Santa Teresinha, rogai por nós
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, ou Santa Teresa de Lisieux, ou ainda, Santa Teresinha das Rosas. Tantos nomes para uma ‘“pequena” alma que encantou o mundo com tão pouco tempo de vida, pois morreu aos 24 anos por uma tuberculose.
Santa Teresinha passou sua infância e adolescência se adaptando às perdas e lutando contra os sofrimentos que elas lhe causavam, inclusive graves doenças. Perdeu sua mãe muito nova, aos 4 anos de idade, e suas irmãs foram aos poucos saindo de casa para se dedicarem à vida religiosa. Já em sua vida adulta, com 21 anos, perdeu também seu pai, o que lhe causou grande sofrimento.
‘Ó Bom Deus, me dá coragem na proporção dos meus sofrimentos’.
A história da vida de Santa Terezinha é extremamente rica e deve ser conhecida por todos, pois é esta a grande Santa dos tempos modernos!
A pequena Teresa fez-se Ela mesma uma palavra de Deus […]. “A pequena Teresa do Menino Jesus nos diz que há um modo fácil de participarmos de todas as maiores e heroicas obras do zelo apostólico, por meio da oração”. Papa Pio XI
Terezinha não se achava dotada de grandes talentos e virtudes e sentia-se muito pequena para alcançar a santidade. Quando se comparava aos Santos via que a distância entre eles era a mesma que existe entre a montanha e um pequeno grão de areia. Achava a santidade muito distante, mas em seu coração ardia o desejo do Céu.
‘Não consigo crescer, devo suportar-me como sou, com todas as minhas imperfeições’.
“Deus não poderia me inspirar desejos irrealizáveis, portanto, posso, apesar da minha pequenez, aspirar à santidade”.
E foi nessa luta de encontrar o caminho que a levaria ao Céu, que ela nos deixa um grande ensinamento que é a Pequena Via ou o Pequeno Caminho, uma forma de viver a caminho da santidade.
Teresa, depois de alcançar certa maturidade, escolheu se dedicar a uma vida de pequenos sacrifícios e de renunciar a pequenas coisas que muitas vezes ninguém notava. Dedicava-se a fazer tudo com muito amor, com grande amor, e essa foi a sua vocação.
‘Ó Jesus, meu Amor… minha vocação, enfim, eu a encontrei, minha vocação é o Amor!
Teresa descobre que o seu lugar era no coração da igreja onde habitava o amor e ela passaria então a ser o amor para as pessoas e a colocá-lo em tudo o que fazia. Transformava todas as coisas pelo amor, fazia o ordinário ser extraordinário. Teresa compreende que o caminho que a levaria ao céu seria o de pequenos atos reunidos e feitos com amor.
“Compreendi que o Amor englobava todas as vocações, que o Amor era tudo… Compreendi que meu amor não se devia traduzir somente por palavras…. Não é bastante amar, é preciso prová-lo!”
Aparentemente um caminho tão simples a ser seguido, mas ao mesmo tempo tão complexo. Como fazer tudo com amor? Como esquecer as minhas vontades e os meus desejos?
É a própria Teresa quem nos responde em um de seus manuscritos:
“O que agrada a Deus em minha pequena alma, é que eu ame a minha pequenez e minha pobreza. É a esperança cega que tenho em sua misericórdia. Eis o meu único tesouro, esse tesouro não seria também vosso?”
O segredo da pequena via de Santa Teresa, não está na sua grande vontade de amar e de se doar, mas sim, na disponibilidade em receber o amor de Deus e de cooperar com o Seu projeto.
“Quanto mais sê fraco, sem desejos nem virtudes, mas está apto as cooperações desse amor consumador e transformante.”
Tudo isso se transforma em um grande estímulo para nós, que desejamos o Céu, porém nos vemos tão pecadores e limitados. O grande caminho é começar, a partir de agora, a fazer TUDO, com TODO o amor que cabe em seu peito. A não renunciar aos pequenos sacrifícios de nossa vida e a colocar Deus em primeiro lugar.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!
Francine Peixoto
Comunidade Canção Nova