O Arcebispo de Coro e Vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, Dom Roberto Luckert, expressou sua preocupação diante do medo coletivo que a sociedade começa a mostrar perante as ações do governo de Hugo Chávez.Em declarações difundidas por União Rádio, o Arcebispo também defendeu o direito dos bispos a opinar sobre aqueles aspectos que considere necessários.“A linha de trabalho deste governo é botar medo nas pessoas, nisso estão eles, através do poder tentam botar medo no povo venezuelano. Lá estão as esposas dos presos políticos tentando procurar assinaturas para uma lei de anistia e elas nos confessam que ninguém quer assinar porque têm medo, que se assinam perdem o trabalho, isso faz parte do sistema. Assim como Fidel se impôs pela via da crueldade, aqui nos estão encurralando com o temor e o medo”, lamentou Dom Luckert.Neste sentido, chamou à dirigência opositora a conversar sobre estes temas com as pessoas. “Parece que nos querem encurralar, assim como encurralaram aos meios de comunicação, os colégios profissionais, os sindicatos, os empresários, a linha é nos fazer calar e nos colocar medo e isso nos levaria ao silêncio e seria o mais perturbador e ignominioso que poderia nos acontecer no país, que por silêncio e covardia todos nos calemos”, adicionou.
O Arcebispo também explicou que a Igreja defende a liberdade de expressão e os bispos têm a obrigação de “denunciar o que vai vir neste país, aqui o que nos querem impôr é uma cópia da linha comunicacional que têm em Cuba”.Dom Luckert desmentiu as acusações de parte do governador de Falcón, Jesus Montilla. “O governador sabe que eu jamais fiz campanha em contra dele, nunca o fiz, porque não é meu ofício. Eu não me calei na Quarta República, eu quando tive que dizer as coisas as disse a quem tinha que ouvir e também o vou fazê-lo na Quinta”, concluiu. (Fonte: ACI Digital). Hugo Chaves deseja implantar na Venezuela o mesmo regime comunista fracassado no mundo inteiro, tipo cubano, onde há 47 anos o povo não sabe o que é mais liberdade; não pode votar, não pode ter o seu negócio próprio, não pode viajar para fora do país, etc. A Igreja se manifesta radicalmente contra o marxismo –leninismo porque é um regime que professa o ateísmo e o materialismo; odeia a religião, pois a considera “a droga do povo”, e tem como objetivo implantar o paraíso na terra através da “luta de classes”, jogando os pobres contra os ricos até eliminar as classes sociais, pela revolução. É um regime desumano que, segundo os historiadores franceses Stéfan Courtois e seus colaboradores, matou 100 milhões de pessoas na União Soviética, China, Cambodja, Viet Nam, Cuba, Coréia do Norte, etc. Eles fazem esta gravíssima denúncia em “O Livro Negro do Comunismo” (Editora Bertrand Brasil, 2001, 3ª Edição, SP, orelha). Foi condenado com toda a força pelo Papa Pio XI na encíclica “Divinis Redemptoris”, em 19 março 1937; e também por todos os papas que o sucederam na cátedra de S. Pedro.