Ouvir ...

Ouvir faz parte dos nossos cinco sentidos. E ouvir bem deve fazer parte da nossa preocupação física, intelectual e espiritual.
Cuidando bem do nosso aparelho auditivo, a medida em que recorremos a recursos médicos que nos são acessíveis, estaremos nos resguardando de um isolamento doloroso. Quem pouco escuta e pouco se esforça para reverter o processo da perda auditiva, acaba se entregando ao isolamento, rompendo sua vida social e sua capacidade de aprendizado e prazeres.
Quando aprofundamos em nossos mecanismos e nossos desempenhos, descobrimos um universo subjetivo paralelo. Ouvir bem é sinal de sabedoria!
Quantos filhos seriam poupados se escutassem mais os seus pais?
E quantos pais seriam mais felizes se escutassem mais seus filhos?
Quantas situações deixariam de ser turbulentas ou trágicas se tivéssemos escutado mais e falado menos?
Porém, existe a variante do querer escutar ou não. Existe claro, o agravante do despreparo, da própria ignorância e da escassez de oportunidades. Mas, sem dúvida, a nossa autonomia de decisão se sobrepõe.
Procurar ouvir mais é sem dúvida um exercício de humildade. Descemos de uma suposta superioridade e nos colocamos em igualdade para aprendermos e para ensinarmos e assim, elevar-nos a posição que Deus nos destinou: Sermos filhos do Altíssimo!
Muitas vezes, clamamos, bradamos, mas temos a impressão de não sermos escutados. Talvez não tenhamos percebido ou não queiramos perceber que na verdade não queremos ouvir, ou somente ouvir o que nos é conveniente. Com essa conduta, poderemos nos isolar de um plano primordial para a nossa felicidade, que é um plano de amor que é dedicado a todo aquele que escuta e põe em prática as palavras de Deus.

Theresa Calonge

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.” Mateus 7.24-27.