“Que ninguém despreze a sua jovem idade. Quanto a ti, sê para os fiéis um modelo na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza. Esperando a minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, à instrução. Não descuides do dom da graça que há em ti”, diz o Senhor (cf. 1Tm 4, 12-14a).
Ser jovem é carregar em si um dinamismo próprio, é estar cheio de força e expectativa, numa procura incessante de experiências novas, enfim, é um tempo de “explosão de vida”. Um tempo maravilhoso, pois a vida está a pleno vapor. Há pais que dizem: “meu filho jovem (minha filha jovem) é fogo”. Certa vez, sobre essa expressão, deparei-me com as palavras do saudoso D. Helder Câmara: “Mas caros pais, jovem tem que ser fogo. Queira Deus que seja aquele fogo de Pentecostes, fogo do Espírito Santo”. É isso aí, jovem tem mesmo que ser fogo, não pode estar ou viver apagado. Deve gastar suas energias, mas gastá-las com o que compensa, com o que faz viver, com o que transforma o mundo e as pessoas.
Sempre digo que não podemos só passar pela vida, temos que vivê-la plenamente. Nossa peregrinação por aqui tem que fazer a diferença. Aliás, fazer a diferença é com os jovens. Afirmava João Paulo II: “Jovens, sois sentinelas da manhã!” Ser sentinelas da manhã indica ser sinal e realização de esperança para o mundo. O jovem tem que enxergar, antes de todos, o nascer do Sol e anunciar o brilho dele à humanidade. Quando lembramo-nos que Jesus é o Sol nascente que nos veio visitar, esse pensamento torna-se ainda mais profundo e cheio de sentido.
Que Jesus seja o nosso Líder maior. Aliás, buscar liderança é outra característica do jovem. O mundo, por vezes, oferece líderes que não acrescentam, pelo contrário, muitas vezes deformam. Que nossos jovens encontrem nos mais experientes de nossa Igreja e de nossas casas exemplos a serem seguidos (cf. 1Pd 5, 5). Que cada pai e cada mãe exerçam a autoridade que lhes é própria, levando cada filho a um verdadeiro crescimento em estatura, graça e conhecimento diante de Deus e da humanidade. “Pais, nos diz o apóstolo Paulo, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e correção do Senhor” (Ef 6, 4). Enfim, ajudemos nossos jovens a cumprirem seu papel profético na Igreja, na sociedade e no mundo!
Pe. Rinaldo Roberto de Rezende
Cura da Catedral de São Dimas – SJC
Deixe seu comentário.