Meu Pai, São José

Ele me leva pela mão! Hoje tenho a alegria de dizer que não fiquei e nunca ficarei órfã, pois o Pai adotivo de Jesus também teve a bondade de me adotar!

Minha história com São José começou em 2004, quando fiz meu encontro pessoal com Jesus, em um encontro de Carnaval na Canção Nova. Eu estava inflamada pelo desejo de rezar, mas não sabia como. Então, alem de ler muito a Sagrada Escritura, eu fazia as orações que tinham no final da minha Bíblia, entre elas uma a São José. Ali eu aprendi que São José havia sido escolhido pela Vontade de Deus, mesmo que esta custasse a dele. Aprendi que ele amava mais a Jesus e a Maria do que a si mesmo, e era silencioso, discreto, obediente. A ele consagrei meu desejo de fazer a Vontade de Deus, de segui-la mesmo que em algum momento parecesse contraria a minha.

saojose

O tempo passou e eu entrei para a Comunidade Canção Nova. No final do meu primeiro ano de comunidade já não rezava mais tanto com São José, embora nunca o tivesse esquecido. Foi quando encontrei no porão da casa de Lavrinhas (onde eu morava), uma imagem do santo. Passava por ali todos os dias e dizia a ele que gostaria de carregar aquela imagem comigo. Neste tempo alguns amigos começaram a falar mais de São José, e um deles me ofereceu a imagem. A prática devocional, neste momento, se reacendeu. Foi como se ele, que tanto intercedeu por minha vocação, a tomasse nas mãos naquele momento. Mas o que eu não esperava é que São José, de intercessor, se tornasse para mim um pai! Em Queluz, já nos primeiros meses do meu segundo ano na comunidade, vivi muitas experiências fortes com a presença paterna de São José, que me socorria em situações próprias de um pai. Ganhei alguns presentes que foram como sinais da sua presença, como o óleo do Santuário de São José e a água da Fonte onde ele apareceu, na França. Sua presença ficou muito forte. Não tenho dúvidas de que ele se antecipou em me adotar como filha, para que eu não ficasse nenhum só momento órfã. No mês de julho eu perdi meu pai de uma maneira muito dura e trágica. Desde o momento em que recebi a notícia senti São José segurando a minha mão e me dizendo para não ter medo.

E assim vivo cada dia, sabendo que tenho um pai. A ele peço as coisas que pediria ao meu pai, aquilo que só ele poderia fazer por mim! E, nesta linda dinâmica de filha, sigo dia apos dia, na certeza de que nunca ficarei órfã!

Sua irmã,
Lízia Carla
Missionária da Comunidade Canção Nova em Roma.