Palco da cultura greco-romana, lugar onde aconteceu o primeiro Pentecostes entre os pagãos; aqui também o Apóstolo das Nações viveu por dois anos como prisioneiro antes de ir para o martírio. Na tradição desta cidade centenas de cristãos deram o sangue pela fé. Essa cidade, que por séculos foi centro de comércio, beleza e poder, chama-se Cesaréia Marítima.
No ano 63 d.C., o general romano Pompeu conquistou essa região e a confiou ao rei Herodes, o Grande, o qual deu início à construção dessa cidade em honra do imperador. Dotando-a de portos, teatro, estádio para corrida de cavalos e gladiadores, centro comercial e um templo dedicado a Augusto. Dessa forma, Cesaréia foi tornando-se uma das principais cidades daquele tempo. No ano 6 d.C. tornou-se sede do governo da Judéia e passou a ser administrada por prefeitos ou procuradores romanos.
Após a Ressurreição de Jesus, nos primeiros anos da Igreja, o diácono Filipe – após evangelizar a Samaria – chegou a Cesaréia (cf. Atos 8,40). O local recebeu as duas colunas da Igreja: primeiro o Apóstolo Pedro, que aqui presenciou a primeira família a ser repleta do Espírito Santo por iniciativa divina (cf. Atos 10, 1-48); depois foi a vez de Paulo; as ruínas do antigo Pretório foi o lugar onde esteve como prisioneiro (cf. Atos 23,12-35), onde foi julgado (cf. At 24,1-27) por Festo, procurador daquele tempo, antes de apelar para César (cf. Atos 25,26).
A santidade do local, décadas depois, foi consagrada não somente pelo Concílio, que decretou a celebração da Páscoa sempre no Domingo, nem mesmo pelos grandes homens, como Orígenes e Eusébio de Cesaréia, que aqui viveram, mas sim, pelo sangue dos mártires. No estádio, construído para o entretenimento, demonstraram com a vida o espetáculo de ser fiel a Cristo até o martírio.