Mais uma pesquisa vem comprovar os males psicológicos que o aborto significa para a mulher que o realiza. Várias já mostraram isso.
O jornal “O Estado de São Paulo” publicou (02.dez. 2008) uma noticia dando conta de que “mulheres que fizeram aborto têm 30% mais chance de terem problemas mentais do que as mulheres que nunca passaram por isso”. É a conclusão de uma pesquisa publicada na última edição da publicação científica British Journal of Psychiatry.
http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid286567,0.htm
“Os pesquisadores, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, dizem que os problemas mentais possivelmente relacionados ao aborto representariam entre 1,5% e 5,5% de todos os problemas mentais verificados nas mulheres”. Eles acompanharam 500 mulheres; e notaram que ansiedade e abuso no uso de drogas são os problemas mais comuns verificados em mulheres após um aborto.
Segundo a publicação “O estudo não encontrou nenhuma evidência de que outros problemas relacionados à gravidez possam provocar algum aumento perceptível de problemas mentais”. O coordenador do estudo foi o Dr. David Fergusson, que acredita que “a conclusão da pesquisa pode ter implicações sobre a decisão de se realizar um aborto, já que muitas vezes essa decisão se baseia no possível impacto negativo de seguir em frente com uma gravidez indesejada sobre a saúde mental da mulher”.
A conclusão dos estudiosos “claramente estabelece um desafio ao uso de argumentos psiquiátricos para justificar o aborto”, disse ele, em declarações publicadas pelo diário britânico The Daily Telegraph.
“Não há nada neste estudo que sugira que a interrupção de uma gravidez esteja associada com menores riscos de problemas mentais que o nascimento”, afirmou Fergusson.
Dr. David Fergusson afirma ainda que: “Para algumas mulheres, o aborto pode ser um evento estressante e traumático que as coloca em um risco modestamente mais elevado de uma série de problemas mentais comuns.” Outros pesquisadores já chegaram a conclusões semelhantes. A Dra. Wanda Franz, PhD, Professora Associada de Recursos Familiares na Universidade de West Virginia (USA), no seu trabalho que tem por título “What is pos-abortion Syndrome?”, sobre as conseqüências do aborto para a mulher, mostra bem os efeitos psicológicos danosos para a mulher que aborta. Seu trabalho foi traduzido para o português e foi editado pelos “Arquivos Brasileiros de Medicina” ( julho de 1995, vol. 69, nº 7, pp. 359-361).
Quais são os problemas que uma mulher que provocou um aborto deve encarar? Antes de tudo e principalmente, a necessidade de enfrentar a realidade de ter provocado um aborto. A verdade é que, quando uma mulher aceita submeter-se a um aborto, ela concorda em assistir à execução de seu próprio filho. Esta amarga realidade que ela tem de encarar, é exatamente o oposto do que a família e a sociedade esperam que as mulheres sejam: pacientes, amorosas e maternais.
Isso também vai contra a realidade biológica da mulher, que é preparada especialmente para gerar e cuidar do seu filho ainda não nascido. Assumir o papel de “matadora”, particularmente de seu próprio filho, sobre o qual ela própria reconhece a responsabilidade de proteger, é extremamente doloroso e difícil. O aborto é tão contrário à ordem natural das coisas, que ele automaticamente induz uma sensação de culpa na mulher.
Os terapeutas têm observado pavores irracionais e depressões ligadas às experiências abortistas e chamam o problema de Síndrome pós-aborto (SPA). O Dr. Vincent Rue comparou-a à desordem ansiosa pós-traumática (DAPT), a qual a comunidade psiquiátrica reconhece como uma reação a longo prazo encontrada nos veteranos da Guerra do Vietnam, que subitamente exibem comportamento patológico anos após a experiência vivida na guerra. Dr. Rue acredita que a SPA é uma forma de DAPT. A Associação Americana de Psicólogos depois de doze anos reconheceu oficialmente a DAPT como uma entidade clínica.
A terapeuta Terry Selby, americana, também acredita que cada abordo produz um trauma na mulher. Ela defende que o aborto é, antes de tudo, um procedimento físico, o qual produz um choque no sistema nervoso e que deve provocar um impacto na personalidade da mulher. Além das dimensões psicológicas, cada mulher que se submeteu a um aborto deve encarar a morte de seu filho que não nasceu, como uma realidade social, emocional, intelectual e espiritual.
Tanto Selby como a Dra. Anne Speckhard trabalharam com mulheres que tentaram ignorar os efeitos do aborto e ambas acreditam que, quanto maior a rejeição, tanto maior a dor e a dificuldade quando a mulher resolve finalmente enfrentar a realidade da experiência abortiva.
Como mencionado, Selby acredita que quanto maior a negação, mais graves serão as reações e mais doloroso será o tratamento. David Reardon, em seu levantamento de mais 200 mulheres pertencentes ao movimento de Mulheres Vitimadas pelo Aborto (WEBA), encontra também evidências, em suas observações, de que quanto mais tarde a realidade é admitida, mais difícil é a solução do problema. Assim, a conclusão é que cada aborto tem efeitos prejudiciais sobre a mulher.
Mesmo que a mulher que abortou um filho, venha a ter outros filhos, jamais esquecerá aquele que ela não deixou nascer. Isto é muito diferente para o pai, o homem, porque ele não gerou este bebê no seu ventre. Não há como a mulher esconder dela este fato; ela sabe; Deus sabe. Cada choro de criança, cada rosto de um bebê, a faz relembrar o fato triste.
Nenhuma criatura é tão amada nesta terra como o bebê por parte de sua mãe; e nenhuma criatura dependente tanto de outra, como o bebê depende da mãe. É a relação humana mais intensa que a humanidade conhece. A mãe está pronta até a dar a vida por ele. Aliás, até com os animais ocorre assim. Se formos brincar com os pintinhos de uma galinha, ela certamente vai defendê-los, avançando contra nós. Nem a cobra mata os seus filhotes…
O Dr. Bernard Nathanson, que chefiou a maior clinica de aborto dos EUA, e que lutou para tornar legal o aborto nos EUA, hoje um defensor da vida, afirma que além das conseqüência psicológicas, há as conseqüências físicas do aborto: laceração do colo do útero provocada pelo uso de dilatadores, perfuração do útero, hemorragias uterinas, endometrite pós-aborto, evacuação incompleta da cavidade uterina; insuficiência ou incapacidade do colo uterino, aumento das taxas de cesariana entre outras.
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br