Filha de Deus, e não de um estupro

 

  

 

Li recentemente o impressionante caso de uma linda mulher canadense que foi concebida em um estupro, e que lendo as Sagradas Escrituras entendeu que não era “filha de um estupro”, mas filha de Deus; e isto mudou radicalmente a sua vida, sendo hoje uma mulher muito feliz e realizada.         Não se pode abortar uma criança concebida em um estupro porque não um mal não justifica outro pior ainda, que é matar uma criança inocente no ventre da mãe; ela não tem culpa de ser concebida em um estupro, e é filha de Deus. O Direito não permite que se puna o réu no lugar do assassino; se alguém precisa ser punido é o estuprador e não a criança inocente no ventre da mãe; isto é incoerência e grande covardia.“Exceto em caso de estupro” é uma frase que marca profundamente Rebecca Kiessling.  Olhando para ela hoje, um linda mulher loira, ninguém diria que a advogada, mãe e dona-de-casa foi concebida  através de um brutal estupro. Cerca de 100 pessoas compareceram para ouvir Kiessling falar  sobre a sua história e defender o direito à vida, em 12 de fevereiro na “University of St.Michel’s College”em Toronto,  Canadá.              Ainda bebê, Kiessling foi adotada por uma família judia. Ela cresceu se sentido uma pessoa excluída, sem saber quem eram seus verdadeiros pais…  Aos 18 anos, ela obteve uma descrição detalhada de sua mãe biológica ,mas as únicas  características para o seu pai eram: branco e  grande. Foi quando ela perguntou ao seu advogado: “Minha mãe foi violentada?” E logo ela descobriu que tinha sido esse o caso.        Sabendo que tinha nascido de um estupro, Kiessling,entrou em contato com sua mãe biológica,que forneceu mais detalhes.Tinha sido atacada na saída do supermercado..A polícia suspeitou que o homem que a atacou era o mesmo que vinha atacando várias mulheres na mesma região.         Após saber disso, Kiessling passou a sofrer de baixo auto -estima,se fazendo perguntas do tipo: “Será que eu tenho essa monstruosidade dentro de mim?”      Eu não quero fazer parte deste tipo de classificação – “concebida por um estupro.”     Então ,ela ‘tentou provar seu valor se fazendo mais atraente e bem sucedida. Ela buscou amor e aprovação em relações abusivas,que chegaram ao ponto em que seu namorado,na faculdade de direito a espancou,quebrando seus dentes.Kiessling disse que foi lendo as Escrituras que percebeu que não tinha sido o estuprador, e sim  Deus ,o seu Criador. Com o passar dos anos ela construiu lentamente um relacionamento com sua mãe biológica e seus irmãos.         Ela descobriu que sua mãe tinha tentado abortá-la por duas vezes,a primeira com ajuda de um abortista de fundo -de -quintal, mas  devido a sua precária saúde foi dispensada, e na segunda vez, procurou um abortista mais sofisticado,mas uma tempestade de neve a impediu de comparecer na  consulta.        Apenas 4 anos após o nascimento de Kiessling, o conhecido caso Roe vs. Wade em 1973, legalizou o aborto nos Estados Unidos. Sua mãe lhe confidenciou que se isso tivesse acontecido na época em que estava grávida ela teria conseguido fazer o aborto.     Hoje, sua mãe está bem e a vê como uma benção, mas uma legalização do aborto não permite uma segunda chance.     Kiessling disse que estudos mostram que dar á luz uma criança indesejada ajuda a mulher superar o trauma do estupro, por poder presenciar que,  uma coisa tão maravilhosa quanto uma nova vida pode vir de uma coisa tão horrível quanto um estupro.         Hoje, a grávida Kiessiling está casada por 8 anos e deixou a sua carreira de advogada para cuidar de seus quatro filhos, todos menores de 7 anos. Dois de seus filhos são adotados e foram concebidos por estupro. 

March 2007,Vol.31 No.& –
Toronto – CCN
Fonte:
Montreal Catholic Times
Serving
Quebec’s English-speaking Catholics


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino