Lamentável deportação dos atletas cubanos

Como sabemos três atletas cubanos deixaram a concentração dos jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro e pediram asilo político no Brasil, o que é uma prática em todo mundo, especialmente em se tratando de Cuba,  uma ilha-prisão, onde os seus habitantes não podem livremente deixar o país. Em quase todas as competições internacionais atletas cubanos pedem asilo político no pais anfitrião dos jogos, e são atendidos.   

Os  cubanos não podem desfrutar do maior e mais precioso dom que Deus nos deu: a sagrada liberdade, que nos faz imagem e semelhança de Deus.  

A “Folha de São Paulo” noticiou hoje (09.8.07) que o primeiro atleta cubano a desertar no Pan do Rio, Rafael Capote, 19, ex-lateral esquerdo da seleção de handebol, deu entrada anteontem,
em São Paulo, no pedido de refúgio no Brasil. Em entrevista à rádio CBN, o cubano afirmou, ao ser perguntado pela Cáritas Arquidiocesana, entidade que entrevista os interessados em pedir refúgio no país, que queria ficar para ter “melhores condições de vida do que em Cuba”.
 

E, questionado sobre o que aconteceria se ele voltasse agora, depois de desertar, a Cuba, respondeu: “Perguntaram o que aconteceria se regressasse a Cuba e expliquei que sofreria pressão e que eu e minha família poderíamos perder o que temos no país”.         Segundo o mesmo jornal os boxeadores Guilhermo Rigondeaux e Erislandy Lara não agüentaram a pressão do governo cubano, segundo o empresário Ahmet Öner, dono da alemã Arena Box. Segundo ele, o governo de Fidel Castro falava para os pugilistas “que, por conta da deserção, fariam isso ou aquilo a seus parentes”. Os cubanos não agüentaram a pressão de seu governo, inclusive sobre suas famílias, e que, por isso, adotaram discurso nacionalista e a versão de que foram aliciados e drogados, em vez de assumirem que queriam desertar. Rigondeaux e Lara dizem agora que estão arrependidos, que não fizeram nada. Sabe-se que isto não é verdade.          Lamentavelmente o governo brasileiro foi conivente com Cuba e ordenou que a Policia Federal devolvesse os atletas boxeadores para a ilha-prisão, de onde não poderão sair mais, nem mesmo para as competições internacionais, como já disse Fidel. As ligações de amizade de Lula e demais membros do governo com Cuba comunista, fez com que os cubanos fossem deportados. O ministro da Justiça deu um desculpa cínica para justificar a deportação dos cubanos.         Segundo a “Folha de SP”, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), criticou ontem a atuação do governo federal na deportação dos pugilistas cubanos que desertaram no Pan. Aécio afirmou que o governo não seguiu a tradição brasileira de conceder asilo político e criticou “a forma intempestiva como foi feita essa repatriação, sem que houvesse por parte da sociedade brasileira a possibilidade de saber se essa era a vontade daqueles indivíduos”.         É triste e repugnante que o Brasil devolva à prisão cubana aqueles que pedem asilo político entre nós, o que é fundamental em todo  mundo importante para a defesa dos direitos humanos. É duro saber que ainda no século XXI há nações onde os seus filhos não podem viver em liberdade. 

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br 

 

 

 

          


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino