“Não fui eu mamãe, foi a minha mão”

Essa foi a frase que eu ouvi de meu filho de 3 anos quando me apareceu no meu quarto com um ioiô enrolado no pescoço pedindo para salva-lo. Ele se enrolou todo no brinquedo (que logo em seguida foi para o lixo ao perceber seu perigo), mas não quis assumir que ele tinha feito aquilo. A gente até ri diante de uma situação assim porém também reflete que a criança precisar assumir seus erros assim como nós. Também nós colocamos a culpa em diversas outras coisas, fatos e pessoas e muitas vezes não assumimos nossos erros.
Isso nos leva a rever até nossa confissão: eu pequei porque o outro me provocou, me fez isso ou aquilo. Não é assim. Contamos os atores coadjuvantes do nosso pecado para diminuir ou fazer desaparecer nossa culpa.
A palavra de Deus nos fala: “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados (Deus ai está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda a iniqüidade.” (IJo1, 8-9).

A palavra é clara se reconhecermos os nossos pecados, ou seja, se assumirmos nossa fraqueza e miséria sem ocultarmos em nada nossos erros, ai sim experimentaremos a grandeza do amor do Senhor por nós.
A nossa postura deve ser a do salmista:
” e, diante de mim está sempre o meu pecado. Só contra vós pequei o que é mau fiz diante de vós”. (Sl 50, 5-6)
Com isso convido você a rever até sua maneira de se confessar. Como já citei antes, não importa quem participou, ajudou ou contribui com os nossos erros, é preciso assumir: eu errei, eu fiz mal e estou muito arrependido disso. Daí com certeza experimentaremos uma poderosa libertação em nossa confissão.
Deus nos dê a graça de vivermos e experimentarmos essa verdade.

Rogéria Moreira
Missionária da Comunidade Canção Nova na Missão de Curitiba no Paraná.