Ah! Si canti!
Era o ano de 1842. As pessoas que passavam nas ruas de Turim, na Itália, ficavam maravilhadas ao ver um padre no meio de sete ou oito adolescentes passeando entre as ruas e cantarolando uma canção.
Ah! si canti in suon di giubilo,
Ah! si canti in suon d”amor.
O fedeli, é nato il tenero
Nostro Dio Salvator.
Oh come accesa splende ogni stella
La luna mostrasi lucente e bella
E delle tenebre squarciasi il vel.
Schiere serafiche, che il ciel disserra
Gridan con giubilo: sia pace in terra!
Altre rispondono: sia gloria in ciel!
Vieni, vieni, o pace amata,
Nei cuor nostri a riposar.
O bambino in mezzo a noi
Ti vogliamo conservar.
Como Dom Bosco conhecia música e sabia tocar um pouco de piano e órgão, quis preparar uma pequena canção em honra do menino Jesus. A poesia foi composta diante de um pequeno coro da Igreja de São Francisco, em Turim. Ele mesmo colocou a melodia.
Foi apresentada pela primeira vez em 1842 na igreja dos Dominicanos e depois na da Consolata, com Dom Bosco dirigindo a pequena orquestra e tocando órgão. Os turinenses ficaram entusiasmados de ouvir o coral das crianças. Eu vivei do avesso a internet e não encontrei essa canção em italiano, então, músicos, a partitura está aí pra vocês fazerem as honras.
No Brasil essa canção foi gravada pelo coral Canarinhos do Liceu Coração de Jesus em 1976. O regente do coral era o irmão Salesiano João Ferreira dos Santos, que esteve à frente dos Canarinhos por quase 50 anos Essa gravação é a que você pode ouvir aqui (as imagens são da inauguração do Parquinho Dom Bosco para as crianças da comunidade Canção Nova pelo Monsenhor Jonas Abib, na festa de Todos os Santos, 1 de novembro de 2013, foi um dia muito divertido)…
Esta foi a versão gravada em português, muito fiel ao original em italiano, você pode cantar junto e, depois, colorir o desenho é só clicar nele para ampliar e imprimir:
Ah! Se cante em som de júbilo.
Ah! Se cante em som de amor:
é, fiéis, nascido o amável
nosso Deus e salvador. (bis)
Oh! Quão esplêndidas as mil estrelas
na lua cândida resplendem belas!
Das trevas rasga-se o imenso véu.
Coros celestes que o céu descerra
cantam com júbilo: “Paz seja à terra”.
Outros respondem-lhes: “Glória no céu”.
Paz querida em nossas almas
vem depressa repousar.
Entre nós, menino Deus,
vos queremos conservar!
(Quem contou essa história, foi o P. Lemoyne, o primeiro biógrafo de Dom Bosco)