Devemos buscar o princípio, foco e fé para realizar as nossas atividades cotidianas
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Dia desses eu estava “fuçando” no YouTube, buscando receitas de pão caseiro. Com o isolamento, prefiro fazer um pão meio solado do que ter que sair para comprá-lo. E me aparece um vídeo onde uma senhora ensina como fazer crochê, e este é o assunto deste texto.
Mulheres de antigamente (do meu tempo) sempre foram criadas, com raras exceções, aprendendo desde cedo as artes domésticas, que além de cozinhar, lavar, passar, adentravam nos pontos do crochê, do tricô, das costuras manuais ou com aquelas máquinas antigas, a fazer fuxico, colcha de retalhos… mesmo na escola tínhamos aula destas “prendas domésticas”. Vendo aquele vídeo, voltei à minha infância, quando aprendi a fazer sapatinhos de bebê no tricô e pequenas toalhinhas de crochê, para enfeitar as penteadeiras.
O crochê começa com uma correntinha… ponto atrás do outro, e do outro, até formar um cordão comprido, do largura estimada do trabalho. Se é circular, é uma rodinha de pontos de correntinha, unidos por um ponto baixíssimo. A correntinha é o princípio de qualquer peça de crochê. Para que o trabalho fique bonito, é preciso que o ponto seja uniforme, a agulha apropriada à linha, os dedos ágeis. Isso só se aprende fazendo, dia após dia, com persistência e foco.
Foco? Sim, porque se não, antes que seja terminado, o trabalho será abandonado como mais uma das tarefas inacabadas.
E onde entra a Fé? Ah, é preciso acreditar na capacidade que se tem de aprender, de concluir uma obra começada, que é possível e viável, que Deus vai capacitar…
Vamos aplicar isso à nossa vida de santidade? O princípio são os Sacramentos, o conhecimento da doutrina e das belezas da fé, alicerçadas pela vida de oração e de vigilância, onde se busca o céu e se foge das ocasiões de pecado. Tem que ser tudo regado com amor, esperança, abandono, humildade, dependência de Deus e da Sua Graça.
O foco é a persistência, apesar das recaídas e das noites escuras, do sofrimento e das provas a que se está submetido. É caminhar sempre, pedindo perdão, reconciliando-se, suplicando a Misericórdia de Deus, aprendendo com os santos a não desanimar.
A fé? Bem, a fé já estava lá, é Dom Teologal, dada no Batismo. Talvez, de incipiente que fosse, com a perseverança e a sempre necessária oração: “Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé!”, ela já esteja a esta altura mais forte e robusta. Capaz de trazer paz à alma, de trazer alegria mesmo no sofrimento, e de fazer com que se proclame com convicção o “VINDE, SENHOR JESUS!”.
É o que eu desejo para cada um que ler este texto. Que em cada dia da vida, em cada situação, feliz ou sofrida, você se lembre do princípio e volte lá sempre que precisar, que você tenha foco em tudo o que for fazer, e que a fé seja a alavanca que impulsione o seu crescimento espiritual. E que lindo trabalho Deus vai receber no final de tudo! Um presente valioso, construído com princípio, foco e fé!
Maria Helena
Comunidade Canção Nova