Fomos criados por amor

“Deus disse: façamos o ser humano a nossa imagem e segundo nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, as aves o céu, os animais domésticos que se movem pelo chão. Deus criou o ser humano a sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher os criou”. (Gn 1,26-27)

Nós fomos criados a imagem e semelhança de Deus, que é pai, filho e Espírito Santo.
Todos nós fomos criados por amor e para amar. Muitas vezes, porém, nossas características afetivas, de dar e receber amor, são machucadas. O processo de viver a afetividade deve ser canalizado em Deus, para que nossos relacionamentos sejam sadios.

É necessário, portanto, entregar-se a Deus tudo o que vivemos, de bom e de ruim, afim de que nossa afetividade seja plenamente restaurada. A afetividade estragada pelas situações de pecado vividas, produz em nós comportamentos que não condizem com o que realmente somos.

A pessoa que não foi amada desde sua concepção até a idade adulta, é imatura afetivamente e tem grandes dificuldades para se relacionar com outras pessoas de forma sadia. Nisso, o imaturo afetivamente, carente de amor, tem vários modos de viver essa carência. Os jovens passam a buscar aparecer diante dos outros exageradamente, a usar roupas que chamem atenção, a “ficar”… Tudo isso buscando um modo de serem amados, porque precisam ser curados das feridas que a falta de amor provocou. O “ficar” que acontece tanto hoje em dia é um processo descartável de viver os relacionamentos e educa-nos a tratar outras pessoas, também imagem e semelhança de Deus, como objetos de consumo. O processo correto, diante de Deus, de viver os relacionamentos, é viver tudo através do amor verdadeiro, e não o amor de consumo, que é uma tentativa frustrada de sermos restaurados em nossa afetividade.

A doença do amor, aquela que é contraída pela falta desse amor, só pode ser curada através do relacionamento com Deus. Na caminhada com Deus, passamos a conhecermo-nos melhor, e nisso, aprendemos a amar os outros. Amando os outros com amor fraterno, somos também amados.

” amor é paciente, é benfasejo, não é invejo, não é presunçoso, nem se incha de orgulho, não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta omal sofrido, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo”. (1cor, 13 4)

Deus nos ama e, através desse amor, tornamo-nos capazes de amar e sermos amados com o amor verdadeiro, que cura de todas as feridas abertas pela falta de amor.

2ª Palestra Sábado  – Júlio Brebal Comunidade Canção Nova