UM GOVERNO A FAVOR DO ABORTO

É evidente que o atual governo federal aprova e incentiva o aborto.  O Presidente da República há dias atrás foi à televisão para dizer que “era pessoalmente contra o aborto, mas que por razões de “saúde pública” tinha de aceitá-lo”. Quer dizer, de um lado o Presidente dá uma de bonzinho dizendo que pessoalmente defende a vida, mas como chefe do governo tem de aceitar o crime do aborto porque há milhares de adolescentes grávidas no pais.  

Ora, se o Presidente reconhece que o aborto é um mal, como um crime hediondo que é, então, não pode ser aprovado em hipótese alguma e nem com qualquer justificativa.  

A moral cristã é muito clara, não se pode fazer o bem através de um meio mal. Não se pode ajudar a uma adolescente grávida com o assassinato do seu filhinho ainda não nascido. É preciso dar soluções certas e puras para os problemas.  

O que precisamos fazer é educar essas meninas para que não engravidem antes do casamento, que não usem o sexo fora do plano de Deus; e não, oferecer-lhes o aborto para sanar o seu erro. Pais e governo precisam sim, educar os jovens para viver o sexo apenas no casamento, que é o seu lugar, e não empurrar-lhes para o sexismo através de uma deseducação sexual que é dada nas escolas e nas cartilhas do governo.  

Por outro lado a ministra chefe da Secretaria especial da mulher, ligada à Presidência da República, luta de maneira incansável para aprovar o aborto no pais. Da mesma forma o site do Partido do governo, já anunciou muitas vezes seu compromisso de aprovar o aborto.  

Agora vemos o ministro da saúde deste governo, José Temporão, dizer que vai distribuir a pílula do dia seguinte amplamente para as jovens e mulheres, sem necessidade de apresentar receita médica. Da mesma forma se manifesta explicitamente a favor do aborto. Então, não há como chegar a outra conclusão senão esta: este atual governo federal está empenhado em aprovar o aborto no Brasil, quando uma pesquisa recente do IBOPE mostrou que 93% da população o rejeita.   

Todos sabem , porque a medicina já mostrou, que esta pílula do dia seguinte é um  veneno para a mulher; sua carga hormonal é cerca de 20 vezes a de uma pílula anticoncepcional comum, e provoca muitos males à mulher. Altera o processo de ovulação, podendo provocar esterilidade para toda a vida. Pode causar severos danos à saúde: sangramentos, dores de cabeça, hemorragias e náuseas. Seu uso freqüente pode provocar: danos no fígado, obstruir as artérias e provocar infarto, embolias no cérebro ou no pulmão e hemorragias cerebrais. 

Já houve vários casos de mortes de jovens causadas pelo uso dessas pílulas. Por exemplo, o jornal o GLOBO publicou em sua edição de 11/ 01/01, p.30: que uma menina de 15 anos, Caroline, filha de Jenny Bacon, morreu em Londres, após tomar a pílula do dia seguinte, o que revoltou os pais das alunas na escola onde a pílula é distribuída até para meninas com apenas onze anos.  

O Dr. Jerome Lejeune, francês, um dos maiores geneticistas do século XX, descobridor da síndrome de Down, já avisava na década de 90 que a pílula do dia seguinte “é uma bomba para o organismo da mulher”.       O laboratório Grünenthal, fabricante no Chile da “pílula do dia seguinte”, decidiu retirar do mercado o fármaco devido a sua escassa venda e às constantes ações judiciais interpostas por organizações que denunciam seu potencial efeito abortivo, pois o Postinor 2 (nome comercial do levonorgestrel 0.75) induz ao aborto.  

Da mesma forma os fabricantes neozelandeses da pílula do dia seguinte admitem que ela é abortiva. (Auckland, 08 jan 2007 –  ACI). A empresa produtora e distribuidora da pílula do dia seguinte na Nova Zelândia admitiu recentemente que este fármaco pode causar um aborto nas primeiras fases da gravidez. 

       Também o fabricante do “PostDay” reconhece em seu site o efeito anti-implantatório – e por isso potencialmente abortivo – do fármaco que se pretende vender no país. Textualmente figura que “faz com que a membrana do útero se torne mais fina de tal maneira que os óvulos fertilizados não possam aderir-se ao útero”. (06 Jun. 07 – acidigital.com) 

As mulheres cristãs precisam estar cientes de que o Vaticano e a CNBB são contra o uso desta pílula abortiva, como já se pronunciaram várias vezes.  

Prof. Felipe Aquino – 30 junho 2007 

 


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino