As mais recentes descobertas astronômicas têm levado os pesquisadores a ver não só a grandeza do universo, mas também a sua ordem e um certo “princípio de finalidade” que parece presidir aos fenômenos do macrocosmos. Para testemunhar esta verdade, vamos mostrar abaixo alguns dados resultantes dos mais recentes estudos sobre a origem e a expansão do universo.
O Radiotelescópio de Arecibo, com um diâmetro de 300 metros, os “ouvidos do universo”, auscultam o pulmão do Cosmos até os confins das galáxias. Como as distâncias são descomunais, precisaremos medir as distancias em anos-luz, que é o espaço percorrido pela luz em um ano, com a velocidade inimaginável de 300.000 de km/s. Um ano luz corresponde à distância de 9,46 x 1012km (=9,46 trilhões de km).
Se partirmos da Terra com esta velocidade vertiginosa, com apenas 1,3 segundos já passamos pela Lua, mas vamos gastar cinco horas para atravessar o nosso “pequenino” Sistema Solar, mesmo com esta velocidade enorme. Só quatro horas depois, com esta velocidade fantástica, chegaremos à estrela mais próxima. Veja como é grande o universo! Viajamos 4,3 bilhões de km para chegar até a estrela mais próxima…
Estamos agora atravessando a Via Láctea (a galáxia a que pertence o nosso Sistema Solar); mas agora, somente de cinco em cinco anos, em média, cruzaremos com alguma estrela; e, no entanto, em nossa galáxia há mais de 100 bilhões de estrelas… Isto não é uma ficção, é uma realidade! Em nossa galáxia há algumas estrelas que são chamadas nossas “vizinhas” porque são as mais próximas. Com 4 anos, na velocidade da luz, chegamos a Alfa de Centauro; com 11 anos chegamos em Prócion; com 16 anos em Altair; com 23 anos em Fomalhaut; com 26 anos em Veja; com 35 anos em Polux; com 36 anos em Arturus; com 45 anos em Capela; com 98 anos em Canopus; com 118 anos em Achernar; com 220 anos em Spica; com 370 anos em Alfa de Cruzeiro do Sul; com 480 anos em Beta de Centauro; com 490 anos em Beta do Cruzeiro do Sul; com 600 anos em Betelgeuse; com 1600 anos chegamos em Debeb.
Já viajamos 15 quatrilhões de quilômetros! (1,51 x 1016 kms = 151 seguidos de 14 zeros!). Para atravessar toda a nossa galáxia vamos gastar cerca de 100 mil anos-luz, isto é, viajaremos cem mil anos com a velocidade da luz… Depois de atravessar a nossa Via Láctea, o espaço parece mesmo vazio. A galáxia mais próxima chama-se Andrômeda, e está a 2 milhões de anos-luz de distância. Mas ainda estamos longe de chegar até onde os astrônomos já chegaram com os seus fantásticos equipamentos.
As galáxias estão colocadas em grupos no Cosmos. A nossa Via-Láctea faz parte de um grupo de 17 galáxias; chamado Grupo Local. O maior grupo conhecido é o Hércules, precisaríamos de 300 milhões de anos para chegar até ele. Contém mais de 10 mil galáxias, cada uma contendo bilhões de estrelas. Os astrônomos já sabem que há mais de 10 bilhões de galáxias no universo conhecido. O número de estrelas do universo é estimado na casa dos quintilhões (1018 = 1 seguido de 18 zeros). Inimaginável!
O vazio reina no espaço… e o universo não tem fim… Em tudo isto, o que mais impressiona os cientistas é que o universo está em expansão; isto é, se afasta de um centro com a fantástica velocidade de 145.000 km/s. É uma colossal fuga do centro. A partir do seu estado inicial até hoje o universo se dilatou enormemente, até atingir as dimensões atuais em conseqüência da explosão (Big Bang). A teoria do big–bang nos permite ter uma idéia unitária da origem do universo, desenvolvido a partir de uma única e simples unidade material, como se fosse uma semente cujo desabrochamento assinalou o início do espaço e do tempo.
Como não ver atrás de tudo isto a mão de Deus?
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br – 27.04.2008