Viver a Semana Santa

Nós queremos acompanhar os passos de Cristo. Percorremos juntos o caminho do seguimento de Jesus.

A Semana Santa começa no Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, que une ao mesmo tempo, o anúncio da Paixão e da Vitória de Nosso Senhor Jesus Cristo. A procissão, que comemora a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém, tem um caráter festivo e popular. A participação nesse ato é importante neste dia.

A cor litúrgica do dia é o vermelho. A Bênção e a Procissão de Ramos são inseparáveis, portanto, onde não houver procissão e santa Missa, não se pode haver a Bênção de Ramos. É um dia de louvor e aclamação: “HOSANA” a Jesus, mas o “Aleluia” continua reservado para a Vigília Pascal.

O Domingo de Ramos É O DIA DA COLETA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE. A Igreja no Brasil convida todos a participarem do gesto concreto dessa campanha, partilhando os bens e as economias com os irmãos mais necessitados.

No Evangelho lido na Segunda-feira Santa, contemplamos Maria de Betânia ungindo os pés do Mestre com o perfume do amor e da gratidão.

Na Terça-feira, Cristo revela o que se passa no coração de Judas Iscariotes.

Na Quarta-feira, Mateus relata Cristo celebrando com os Apóstolos a festa da Páscoa judia e a traição de Judas.

Quinta-feira Santa, com a Santa Missa vespertina se inicia o Tríduo Pascal.
“O Tríduo pascal não é preparação do Domingo da Ressurreição, mas é, segundo as palavras de Santo Agostinho, o sacratíssimo Tríduo do Crucificado, Sepultado e Ressuscitado” (CALI, P55)

Espiritualidade do dia: Canta-se o “Glória” na celebração da Santa Missa. É o dia da festa da instituição da Eucaristia, do sacerdócio, do mandamento novo e do lava-pés. Neste dia, deve ser cantada a aclamação Eucarística após o: “Eis o mistério da fé”. A cor litúrgica do dia é o branco.

A Santa Missa é encerrada sem os ritos finais. O altar é desnudado à vista de todos, e deve permanecer assim até a Sexta-feira Santa, quando acontece a Transladação do Santíssimo Sacramento para a capela que foi preparada, e não há exposição dele [Jesus Eucarístico].

Sexta-feira Santa: a Igreja nasce do coração aberto de Jesus. Este não é um dia triste, mas de recolhimento e jejum. Deus Pai não pediu a morte de Cristo, mas o homem a impôs e Ele não recuou para nos salvar. Sangue e água, Eucaristia e batismo inauguram a vida nova.

A cruz não é vista tanto como sinal de morte, mas de salvação. É sinal de vitória. Por isso, a beijamos em sinal de adoração ao Crucificado. E é o único dia no ano em que não há Missa.

“Senhor Jesus Cristo, nós Vos adoramos e Vos bendizemos”

Sábado Santo: É dia do grande silêncio e da grande expectativa. É a vitória sobre a morte. Neste dia, pode ser incentivado um silêncio alegre, reverencioso e adorador. Somos sepultados com o Senhor no silêncio e pedimos que – pela força da Ressurreição d’Ele – participemos da vida eterna. Por isso, as pessoas deveriam falar menos, falar mais baixo, pois estamos à espera do Senhor que vem, para explodirmos de alegria na Vigília Pascal.

À espera do Senhor, assim, já se tem um tom de alegria, mas a explosão da festa se dá da Vigília Pascal em diante. Lembre-se de que a Igreja não somente recorda a Ressurreição, como faz memória dela, isto é, o Cristo ressuscita na Vigília Pascal.

“Se morrermos com Ele, com Ele viveremos” (2 Tim2,11b).

Deus o abençoe.

Diacono Nesinho Correa