Viva o Catequista!
Um catequista pode fazer toda a diferença na vida de uma pessoa, as vezes é o único contato que alguém tem com a fé cristã… Pois é fato: quantas pessoas só passaram pela Igreja nesse precioso tempo em que se prepararam para a Primeira Comunhão?! Então, não menospreze sua importância de semeador da boa semente: semente de eternidade!
O Catequista de um Santo: Jan Tyranowski
Durante a segunda guerra mundial, na Polônia, muitos jovens resistiram a ocupação nazista com armas e, a maioria deles, acabaram mortos. Mas houve uma outra resistência… Os padres Salesianos que, corajosamente, não desistiram da pastoral juvenil, encarregaram um catequista, Jan Tyranowski, de organizar um grupo secreto de rapazes na paróquia Salesiana de Debniki. As suas armas seriam o rosário da
Virgem Maria e os livros. O grupo chamava “Rosário Vivo”. Eles queriam ajudar bons jovens a conservarem suas cabeças e corações sadios em meio à loucura da guerra, a fim de que, depois que tudo passasse, pudessem reconstruir a nação. Jan observava os rapazes que iam a missa todos os dias e os convidava para o grupo, foi assim que convidou Karol Woytilla para participar. Esse jovem sobreviveu a guerra e se tornou Papa e depois santo: João Paulo II (veja sua história aqui).
Jan Tyranowski ajudava os jovens a enxergarem sentido para a vida e esperança, os ensinado a orar, colocando em suas mãos bons livros e conversando muito com cada um deles, os apoiando nos momentos de sofrimento. Em 2001, testemunhando no seu processo de beatificção, o Papa João Paulo II chamou Jan de “um santo oculto dos nossos tempos”.
Com certeza você já ouviu falar do Padre José de Anchieta (assista sua história aqui) nos livros de história… Ele foi canonizado pelo Papa Francisco dia 3 de abril de 2014. Seu rosto era queimado do sol porque andava muito; usava uma batina que, com o tempo foi ficando remendada e desbotada de tanto tomar chuva; era muito magro, pois só tinha para comer farinha que os Ãndios davam e, de vez em quando, algum peixinho, como ele mesmo contou a seu primo In¡cio de Loyola em uma carta. Já idoso, caminhava pela praia apoiado em uma vara, com os pés inchados e machucados, pois não haviam estradas. Ia passando de povoado em povoado, por São Paulo, Espírito Santo e Bahia. Fez centenas de batizados, casamentos, ressuscitou mortos, testemunhou milagres e conversões entre índios e portugueses. Sempre disposto a ir onde alguém precisasse da presença de um padre, celebrando missas e visitando seus amigos índios.
Antes de ser padre, pois chegou no Brasil seminarista, aos 19 anos, foi catequista. E como eram suas aulas? Em Tupi, a língua falada por aqui pelos índios, através de música e boas histórias. Mas, principalmente, pelo bom exemplo e por estar presente em todas as necessidades, cuidando dos doentes, participando das festas e dos trabalhos. Ele foi um catequista como o papa Francisco quer que os catequistas de hoje sejam…
Papa Francisco fala aos Catequistas
“A catequese é um pilar para a educaçío da fé e precisamos de bons catequistas! Obrigada por este serviço da Igreja e na Igreja.”
Ele também nos disse o que é preciso para ser um bom catequista “Ser catequistas requer amor, amor sempre mais forte por Cristo, amor pelo seu povo santo. E este amor, necessariamente, parte de Cristo.”– E explicou o que significa este partir de Cristo para um catequista:”Partir de Cristo significa ter familiaridade com Ele. A primeira coisa, para um discípulo, é estar com o Mestre, escutá-lo, aprender com Ele.“
O Papa deu o exemplo de seus momentos de adoração ao Santíssimo onde encontra-se todos os dias com Jesus. Continuou: “Partir de Cristo significa imitá-Lo no sair de si e ir ao encontro do outro.”
Por fim nos desafiou:”Partir de Cristo significa não ter medo de ir com eles as periferias…”
E nos animou: “Jesus disse: Ide, eu estou convosco! Essa é a nossa beleza e a nossa força… Se nós partimos, se saímos para levar o seu Evangelho com amor, com verdadeiro espírito apostólico, com paresia, Ele caminha conosco, nos precede, é o primeiro sempre.”
Nosso Papa disse que também ele se considera um catequista. Disse:”O sigamos imitando-o em seu movimento de amor, no seu ir ao encontro do homem; e saiamos, abramos as portas, tenhamos a audácia de trilhar novas estradas para o anúncio do Evangelho!”
Você encontra o Discurso do Papa Francisco na Jornada dos Catequistas ao Vaticano (de 27 de setembro de 2013) na íntegra, clicando aqui .