, interior de São Paulo, Franz de Castro pode se tonar o primeiro santo mártir dos presidiários.
Pedro Teixeira
Canção Nova Notícias
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O traslado dos restos mortais de Franz de Castro foi feito do cemitério da cidade até a Igreja de Santana onde, logo em seguida, foi celebrado o Ofício Divino. Familiares e amigos estavam presentes na cerimônia de despedida.
Franz de Castro era advogado e morreu durante tentativa de mediar uma rebelião de presos na cadeia pública de Jacareí, interior de São Paulo, em 1981. O advogado trocou de lugar com um policial feito de refém pelos amotinados e foi morto dentro do carro juntamente com outros cinco presos. O corpo foi atingido por mais de trinta projéteis.
Padre Dimas de Paulo Inácio afirma que o advogado teve grande influência em sua caminhada como sacerdote, e que ficou admirado com a coragem do amigo.
Jacareí pertence à diocese de São josé dos Campos, interior de São Paulo, que entrou oficialmente este ano com o pedido de continuidade da segunda fase do processo de beatificação de Franz de Castro, já consagrado pela Igreja como servo de Deus.
Por ser mártir, Franz de Castro não precisa de milagres para ser considerado beato.
Toda a documentação e depoimento de mais trinta pessoas serão enviados para Roma a partir do próximo mês. Se aceito, Franz de Castro poderá ser o primeiro santo mártir dos presos da história da Igreja Católica.
O postulador da congregação da causa dos Santos, Frei Paolo Lombardo, acredita que a terceira e última fase do processo começa a ser analisada pela Igreja no máximo em treze anos, mas a “a fama de santidade” – expressão da fé dos fiéis, pode diminuir o tempo de espera.
Tempo que aumenta a ansiedade de Peter, irmão de Franz de Castro. Mas ele se diz satisfeito. Para ele, o traslado não deixará nenhum vazio no coração da família.
Na despedida de Franz de Castro, fica para o povo da cidade a esperança de que o Rio de Janeiro tenha logo o primeiro Santo do estado.