Por que não acaba a guerra entre Israel e os Palestinos?

3a77a9073c54cc6fb6dad9a966c76e3bOs judeus estão bombardeando a Faixa de Gaza, onde está o Hamas, pois estes estão construindo túneis que chegam até Israel, com o fim de fazer ações terroristas contra os judeus; de fato, uma  ameaça.

Dizem os judeus: “Estávamos acostumados aos morteiros e foguetes, mas a ameaça dos túneis, de onde podem sair terroristas, realmente nos dá medo”. Israel exige a desmilitarização do Hamas. Algo difícil. Os moradores do kibutz em Kfar Aza, por exemplo, estão deixando-o com medo dos ataques do Hamas através dos túneis.

“A ameaça dos túneis, de onde podem sair terroristas, realmente nos dá medo”, admite Noam Stahl, porta-voz da localidade. “Exigimos do governo que garanta nossa segurança”.

A operação dos judeus “Barreira Protetora”, desde 8 de julho, tem como objetivo acabar com o lançamento de foguetes do Hamas e com os túneis que o movimento islamita usa para infiltrar comandos em território israelense. Israel destruiu 32 desses túneis; realmente uma grande ameaça para eles.

Tudo isso mostra que ambos os lados têm agido errado: os palestinos jogam foguetes e fazem tuneis para terrorismo; Israel, que tem um poderosíssimo poder de fogo, os ataca e mata.

Este triste conflito que não tem fim começou quando a ONU reconheceu o Estado de Israel. Quem presidiu essa sessão da ONU foi o brasileiro Osvaldo Aranha em 1949. Logo, os árabes não aceitaram e fizeram guerra a Israel; mas este venceu a guerra. Depois, em 1967 fizeram outra guerra contra Israel, que os venceu facilmente em seis dias. Eles são muito preparados para a guerra. E o conflito continua até hoje.

Uma guia judia disse-me na Terra Santa, que ali os cinco milhões de judeus “dormem com um olho só”, porque estão cercados de 200 milhões de árabes que os querem eliminar.

Um jovem judeu, homem e mulher, serve ao Exército por 3 anos e nunca deixa sua arma, nem para dormir ou ir para a faculdade.

Por que esse conflito não acaba?

Não termina nunca, porque, à luz da justiça e do Direito, ambos os povos acham que têm razão; e acabam querendo resolver o problema na base da guerra e não da compreensão.

Israel afirma que Deus lhes deu aquela terra desde Abraão, quase dois mil anos antes de Cristo; e que eles tem esta “Escritura” de posse registrada no Cartório mais confiável do mundo que é a Sagrada Escritura, a Palavra de Deus; e que, portanto, não abrem mão de nada daquele território, pois lhes pertence por “justiça” e garantido pelo Direito Divino.

Por outro lado os palestinos dizem: “Mas vocês foram expulsos daqui pelos romanos no ano 70, pelo general Tito, e pelo imperador Adriano, em 130, e foram embora pelo mundo afora; esta terra toda estava vazia e nós a ocupamos há centenas de anos! Ora, temos o direito de “usucapião”; querem um  “usucapião” mais legítimo que esse?

E assim ambos os povos dizem que têm razão. Os dois têm direitos, e a justiça não consegue resolver isso sozinha; é preciso que entre o amor, a compreensão, a abnegação. Cada um abrir mão daquilo que por direito e justiça é de cada um, para que ambos se entendam e sejam felizes. Isto  mostra que não basta a Justiça e o Direito para resolver os problemas humanos, é preciso o amor, a caridade, para curar as relações entre as pessoas e entre os povos. Rezemos para que esses “irmãos”, proveniente do mesmo Abraão, como nós, sentem-se na mesa do amor para se perdoarem, e viverem de fato como irmãos. É o que a Igreja pede. A Deus nada é impossível.

Prof. Felipe Aquino


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino