1ª Palestra Sábado

“Nós vamos não onde nossos pés nos levam, mas onde nossos afetos nos levam. O que move uma pessoa não são seus pés, mas seus afetos”. (Sto. Agostinho)

A cura dos afetos é uma necessidade. O amor, a partir de nossos afetos sadios, arrasta-nos e leva-nos à lugares maravilhosos, mas quando estamos doentes nos afetos, vamos à lugares que nos fazem mal.

“Assim diz o Senhor, aquele que abriu caminho pelo mar, passagem entre as águas violentas e trouxe carros e cavalos, batalhões de elite: ‘Foram derrubados, jamais se levantarão. Acabaram, apagaram-se como um pavio. Não deveis ficar lembrando as coisas de outrora, nem é preciso ter saudades das coisas do passado. Eis que estou fazendo coisas novas, estão surgindo agora e vós não percebeis? Sim, no deserto eu abro um caminho, rasgo rios na terra seca’ “. (Isaias 43, 16 – 19)

Se desejamos um coração curado e transformado, precisamos curar o seu passado, porque um coração curado é um coração feliz. A alegria é para nós o que o sol é para as flores. Ela abre o coração.

As lembranças que cultivamos em nossos corações nos machucam e é preciso, diante do Senhor, em oração, deixar que Ele nos cure. Por isso, não devemos ficar recordando as coisas passadas que nos machucaram e marcaram nossa história negativamente.

É necessário, portanto, assumir a vida, sem deixar que situações que nos machucaram sejam presentes. O passado já passou e a dor do momento vivido também. Não é possível ficar preso no que já se foi. Prender-se no passado significa não avançar na vida.

Fomos feitos para sermos felizes e não para ficarmos amarrados às coisas do passado. O que está amarrando o seu coração? O que não permite que você caminhe e avance na sua vida?

A partir daí, brota a necessidade de lavar nosso passado com o perdão, para que possamos seguir adiante. Ressentir, pela falta de perdão, é sofrer de novo, alimentando as forças de morte que existem em nós. Deus fez nosso coração para coisas boas. As coisas difíceis da nossa história não podem ser amarras que nos impedem, mas sim, forças que nos impulsionam.

Um remédio passado/vencido, não somente não cura, como faz mal, envenena. Em nosso passado muitas coisas boas aconteceram, mas aquilo que se perdeu, que se estragou, pode fazer mal para nossa história. Quando ficamos apegados ao que passou, somos incapazes de ver as coisas novas que Deus está fazendo em nossa vida.

1ª Palestra Sábado  – Márcio Mendes Comunidade Canção Nova