Novena a São José: 6º Dia

São José, modelo dos operários. Homem trabalhador.

saojoseoperario
José, conforme nos ensinam os relatos da infância de Jesus, era carpinteiro. Herdou essa profissão do pai, pois era costume o pai transmitir a profissão ao filho. Portanto, desde a adolescência ele pertencia à categoria dos artesãos. Analisando os costumes da época, podemos concluir com toda probabilidade que José era dono de uma oficina, portanto muito mais que um simples carpinteiro. Não fabricava somente móveis, portas e janelas, como nos vem à mente que pensamos nos afazeres de um carpinteiro, mas a sua profissão era muito ampla, abrangendo outras aptidões, segundo as necessidades da pequena Nazaré, onde morava e que com certeza, não oferecia possibilidades de mão-de-obra especializada.

Sendo um artesão, um artífice que, além de trabalhar com madeira e ferro, também se adaptava às necessidades dos nazarenos, era uma pessoa muito conhecida, de confiança e benquisto pelos habitantes de sua pequena cidade. Podemos supor que executava a maior parte de seu trabalho num canto da sua humilde casa.

O dia de um hebreu começava bem cedo com o trabalho, mas já às 09:00 horas, José, fiel à tradição do seu povo, interrompia as atividades para recitar a oração prescrita pela lei. Ali mesmo, no recanto da sua oficina, em pé, voltado para o Templo de Jerusalém e com as mãos erguidas para o céu, rezava esta oração: “Escuta Israel: O Senhor é o nosso Deus, o Senhor é um só. Amarás o senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças…”

Após cumprir essa obrigação religiosa, retornava ao serviço: afinal, era com o suor do seu rosto, com a força de seus músculos e com os calos de suas mãos que tirava o sustento para si e para a sua família.

Ao meio-dia havia outra interrupção no trabalho e, de novo, outro momento de oração, na qual rezava lembrando a obediência aos mandamentos divinos, o amor exclusivo do coração e da alma ao Senhor. Deus e a promessa das bênçãos divinas. Depois dessa oração, a primeira parte da jornada de trabalho estava terminada.

Fazia-se então a refeição. Após um breve descanso, voltava-se à atividade normalmente, mas às 15h00 estava previsto um outro intervalo para o terceiro momento de oração do dia. E aqui mais uma vez José, como de resto o bom israelita, elevava seus pensamentos a Deus, recordando as proezas da saída do Egito, na qual Javé colocou- se como o Deus do seu povo. Portanto, competia ao povo lembrar e pôr em prática todos os mandamentos. Feito esse momento de oração, retomava-se novamente o trabalho, até o fim da jornada.

Assim, aquele pequeno recanto da casa pobre de Nazaré foi o palco que acolheu por muitos anos as três personagens mais importantes que viveram na terra: Jesus, Maria e José. Seus dias transcorriam calmamente. Nada ali se manifestava grandioso, portentoso ou extraordinário. José, imperturbável ao barulho da serra e do martelo, procurava dias após dia cadenciar tudo com suas orações e meditações. Animado por esse espírito, todos os seus trabalhos assumiam um significado profundo e imenso diante de Deus. Afinal, era ali, de maneira escondida, que se processava um grande mistério: um artesão pobre ensinava ao próprio Filho de Deus uma profissão e este lhe obedecia colocando em prática todos os seus ensinamentos.

Na verdade, José se apresenta como um homem completo para o seu tempo. Era seguro de si, possuía todos os requisitos de um homem instruído para a sua época, embora não fosse um homem de cátedra, mas um homem prático, capaz de tomar decisões coerentes e pertinentes à sua missão. Esse artesão desconhecido foi, efetivamente, um gigante de espírito. Descendente da tribo de Judá e da antiga dinastia da família do rei Davi, teve Nazaré da Galiléia como sua morada e a carpintaria como local de trabalho.

Esta personagem saiu naturalmente da simplicidade e com a sua escolha sublime por parte de Deus, tornou-se o elo fundamental de ligação com a genealogia messiânica, particularmente pela aceitação imediata dos desígnios de Deus a seu respeito e da disposição de cumpri-los. Sua característica foi justamente o devotamente total de sua vida ao serviço da encarnação e da missão redentora do Filho de Deus, missão única e grandiosa. Por isso, foi enriquecido abundantemente com dons especiais por parte de Deus, e sua vida, iluminada por uma luz divina.

Fonte: http://josefologia.blogspot.com.br/

 

REZEMOS: 

>> Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

6º Dia: São José, modelo dos operários
          Humilde São José, que, vivendo em pobreza, dignificastes a vossa profissão pelo trabalho constante e vos sentistes felizes em servir a Jesus e Maria com o fruto dos vossos suores, alcançai-me amor ao trabalho que me foi imposto como dever de estado, procurando cumprir nisto sempre a vontade de Deus. Protegei os lares dos operários do Brasil contra a influência nefasta dos inimigos de Cristo e da Santa Igreja, obtendo-lhes a graça de santificarem o seu trabalho pela reta intenção, em tudo conformados com os desígnios da Divina Providência. Amém.

Rogai por nós, São José, modelo dos operários, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

 

Para todos os dias:
Oremos: Ó Deus, que por inefável providência Vós dignastes escolher o bem-aventurado São José para esposo de Vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor mereça ter no Céu por nosso intercessor. Vós, que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

Pode-se acrescentar todos os dias:
Glorioso São José, que fostes exaltado pelo Pai, obedecido pelo Verbo Encarnado, favorecido pelo Espírito Santo e amado pela Virgem Maria, louvo e bendigo a Santíssima Trindade pelos privilégios e méritos com que vos enriqueceu. Sois poderosíssimo e jamais se ouviu dizer que tenha alguém recorrido a Vós e tenha sido por vós desamparado. Sois o consolador dos aflitos, o amparo dos míseros e o advogado dos pecadores. Acolhei, pois, com bondade paterna a quem vos invoca com filial confiança e alcançai-me as graças que peço nesta novena ……….  Eu vos escolho por meu especial protetor. Sede, depois de Jesus e Maria, minha consolação nesta terra, meu refúgio nas desgraças, meu guia nas incertezas, meu conforto nas tribulações, meu pai solícito em todas as necessidades. Obtende-me finalmente, como coroa dos vossos favores, uma boa e santa morte na graça de Nosso Senhor.
Assim seja.

— Deixe aqui no comentário suas intenções.