Um Plebiscito para o aborto?

  

 

 

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu que a sociedade brasileira decida se quer a legalização do aborto. Por outro lado o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), no último Dia Internacional da Mulher, se disse favorável à legalização do aborto. Arma-se o Plano diabólico para aprovar o aborto; e o seu ninho agora é o próprio governo. 

Um projeto prevendo o Plebiscito foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Nitidamente há atrás dessa proposta de Plebiscito do aborto, uma intenção de aprovar este crime nefando no Congresso Nacional. Com a desculpa de que o aborto clandestino causa a morte de muitas mulheres pobres, então, seria preciso aprovar o aborto para que, a Rede pública de saúde faça o “aborto legal e hiegiênico” para essas mulheres. Assim argumentam os defensores do aborto. 

Nesta lógica, o nosso dinheiro dos impostos seria usado para matar as criancinhas no ventre da mãe, de maneira “segura e higiênica”, para as mães, mas destruidora para as crianças.  Os cristão não podem se calar diante de mais esta trama que surge no horizonte. 

Ora, a solução das mortes de mulheres que fazem aborto clandestino, não é matar a criança no seu ventre; mas receber esta criança, respeitar o seu direito de nascer, não abortar. Se a criança foi gerada – não importa o meio e as circunstâncias – ela tem o direito à vida; é um ser autônomo. Ela não pode pagar com a vida a culpa que não é dela.     

O Plebiscito é mais uma jogado dos adeptos do aborto legal; porque sabem que é fácil “fazer a cabeça” desse nosso povo ignorante e mal informado; basta uma “avalanche” de dinheiro do governo para as ONGs favoráveis ao aborto legal , e elas inundarão os lares dos brasileiros de muitos “argumentos” falsos, mas emocionais,  em favor da aprovação do aborto. Esta tática é clássica dos adeptos do aborto legal.   

Não há dúvida de que estamos diante de mais uma arapuca assassina, com o aval do governo federal. A vida não pode ser colocada
em Plebiscito. A vida está acima de tudo. Se aceitarmos que
 algum argumento é suficiente para se eliminar a vida, dentro de pouco tempo a vida poderá ser eliminada por qualquer argumento. É uma traição à vida propor que ela seja decidida em Plebiscito; é dever do governo defender a vida desde a concepção, como está
em nossa Constituição; e não conspirar contra ela. As criancinhas estão sendo juradas de morte já no seio de suas mães. Justamente elas, que foram criadas por Deus, principalmente para gerar e defender a vida, agora se põem contra a vida. Ó mãe, onde está a tua dignidade?!  

É preciso lembrar às mães que nem a cobra mata o seu filhinho no ninho; a tartaruga e a galinha não matam os seus filhotes no ovo. Como então, pode a mãe aceitar matar o seu  bebê? Matar a criança no ventre da mãe é a mais nefanda covardia. É a covardia do forte contra o fraco, do nascido contra o não nascido; do potente contra o indefeso. É o forte orgulhoso e egoísta que não quer que o pequeno nasça para não lhe fazer concorrência nesta vida, de modo que ele possa desfrutar dos prazeres deste mundo com mais liberdade, sem concorrente 

Ó miserável homem que esquece que o maior valor é a vida!Ó miserável pecador que já não mais reconhece o seu Deus!Ó egoísta impenitente que quer usufruir desta vida sozinho, sem dar espaço aos outros! Deus um dia pedirá contas de seus atos. 

Tudo isto é o império do hedonismo (a busca do prazer como fim), do materialismo que valoriza mais as coisas que a vida, do paganismo que vai expulsando Deus do mundo, das leis, dos hospitais, das escolas, das fábricas, dos governos, dos parlamentos… 

Diga não a esta hediondez de submeter a vida a um julgamento público; desde quando a vida criada por Deus pode ser julgada pelos homens?   Que loucura é essa que tomou conta de parte da humanidade? 

E você, vai ficar calado? Vai permitir que a vida seja massacrada sob o seu silêncio? Vai permitir que tanto sangue inocente seja derramado injusta e covardemente? 

Gostaria de, mais uma vez, plagiar Luther King: não tenho medo da audácia dos maus; me apavora o silêncio dos bons.   

 

Prof. Felipe Aquino – 29 março 07 


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino