Segundo o Porta Voz do Vaticano, cerca de 200 mil pessoas marcaram presença na Praça de São Pedro, na oração do Ângelus, deste domingo (20 jan 2008) para uma grande manifestação de apoio ao Papa, depois dos tristes acontecimentos em relação à Universidade La Sapienza.
Em suas palavras a multidão o Papa encorajou todos os universitários a “respeitarem sempre as opiniões dos outros e a procurarem, com espírito livre e responsável, a verdade e o bem”.
Assegurando a estima pessoal que o liga aos universitários romanos, o Papa exprimiu o seu pesar por ter sido levado a cancelar aquela visita, devido ao clima que se tinha criado.
“Ao ambiente universitário, que por longos anos foi o meu mundo, liga-me o amor pela busca da verdade, pelo confronto, pelo diálogo franco e respeitador das posições recíprocas”.
“Tudo isto é também missão da Igreja, empenhada em seguir fielmente Jesus, Mestre de vida, de verdade e de amor”.
Foi um belo gesto dos cristãos de Roma e também das pessoas sensatas em desagravo ao Papa Bento XVI. Isto mostra o quanto foi triste e lamentável o erro dos universitários de La Sapienza, protestando contra a Presença do Papa para proferir a Aula Inaugural. Em todo mundo o Papa é recebido; como então, em Roma, ele possa ser rejeitado?
Desta vez a maioria boa não se calou silenciosa, mas com sua presença abafou a voz obscurantista da minoria que só sabe defender a liberdade quando é para apresentar os seus conceitos.
Tendo em vista a Semana de Oração pela unidade dos cristãos o Papa falou também do ecumenismo; disse: “Temos todos o dever de rezar e agir para superar todas as divisões entre os cristãos, correspondendo ao desejo de Cristo ‘Ut unum sint’ (“Que todos sejam um”). A oração, a conversão do coração, o reforço dos vínculos de comunhão formam a essência deste movimento espiritual que fazemos votos que possa conduzir em breve os discípulos de Cristo à celebração comum da Eucaristia, manifestação da sua plena unidade”.
É bom notar que para o Papa o saudável ecumenismo deve se completar em torno da celebração da Eucaristia. Sem isto não há verdadeiro ecumenismo; pois foi o Cristo quem a instituiu.
Disse o Papa que: “Nunca nos devemos cansar de rezar pela unidade dos cristãos! Quando Jesus, na última Ceia, rezou para que os seus ‘sejam uma só coisa’, tinha em mente uma finalidade precisa: ‘para que o mundo creia’. A missão evangelizadora da Igreja passa portanto pelo caminho ecumênico, o caminho da unidade de fé, do testemunho evangélico e da autêntica fraternidade”.
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br