Nestes dias, jogando volei com meus irmãos de comunidade, aconteceu um fato interessante, que no momento levamos até na brincadeira, mas que tomei como lição:

“Ao separar os times, resolvemos tirar um irmão de nosso time, julgando-o ser fraco e não servir para gente, e passamos ele para o outro time. Fazendo isto diminuímos e desvalorizamos o irmão. O que aconteceu foi que o irmão foi bem acolhido e valorizado no outro time, jogou muito bem e ganhou  a partida.”

Coisas simples, mas que fala ao coração. Pois não podemos diminuir e descartar o nosso  irmão, isto o mundo já faz com todo nós. Por mais que o irmão seja limitado em algumas coisas, devemos valorizar para que possa “vim para fora” aquilo que ele tem de melhor. Quando acolhemos, valorizamos e motivamos o irmão, descobrimos o grande potencial que existe dentro dele. Foi isto que aconteceu nesta simples partida de volei, que levo como lição para minha vida.

Precisamos valorizar nosso irmão…

Forte abraço!

Ademir Costa

Na Canção Nova temos o costume de dizer que o melhor deve ser para o irmão. Lendo um livro que narra a biografia de São Francisco é relatado exatamente isto: “O irmão estava acima de tudo. Aquilo era uma verdadeira família. Cada irmão valia tanto como a família, a Ordem ou a cidade. Não havia nenhum valor acima do próprio irmão. Quando um sofria todos sofriam.”(Inácio Larrañaga, O Irmão de Assis)

Como seria lindo se vivêssemos realmente desta maneira. Seria uma antecipação da comunhão celeste que é puro amor. Mas por que não conseguimos viver isto em nossas comunidades, grupos ou pastorais?

Isto se deve ao nosso egoísmo, “ao venha a mim o vosso Reino”. Temos uma profunda tentação de sempre garantir o nosso lado e do irmão fica para um segundo plano. É isto mesmo, somos cristãos, mas somos egoístas, que profunda contradição. Estamos contaminados pelo egoísmo mundano que fazem das pessoas nossos adversários.

Portanto, isto demonstra a falta de Cristo em nosso coração, em nossa vida fraterna. Precisamos nos esforçar em ter os sentimentos de Cristo. A verdadeira fraternidade acontece quando colocamos o irmão em primeiro lugar.

Eu tenho que seguir o exemplo de homens, como o Mons. Jonas Abib que coloca o irmão acima de suas vontades. Assim sendo, na minha vida, o meu melhor tem que ser para o irmão.