Jejum agradável ao Senhor

Sacrifício para Deus, é um espírito contrito; não desprezas um coração contrito e humilhado” (Salmo 51, 19)

Através da Palavra do Senhor, a Igreja ensina o verdadeiro sentido da penitência quaresmal. Se a penitência não conduzir ao esforço interior que elimina o pecado e a prática das virtudes, não pode ser agradável a Deus, que quer ser servido com o coração humilde, puro e sincero.

jejum

Por isso, quando os hebreus se privaram do alimento e se vestiram de saco e cinza mas continuavam a maltratar o seu próximo, foram severamente recriminados pelo Senhor e os seus atos penitenciais foram desprezados. Pouco ou nada vale sujeitar-se a privações corporais ou renunciar aos interesses próprios para respeitar e favorecer o próximo, de deixar de lado a sua maneira de ser para seguir a dos outros, se não procura viver pacificamente com todos e suportar com paciência as contrariedades que nos acontecem. A Sagrada Escritura indica, com extraordinária precisão que é a caridade que torna agradáveis os atos de penitência: “O jejum que me interessa, diz o Senhor é também repartires o pão com o faminto, dares pousada aos pobres sem abrigo, levares roupa a quem vistes andar despido e não voltar as costas ao teu semelhante. Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas chagas não tardarão a sarar” (Isaías 58, 6-8).

Assim, a luz da boa consciência resplandecerá diante de Deus e dos homens e, a ferida do pecado será curada por um verdadeiro amor a Deus e aos irmãos. Que nesse final de Quaresma não nos faltem oportunidades por um contínuo exercício do amor doação em nosso meio, e o Sol da Justiça resplandecerá sobre nós!

Com carinho e orações!
Maria Rosângela, membro da Comunidade Canção Nova