1ª Palestra Domingo

É com aquilo que somos que Deus quer lidar.
A verdadeira adoração acontece quando adoramos com aquilo que verdadeiramente somos.

A nós cabe um relacionamento humano com Deus. Não é um relacionamento angelical, porque não somos anjos. Deus nos fez pessoas humanas porque é com essa pessoa real é que Ele quer trabalhar. Mesmo em meio a nosso tropeços, fracassos e pecados, podemos ser verdadeiros adoradores do Pai em espírito e verdade.

“E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado”. (Lc 18,9-14)

O fariseu adorava a Deus falsamente, porque utilizava da religião para se promover e discriminar os outros. O publicano, que, humildemente, reconhecia ser pecador, era verdadeiro adorador.
O verdadeiro adorador é humilde, porque se não o for, não é verdadeiro. Quando abrimos nosso coração para Deus e reconhecemos a distância entre a personalidade de Deus e a nossa, o relacionamento filial é plenificado.

Os maus são os mais necessitados do Senhor. Dessa forma, ouvem a palavra com mais sede e mais necessidade.
Deus está na procura de adoradores que sejam filhos e não bons moços. Deus prefere o relacionamento com filhos. Ele prefere o amor e a misericórdia e não o sacrifício.
“Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer”. (Jo 15,15)
Deus quer um relacionamento de pai e filho e não de patrão e empregado. Dessa forma, deseja formar um povo adorador com aquilo que somos.

O sofrimento é um caminho de santificação. Não despreza suas lágrimas e seu sofrimento. Não se renda ao sofrimento, mas renda-se a Deus através do sofrimento.

Mesmo o enfermo diga: Eu sou um guerreiro (Joel 4,10). Mesmo o enfermo, diga: sou um adorador do Deus vivo.

1ª Palestra Domingo – Pe. Jorge Tadeu Hermmes