“Caros amigos ao ter meu Encontro Pessoal com o Senhor e o meu Batismo no Espírito, eu rezava quatro Rosários por dia, participava de todas as Missas da Paróquia nos fins de semana, fazia horas de adoração, lia muitos capítulos da Bíblia diariamente. Estava no primeiro fervor, queria fazer o máximo para Deus. Mas com o tempo, fui colocando os “pés no chão”, e estas “muitas” práticas de piedade que inventei, foi se tornando um peso, não dava conta de rezar tudo aquilo. Por fim, estava passando da primeira fase pós encontro pessoal.”

Passando este período, tive que me rever na minha vida de oração, comecei a rezar o “essencial”. Já naquela época, espelhei-me na espiritualidade das cinco pedrinhas, ensinada pela Canção Nova. Que era algo que não um peso, e conseguia viver bem e com qualidade. Comecei a ter uma espiritualidade mais equilibrada. Comecei a ter uma espiritualidade incarnada. Pois, tinha consciência que Deus não ficava vendo a quantidade, mas sim a qualidade de minha oração.

Meu irmão não importa a quantidade de sua oração, mas sim a qualidade. Se você consegue fazer com qualidade horas de adoração, consegue rezar bem meditado muitos Rosários por dia, consegue ler e meditar muitos capítulos da Bíblia diariamente. Se você consegue fazer tudo isto bem feito e ainda muito mais. Tudo bem! Louvado seja Deus! Lembre-se do pobre aqui nas suas orações.

Porém muitas vezes, trinta minutos de adoração bem feita, vale mais que três horas de adoração feita distraidamente; uma Terço bem rezado, vale mais que dezenas de Rosários mal rezados; um versículo bíblico rezado e meditado produz frutos que sacia nossa alma por dias. Não podemos viver nossa vida de oração para cumprir uma lei, um ritual, um “escrúpulo espiritual”. De nada valerá, será apenas uma “esquizofrenia espiritual” ou alguma coisa d tipo.

É preciso salientar também, que existem os preguiçosos, que rezam pouco e rezam mal, não se esforçam nem um pouquinho para encontrar um tempinho para oração. Por favor, tomem “vergonha na cara”, e não use deste post como desculpa, para não rezar…

Penso que o mais importante é que tenhamos uma verdadeira intimidade com Deus. A oração vivida com qualidade é o canal perfeito para nos ajudar neste relacionamento com Deus.

Forte abraço…

Ademir Costa


Nos próximos dias estarei vivendo meu retiro anual – chamado Jornada. São dias de reciclagem da alma. Tempo de parar para cuidar do espírito tão cansado pela correria do cotidiano.

“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso.”(Mt. 11, 28)

Aqui quero destacar a importância de sempre buscarmos retiros para reabastecer nossa alma. Servimos ao Senhor, mas não somos de ferro. Nossa alma também sofre os desgastes dos entraves da missão.

Por isso, é preciso, de tempos em tempos,  fazer um bom retiro espiritual para ser refeitos pelo Senhor.

Assim sendo, o diário de um consagrado retornará semana que vem…

Uma boa semana a todos

Arriverderci… Até a vista…

Rezem por nós…

Ademir Costa

“…Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada.”(Lc.10, 41-42)

O Evangelho nos apresenta esta duas figuras, aparentemente Marta está errada, mas não é isto, o erro está no exagero que leva ao ativismo.

Como errado também é a ociosidade: A esses indivíduos ordenamos e exortamos a que se dediquem tranqüilamente ao trabalho para merecerem ganhar o que comer. (II Ts. 3,12)

Penso que não existe certa nesta história. Devemos ser pessoas trabalhadoras que cumpre bem nossos ofícios diários, como também uma pessoa de oração que escuta atentamente a voz de Jesus. Nem no ativismo nem na ociosidade.

Nós, seres humanos, oscilamos muito. Por isso o equilíbrio é o segredo. E esta graça não é fruto de um esforço humano carnal.  Mas é dom do Espírito.