O sentido real da vida não é consequência de atos apenas humanos e terrenos. É por isto que somos dotados de transcendência, de virtudes humanas, mas também divinas. Ficamos até admirados quando vemos pessoas com capacidade até de sacrificar a própria vida por uma causa sobrenatural.
Celebrar a Ascensão de Jesus Cristo é sentir o encontro do humano com o divino, unindo céu e terra, elevando todo o universo para um encontro definitivo com Deus. O caminho para isto passa pelos princípios do Evangelho, principalmente aquele da unidade proclamado pelo XVI Congresso Eucarístico Nacional.
A dimensão da vida vem da Palavra de Deus. Ela abre a nossa mente para uma tarefa no mundo, que deve atingir toda a humanidade. O projeto de Deus não é para alguns privilegiados, mas para toda a criação. É um ato de vigilância constante, porque o mal é característico da nova cultura e está sempre presente.
A vida terrena das pessoas termina com rapidez, como aconteceu com Jesus, finalizando a sua trajetória no acontecimento da Ascensão. Somos os seguidores da sua missão na construção de um mundo novo. Para isto temos que enfrentar os desgastes apresentados pela força das maldades de hoje.
Não podemos ficar parados, insensíveis e olhando para o alto. O tempo passa e corremos o perigo da infecundidade, de não nos tornarmos sujeitos da história e da construção do Reino de Deus. Às vezes construímos a vida na terra sem as dimensões da eternidade, daquilo que realmente ocasiona felicidade.
Temos as cruzes da vida, que devem ser assumidas com alegria e nobreza, principalmente sabendo da presença de Deus através de seu Espírito vivificador. Por isto todos nós somos convocados para ser sinais visíveis de Cristo num mundo marcado pela condição de secularidade.
Ficamos até admirados com muitas vozes proféticas que aparecem aqui e ali, denunciando corajosamente as ações injustas que vão contra o projeto de vida e de eternidade. Isto significa a presença de uma força interior, que vem de Deus e chega às pessoas bem intencionadas.