1 ª Carta aos Coríntios > Leitura #736

Namoro santo, casamento santo

Falar em namoro santo, hoje em dia, é quase uma piada, mas o casamento terá mais chances de durar o que todos esperam: até que a morte os separe. Casamento santo.

#736Namoro santo, casamento santo

Crédito: Jelena Danilovic by GettyImages

Assim, aquele que se casa com sua amada está agindo bem, e aquele que não se casa está agindo melhor.”

O apóstolo claramente incentiva os cristãos ao celibato e diz aos que querem se casar que não pequem por causa disso. Mais uma vez, ele fala em vista da expectativa de Cristo que está prestes a voltar e das tribulações que acompanham a vida dos que se casam. Contudo, o apóstolo afirma que é melhor se casar do que pecar contra sua amada por arder de paixão e não se controlar para o tempo devido.

No relacionamento de namoro cristão, há limites de intimidade que precisam ser respeitados e não somente por uma orientação moral, mas por uma proteção e maturidade afetiva e espiritual também. É um conjunto de coisas que, nesta fase de conhecimento inicial, não condizem com o namoro.

Uma relação sexual, por exemplo, não é uma intimidade sadia para o tempo de namoro, nem mesmo as carícias íntimas, por se tratarem de uma intimidade própria dos casados que se entregaram não só de corpo, mas de alma, coração, entendimento e espírito, ou seja, eles se tornaram um.

A relação sexual é completa nos que são unidos pelo vínculo matrimonial; nos namorados e noivos não, e por mais que o queiram, não são um de fato, pois é Deus quem une a pessoa toda, a carne só une o corpo.

Para não pecar, portanto, Paulo recomenda: casem-se!

Mas se não quiser se casar e se tornar celibatário, fará melhor, diz São Paulo, já que não carregará nenhuma preocupação matrimonial e familiar para servir a Deus com total liberdade.

Faço um parênteses para um testemunho:

Sou casado, tenho 3 filhos e sou missionário. É verdade que minha liberdade para servir a Deus não é a mesma de quando eu era solteiro, mas isso não me impede de ser todo de Deus hoje, mesmo sendo casado; e na minha condição de esposo e pai, tenho uma responsabilidade ainda maior de formar homens novos para um mundo novo, garantindo assim, na minha descendência, um povo novo para Deus, todo de Deus.

Digo a quem quer se casar, a quem está com dificuldades para viver a castidade: não se case só por isso, pois nem sempre a dificuldade para ser casto está ligada à necessidade e à vocação matrimonial. Ser pai e mãe é vocação natural sim, mas quando Cristo entrou no mundo, sendo Deus, inaugurou um novo tempo, e nele todas as vocações têm o seu lugar.

Busque a cura, e na escuta de Deus e leitura dos sinais de tua via e tua história encontrarás o discernimento vocacional. Não tenha medo. A virtude da castidade é necessária antes de tudo para o equilíbrio da pessoa humana, seja casado ou não. Já que se a pessoa se casa e não é casta, transforma seu casamento num problema. Não se case nem queira o celibato para fugir de si mesmo e de seus ‘fantasmas’. Seja corajoso! Enfrente-os e vença-os com Deus!

Leia o trecho em I Cor 7,36-38

Na Bíblia CNBB, página 1406
Título: Quando chega a idade de a virgem se casar

Ordens

I Cor 7,36

Se alguém receia faltar com respeito com sua amada, por estar ele transbordando de paixão, faça o que se sente na obrigação de fazer e achar melhor; não estará pecando: casem-se.”

Qual a mensagem de Deus para mim hoje?

O mundo precisa das famílias para ser curado.” Papa Francisco.

Como posso pôr isso em prática?

Minha família precisa ser uma família consagrada, santa. Isso precisa começar por mim. Eu preciso ser o primeiro santo dentro da minha casa.