O SER DA MULHER

IMG-20160202-WA0014-1Neste Dia Internacional da Mulher, convido você a refletir um pouco sobre a dignidade e vocação do ser da mulher.

A mulher foi criada a partir da “costela de Adão”, para ser “coração” e auxiliar permanente do homem no governo da Criação. Assim, homem e mulher criados à imagem e semelhança da Santíssima Trindade são iguais em dignidade, porém diferentes em sua psicologia e em sua missão perante a sociedade. Foram criados para se complementarem, formando uma unidade, “uma só carne” e desta forma unidos, cada um cumprindo seu papel, poderão ser plenamente felizes.

Atualmente, as mulheres enfrentam muitos desafios e o maior deles é justamente saber qual é a sua função, a sua missão na sociedade de hoje. A busca do equilíbrio para ser esposa, mãe, profissional, filha, irmã, amiga; a luta por uma “igualdade” no mundo do trabalho; a super exposição do corpo e a utilização da força da sedução como “arma” para conseguir o que deseja; o anseio pela maternidade e ao mesmo tempo o receio de ser mãe, de precisar abrir mão de “suas conquistas” para cuidar de um filho; a cobrança cada vez maior para produzir, para ganhar dinheiro, para ser independente.

Quando Deus criou a mulher, tendo como base não o barro, mas o próprio Adão, o homem foi a primeira criatura no qual a mulher pousou seu olhar. Desde então, a mulher está mais vinculada à pessoa, ao outro, sendo mais sentimento, emoção, enquanto que o homem está mais voltado para o mundo, para a razão, para as ideias.

Assim, sempre foi dos planos de Deus que a mulher fosse o coração, gerasse a vida em seu seio, sendo a maior responsável pela ternura e pelo cultivo do amor. A chave para compreender a alma feminina é a maternidade. A estrutura da alma feminina foi moldada de acordo com o papel que o Criador escolheu para ela.

Toda mulher, para poder se sentir plenamente realizada, precisa se tornar mãe. Não necessariamente uma mãe biológica, mas desenvolver os atributos maternos em sua personalidade. Mas o que significa ser mãe? É acolher a vida, cultivá-la e desenvolve-la, através da doação de si mesma.

São João Paulo II assim disse: “A dignidade da mulher está intimamente ligada com o amor que ela recebe pelo próprio fato da sua feminilidade e também com o amor que ela, por sua vez, doa. (…) A mulher não pode se encontrar a si mesma senão doando amor aos outros.”(Mulieris Dignitatem No. 30)

O conhecimento da própria fertilidade é fundamental para que a mulher saiba cuidar de seu corpo e o prepare adequadamente para acolher uma nova vida. Esse conhecimento pode se dar através do Método de Ovulação Billings™ que ensina a mulher a se autoconhecer, aprendendo a ler os sinais naturais de seu corpo, que refletem a sequência das mudanças hormonais do ciclo menstrual.

A fecundidade espiritual pode ser alcançada através do conhecimento de seu temperamento, de suas forças e fraquezas, para poder, através da autoeducação, conseguir ser uma mulher mais livre para amar e ser amada.

A grande riqueza da mulher é ser a terra fértil para semear o amor, fazer brotar o amor e distribuir o amor para toda a humanidade. Essa orientação para o amor deve ser sempre cultivada e desenvolvida pela mulher, para equilibrar o ser masculino que é voltado mais para a razão e a realização. Sem este equilíbrio o mundo se tornará cada vez mais frio e desumano.

 

* Flávia Ghelardi ,educadora , advogada , escritora e  membro do Movimento Apostólico de Schoenstatt. blog:fortalecendosuafamilia.blogspot.com

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