No último domingo, 28/03, celebramos o Domingo de Ramos. A solenidade marca o início da Semana Santa, percurso que, por sua vez, nos prepara para a grande festa da Páscoa. O Papa Francisco, durante a homilia da Santa Missa celebrada na Basílica de São Pedro, em Roma, nos deu um conselho muito interessante para vivermos bem este tempo forte.
De acordo com o Papa, a atitude de surpresa, espanto, deve nos acompanhar durante estes di[socialmap]as. “Passamos da alegria de acolher Jesus, que entra em Jerusalém, à tristeza de O ver condenado à morte e crucificado. […] Abramo-nos, pois, a esta surpresa”, disse.
Ele nos ensina que há uma diferença entre a admiração e o deixar-se surpreender. As pessoas que acolhiam Jesus em Jerusalém talvez o admirassem, “mas não estavam prontas para se deixar surpreender por Ele”. O pontífice nos exorta a passarmos da simples admiração por Jesus, a um seguimento verdadeiro que implica em uma transformação de vida.
‘E qual é o grande fato da vida de Jesus que deve nos surpreender? ’, podemos nos questionar. Francisco nos aponta: “o fato dEle chegar à glória pelo caminho da humilhação”. Cristo acolhe aquilo que, por nós mesmos, evitaríamos. Precisamos ficar surpresos com esse “amor espantoso”, capaz de “tocar até ao fundo a nossa realidade humana, atravessar toda a nossa existência, todo o nosso mal; se aproximar de nós e não nos deixar sozinhos no sofrimento e na morte; nos recuperar, nos salvar”.
Quantas dores enfrentamos na pandemia e em todas as consequências que ela nos trouxe. A perda de pessoas queridas, desemprego, doenças, crise financeira…, Mas, vejam que bela mensagem de esperança: “Jesus sobe à cruz para descer ao nosso sofrimento”, “Deus está conosco em cada ferida, em cada susto: nenhum mal, nenhum pecado tem a última palavra”. Contemplar esta verdade deve gerar um ‘maravilhamento’ em nossos corações!
Por fim, o Papa nos convida: “Nesta Semana Santa, ergamos o olhar para a cruz a fim de recebermos a graça do assombro”. Precisamos, portanto, pedir a Deus a benção de nos surpreendermos com seu amor. “Olhemos o Crucificado e digamos-Lhe: «Senhor, quanto me amais! Como sou precioso a vossos olhos!» Deixemo-nos surpreender por Jesus para voltar a viver, porque a grandeza da vida não está na riqueza nem no sucesso, mas na descoberta de que somos amados”, ensina-nos Francisco.