Não podemos amar o próximo se não amarmos a nós mesmo. Não vou aqui defender um egocentrismo ou individualismo, a virtude sempre estará no equilíbrio. O ensinamento do Evangelho é claro, precisamos nos amar. Isto mesmo, precisamos nos cuidar, cuidar de nossa saúde, de nosso físico, até mesmo de nossa aparência física. Como disse, tudo no equilibrio, sem narcisismo que já seria um transtorno de personalidade.

Fiz este post refletindo sobre mim mesmo. Pois dias atrás me aconteceu algo que me fez refletir sobre este Evangelho: “Eu tenho um pequeno problema de coluna, por isso, não posso forçar a coluna e nem carregar muito peso. Mas para agradar uma irmã que me pediu ajuda, peguei algumas caixas pesadas, e machuquei minha coluna. Fiquei três dias de “cama” e me recuperei aos poucos. Fiquei pensando, será que realmente amei o próximo com esta atitude? Com certeza, não! Porque não me amei, não respeitei os meus limites.

Amar a si mesmo é se cuidar, para transbordar este amor ao próximo. Amar a si mesmo é respeitar os seus limites, mesmo que desagrade as pessoas. Amar a si mesmo é seguir a risca as recomendações médicas…

Quando eu aprender a me amar, estarei apto a amar o próximo.

Forte abraço. Até a próxima|

Na Canção Nova temos esta graça de vivermos em família. Somos muito diferente um dos outros em personalidade, raça, cultura… Mas nestas diferenças é que se manifesta a riqueza da universalidade, somos todos irmãos. Um amor mútuo que respeita os limites e as diferenças. Cada um caminhando no seu ritmo, mas caminhando nesta busca do homem novo, imagem e semelhança de Deus.

O lindo da Canção Nova é que aqui, ninguém é mais que outro. Não importa se a pessoa exerce um cargo importante, se a pessoa canta ou faz algum programa na TV, todos somos iguais a começar do Monsenhor Jonas até o mais novato, ninguém é mais que ninguém, somos família. Claro que existe todo um amor e respeito por aqueles que tem mais tempo no carisma, mas estes mesmo são aqueles que dão testemunha se fazendo um com todos.

O carisma Canção Nova é lindo traz em si este dom de família. Como é lindo viver assim…


Não é pesado é meu irmão

A essência de uma comunidade é a vida fraterna. Para São Francisco a vida fraterna foi fundamento para o começo da fraternidade franciscana. Tanto que a exortava os frades enviados em missão a serem como mães uns para os outros. Mãe é mãe. É aquela que cuida e antecipa as necessidades dos seus filhos.

Por isso, devemos ser mães uns para os outros. Devemos cuidar do irmão como o próprio Cristo cuidaria. Independente de ter afinidade ou não, devo cuidar do irmão e antecipar suas necessidades.

Se necessário for carregar os irmãos nas costas…se necessário for dar a vida pelo irmão.

Vivemos em um mundo competitivo, no qual algumas pessoas usam de outras para obter seus privilégios. Por isso, não podemos ser marionetes nas mãos do sistema que rege o mundo.

Este sistema usa das pessoas como se fossem marionetes. Fazendo que vivam alienados, dando-lhe opiniões prontas, tornando as pessoas preguiçosas mentalmente, incapazes de refletir e dar uma simples opinião pessoal de certo assunto. Assim sendo, outro é o que pensam e forma seu pensamento.

Por isso, eu digo que não podemos ser marionetes, não podemos ser “Maria vai com as outras”, precisamos dar respostas e opiniões diferentes, baseadas em nossos princípios cristãos. Somos nós os embaixadores da civilização do amor aqui na terra.

Portanto, tenhamos em nós os pensamentos de Cristo Nosso Senhor para que o mundo não nos ponha o dele.

A palavra de Deus fala que realmente somos loucos. Isto mesmo conferi aí: ….

” O que é loucura para mundo, Deus escolheu para confundir os sábios…(ICor.1,18)  Nós somos loucos por causa do Cristo…”(ICor.4,10)

A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem…para nós ela é poder de Deus (ICor.1,18).

Experimentamos este amor de Deus e ninguém pode tirar esta loucura de nosso coração, que na realidade é a verdadeira sabedoria celeste revelada ao nosso coração.

Por isso eu digo como os DDDs – Doidim de Deus: “Eu sou doido, maluco, pirado por Jesus…”

Fritamos o irmão quando não respeitamos os seus limites, achando-nos donos plenos da verdade, como se fossemos quase semi-deuses da razão.

Na vida fraterna é preciso ter caridade e saber tratar cada um de maneira individual. Porque se não for assim, corre-se grande risco de “matar” o próximo.

É nossa obrigação, como cristão, tratar cada pessoa de maneira individual, como Jesus trata. Eu não posso querer que o irmão seja igual a mim. O irmão tem o ritmo dele e eu o meu. Ele tem as qualidades dele e eu as minhas, ele tem os defeitos dele e eu os meus. Quando não individualizo o irmão, eu estou fritando-o, estou matando-o.

Em primeiro lugar vem a pessoa. A começar de mim, preciso aprender a tratar as pessoas de maneira singular…

Quem nunca chegou cansado e esgotado em casa depois de um dia intenso de serviço?

Ontem cheguei assim em casa. A única coisa que queria era simplesmente deitar na minha cama e dormir. Mas havia sido marcado uma reunião fraterna. Por obediência tinha que ir. Irmãos que experiência maravilhosa fiz com a vida fraterna nesta reunião , a convivência me refez, arrancou-me do desânimo e do cansaço. Recebi de Deus através de meus irmãos uma efusão de ânimo e alegria.

Graças a Deus na Canção Nova nossos princípios de vida são vivenciais, são encarnados. Ontem tive a graça de ser refeito pela Vida Fraterna, junto de meus irmãos e irmãs, experimentei a eficácia sobrenatural da fraternidade.

Não se entregue ao desânimo e ao cansaço do cotidiano, que suga nossa alma, mas permita Deus fazer em ti um Batismo de alegria e amor pelos irmãos, por aqueles que te ama.

Viva a Vida Fraterna….