“Dizia, pois, Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. Ora, o escravo não fica para sempre na casa; o filho fica para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. (Jo 8, 31-36)

O discípulo de Jesus tem três características:
– Permanece na Palavra
– Conhece a verdade
– É um ser livre

O discípulo é livre. Se não o for, não é discípulo.

Quando falamos de liberdade, não falamos de ausência de dores e sofrimento. Liberdade significa que estamos vivendo como discípulos de Jesus.
Na vida do discípulo deve acontecer a metanóia. Metanóia significa a mudança radical mais profunda do “eu” em sua originalidade. No encontro com Deus, no qual nos tornamos discípulos, deve acontecer essa mudança no íntimo do coração afim de que sejamos transformados radicalmente no modo de pensar, falar, vestir. No cristianismo, a metanóia tem o significado de conversão e somente Deus pode tocar na parte mais central de nossas vidas a partir do nosso consentimento.
O Espírito Santo age segundo nosso consentimento, uma vez que somos dotados de plena liberdade. A conversão não é algo imposto a nós. Podemos nos recusar à conversão,

Derramarei sobre vós águas puras que vos purificarão de vossas imundícies. (Ex 36, 25-28)
Para a transformação de nossa vida, Deus nos cerca de carinho e proteção. No entanto, na maioria das vezes, somente tomamos consciência da presença de Deus nos momentos de crises. Essas situações nos tornam mais abertos à ação de Deus. Deus não criou o mal e a dificuldade, mas é capaz de transformar as piores situações em coisas boas. Nosso coração deve abrir-se à graça de Deus também nos momentos de sofrimento.

3ª Palestra Sábado – Pe. Jorge Tadeu Hermmes