Papa fala da teologia da libertação

Aparecida 2007

Bento XVI: A Teologia da Libertação foi um “milenarismo” que não se justifica hoje

.- Em declarações concedidas hoje aos jornalistas durante o vôo rumo ao Brasil, o Papa Bento XVI assinalou que a Teologia da Libertação foi uma forma do Milenarismoque não tem justificação na atual realidade latino-americana, especialmente ante a difusão da autêntica preocupação social da Igreja.

Ao explicar que “a missão da Igreja é religiosa, mas se abre às soluções dos grandes problemas sociais“, o Pontífice disse durante a improvisada conferencia de imprensa no avião que “há sempre espaço para um debate legítimo sobre como criar as condições para a libertação humana e sobre como fazer eficaz a doutrina da Igreja e indicar as condições humanas e sociais, as grandes linhas nas quais os valores podem crescer”.

Entretanto, o Papa esclareceu que hoje “mudou profundamente a situação na qual a teologia da libertação nasceu”. “É evidente que as fáceis promessas que faziam acreditar que podem conseguir de uma revolução as condições para uma vida completa estavam equivocados; isto agora sabem todos e o ponto é como a Igreja deve estar presente na luta pela justiça: sobre isto se dividem teólogos e sociólogos”, adicionou.

O Santo Padre explicou que antes de ser Pontífice, “na Congregação para a Doutrina da Fé tratamos de fazer uma ação de discernimento para nos liberar dos falsos milenarismos e da politização”.

Bento XVI se referiu também à Teologia da Libertação como um “fácil Milenarismo, que acreditou melhorar as condições de vida com a revolução”. O Milenarismo é a heresia que acreditava na iminência do fim do mundo e o advento de um reino terreno de paz e justiça perfeitas que duraria mil anos.

As idéias da Teologia da Libertação, acrescentou o Papa, “eram errôneas, mas isto todos já sabem“.

O Santo Padre explicou também que “a mudança da situação política na América Latina propiciou também a mudança substancial da doutrina que prega” a Teologia da Libertação; e esclareceu que “o magistério da Igreja não pretendeu destruir o sentido de justiça social, mas sim reconduzi-lo pelo caminho justo”.


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino