O Papa Francisco já foi um menino da Argentina
O menino Jorge Mario que um dia seria o Papa, era de uma família que imigrou da Itália pra Argentina, os Bergoglio. Eram em cinco irmãos: ele, Roberto, Oscar, Regina Marta e Maria Helena. Ele nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936 .
Uma família muito humilde e trabalhadora, como a maioria dos moradores de Flores, um bairro de Buenos Aires.
Mario, pai de Francisco, trabalhou como empregado ferroviário e depois como contador. Também gostava de jogar basquete na sua juventude e, sempre que podia, assistia jogos de basquete com os filhos.
Não sobrava nada de dinheiro, não tinham carro, nem iam passear nas férias no verão, mas também não lhes faltava nada.
Sua mãe, Regina, era dona de casa. Ela ficou paralítica após ter dado à luz o quinto filho. Quando as crianças voltavam da escola, a encontravam sentada descascando batatas, com todos os outros ingredientes para o almoço já preparados. Jorge contou: “Dizia-nos que devíamos misturá-los e cozinhá-los.”
Dona Regina gostava de música clássica. Jorge contou: “Todo sábado, às duas da tarde, ouvíamos óperas líricas que eram transmitidas pelo Rádio. Antes que começasse, a mamãe nos explicava a ópera, nos alertava quando começava a ária mais importante e conhecida… Era uma beleza para mim, apreciar a música.”
O Futebol e o menino Jorge
Na esquina oposta a sua casa, havia uma praça pequena. Ali o menino Jorge jogou futebol com os amigos até os 14 anos. Eles dizem que Jorge não era lá muito bom de bola, pois não tinha muito tempo para jogar, por ser muito aplicado nos estudos. Mas gostava de futebol e torce até hoje para o time San Lorenzo, o estádio desse time ficava perto de sua antiga casa em Flores.
Em frente a praça ficava a fábrica de meias e, do outro lado da rua, a mercearia do avô. Quando Jorge era pequeno, a avó Rosa vinha pegar o menino e o levava até sua casa. Ele contou: “Meus avós falavam piemontês entre si e assim o aprendi.” – piamontês é um dialeto da língua italiana.
Jorge sempre foi muito alegre. Quando menino corria incansável pelos corredores do Colégio da Misericórdia, onde estudava e fez sua Primeira Comunhão. Uma antiga professora, a irmã Rosa, contou que lembra dele estudando a tabuada na escada, ia pulando os degraus de dois em dois e repetindo: “Dois vez um, dois! Dois vez dois, quatro! Dois vezes três, seis…”
A catequista do menino Jorge, chamava-se Irmã Dolores, ela o tinha preparado para a Primeira Comunhão. Muitos anos depois, quando a catequista morreu, o Padre Jorge passou toda a noite ajoelhado em oração na capela, ao lado dela.
Como bom argentino que é, Jorge gosta das músicas de sua terra. E, quando adolescente, achava bonita a menina de 12 anos, a Amália, que morava perto de sua casa, lhe escreveu até um bilhetinho: “Se você não casar comigo, serei padre!” – E os anjos disseram: AAAMÉÉÉM! Eheheh.
Ia todos os domingos à Missa na igrejinha do bairro com sua família. A mãe do Papa, dona Regina, era muito cristã e religiosa e ele herdou muito dela.
Jorge formou-se em técnico químico no segundo grau e, os 13 anos, começou a trabalhar. Seu primeiro emprego foi o de faxineiro numa fábrica de meias onde o pai era contador, fez isso por dois anos. Depois passou para o setor administrativo e, por fim, trabalhou num laboratório de análise da produção. Jorge disse: “Agradeço tanto meu pai porque me mandou trabalhar. O trabalho foi uma das coisas que melhor me fizeram na vida.”
Mas…
Quando adolescente Jorge ficou muito doente e correu o risco de morrer de pneumonia. Acabou perdendo parte superior do pulmão direito. Foram meses de recuperação como dores terríveis. Ele não gostava quando, para animá-lo, falavam: “Vai passar…” – Ficava bravo. Até que a irmã Dolores foi visitá-lo, ela lhe disse: “Estás imitando Jesus.” – Essas palavras lhe deram muita paz.
Jorge descobriu sua linda vocação sacerdotal
Era dia 21 de setembro de 1953, Jorge tinha 17 anos e se preparava para festejar o Dia do Estudante com seus colegas. Entrou na igreja de San José de Flores e aí encontrou um sacerdote que não conhecia e foi confessar. Durante a confissão, Jorge sentiu a presença de Jesus e que Ele o estava chamando para ser Padre. Contou: “Aconteceu algo incrível, a maravilha de um encontro. Tomei consciência que Alguém estava me esperando…”
Com 22 anos, em março de 1958, Jorge entrou no noviciado da Companhia de Jesus, congregação religiosa dos jesuítas, a mesma de Santo Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Beato José de Anchieta (clique nos nomes para conhecer suas histórias). Os escolheu porque a Companhia usava uma linguagem militar e havia um clima de obediência e disciplina entre eles. E porque era voltada para a tarefa missionária.
Bispo, Arcebispo, Cardeal e…
Como arcebispo, defendia o direito das crianças nascerem, contra essas leis que aprovam o aborto, defendia que os trabalhadores ganhassem salários justos e tudo mais o que Jesus ensinou que é certo.
Por isso teve que sofrer, e ainda sofre, muitas calúnias e perseguição… Mas Jesus já avisou a muito tempo que isso aconteceria com seus amigos, não é mesmo?! Não dá pra ser Cristão sem Cruz…
O Papa Francisco disse em sua primeira homilia: “Eu queria que, depois destes dias de graça, todos nós tivéssemos a coragem, sim a coragem, de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja sobre o sangue do Senhor, que é derramado na Cruz; e de confessar como nossa única glória Cristo Crucificado. E assim a Igreja vai para diante.”
Já Cardeal, morava num quartinho no edifício ao lado da Catedral, sem luxo nenhum e ele mesmo fazia sua comida.
Não Esquecia os Amigos…
Dom Jorge achava um tempinho para visitar os amigos, tomar mate, assistir futebol e rir. E também visitava as irmãs do colégio onde estudou. Pegava o ônibus e ia, pois moravam meio longe. Ele tinha um fusquinha, mas preferia ir de ônibus. Depois de tomar chá com leite com as irmãs velhinhas, ele mesmo lavava a sua xícara. Fez isso até esses dias atrás, porque agora vai morar no Vaticano e você sabe, não dá pra ir de ônibus de Roma à Argentina…
Entre os Irmãos mais Pobres
O Cardeal Bergoglio estava sempre visitando as favelas, há 850 delas na grande Buenos Aires, com três milhões de pessoas. Ele fazia questão de celebrar Missas de Primeira Comunhão e Crisma. Ia sempre de ônibus ou metrô, mesmo que estivesse doente. Ele implantou varias ações sociais nos bairros mais pobres, inclusive a construção de refeitórios para pessoas idosas e portadoras de deficiências.
Papa!
É tão simples, disponível e gentil, que ninguém ao seu redor se sente constrangido ou, quando andava pelas ruas de Buenos Aires, dava conta que importante ele era. Além de Arcebispo, era professor universitário, vice-presidente da Conferência Episcopal Argentina e uma porção de outros títulos e trabalhos importantes que fazia para os jesuítas, a Igreja e o povo, com muita humildade. E, mesmo Papa continua assim, vocês viram na TV ele no ônibus com os outros Bispos e jornalistas, rindo, todo a vontade?! Esse é nosso Papa.
O papa escolheu o nome de Francisco
Tem uma porção de Franciscos que ele admira: seu pai que era Francisco, São Francisco Xavier, seu colega de congregação e grande missionário que atravessou o mundo numa grande aventura para evangelizar o Oriente. E o pobrezinho de Assis, que cuidava dos leprosos e amava a natureza. Nosso Papa Francisco tem um pouquinho de cada um deles e bastante do “Jorge”, dá pra sentir que será um bom Papa…
Você pode colorir meus desenhos do Papa Francisco, ok?! É só clicar neles para ampliar e imprimir.
Agora você pode assistir a primeira vez que o papa Francisco apareceu na janela do Vaticano e ouvir suas primeiras palavras para nós…
Monsenhor Jonas Abib foi a Roma, nos representar, toda a família Canção Nova, nesse momento lindo da nossa Igreja. Olha ele lá…
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Obs. As histórias da infância e adolescencia do Papa Francisco, são de uma entrevista que ele deu para o livro “El jesuita: Conversaciones con el cardenal Jorge Mario Bergoglio”, dos jornalistas Francesca Ambrogetti e Sergio Rubin.