Poderíamos dizer que é uma Ideologia?

Poderíamos dizer que o Controle Populacional é uma Ideologia?

Sim, certamente é a ideologia malthusiana, e é muito importante destacar sua persistência. É uma ideologia discriminatória, eugenista, segregacionista. Poderíamos expressar o centro de sua temática dizendo: “nós os ricos do Hemisfério Norte precisamos controlar o crescimento da população dos países do Sul porque temos medo desta população”.

A Santa Sé é muito consciente de que mesmo antes da queda do muro de Berlim houve uma reinterpretação da famosa Guerra Fria: já não era a guerra Leste vs. Oeste, mas sim a guerra Norte vs. Sul, opondo os países ricos aos países pobres. Evidentemente a Igreja não pode aceitar esta oposição nem este diagnóstico tipicamente malthusiano. Ela procura uma autêntica solidariedade internacional apoiada na cooperação internacional, em uma distribuição mais equitativa dos recursos. Na possibilidade concreta de que os países pobres possam acessar o saber e as técnicas das quais depende seu desenvolvimento. Mas a ideologia malthusiana é muito útil aos países ricos porque apresenta as coisas como demonstradas quando pelo contrário todas as profecias de Malthus foram desmentidas; essa hipótese de que a população cresce mais rapidamente que os recursos alimentícios é uma farsa científica.

Mas há outro motivo pelo que a Igreja não pode admitir as posturas da ONU. Resulta óbvio que é pouco simpático e pouco plausível dizer: “os ricos devem conter o crescimento das populações pobres”; e portanto, se busca utilizar uma linguagem nova, mentirosa, ideológica: “a linguagem dos direitos humanos”; “vocês os pobres têm direito à contracepção, ao aborto. Estes são os novos direitos humanos. Nós, “os ricos” queremos ajudá-los a exercer esse direito novo e vamos ajudá-los a desenvolverem-se enviando métodos anticoncepcionais; dispositivos intrauterinos e aparelhos para realizar aborto com máquinas especializadas…” A Igreja não pode admitir este tipo de política.

 

 

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Queria mencionar aqui uma coisa que muitas vezes não está sendo muito bem explicada ao público: além das considerações de ética privada, pessoal, a Igreja se opõe a estas campanhas por motivos de ética política.

 

Fonte: www.acidigital.com 

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