VATICANO, 2007-11-09 (ACI).- Durante um discurso dirigido ao meio-dia na Sala Clementina a uma delegação da Federação Universitária Católica Italiana (FUCI), o Papa Bento XVI recordou que ser cristão no mundo de hoje implica ser contracorrente.
Em seu discurso o Pontífice elogiou a FUCI por ter contribuído “à formação de inteiras gerações de cristãos exemplares, que souberam traduzir o Evangelho na vida e com a vida, comprometendo-se no âmbito cultural, civil, social e eclesiástico”. A respeito recordou os beatos Piergiorgio Frassati e Alberto Marvelli, assim como aos políticos italianos Aldo Moro e Vittorio Bachelet, vilmente assassinados” e a Paulo VI, “que foi assistente eclesiástico central da FUCI nos difíceis anos do fascismo”.
O Santo Padre destacou também “o testemunho convincente da ‘possível amizade’ entre a inteligência e a fé, que suporta o esforço incessante de conjugar a maturidade na fé com o crescimento no estudo e a aquisição do saber científico”.
Bento XVI destacou que “o estudo é, ao mesmo tempo, uma oportunidade providencial para avançar pelo caminho da fé, porque a inteligência bem cultivada abre o coração do ser humano à escuta da voz de Deus, evidenciando a importância do discernimento e da humildade”.
“Tanto hoje como no passado, quem quer ser discípulo de Cristo está chamado a ir contracorrente” e a não deixar-se influenciar por mensagens que convidam “à prepotência e à conquista do êxito com todos os meios”.
Depois de destacar que na sociedade atual existe “uma corrida às vezes desenfreada à aparência e ao desejo de possuir em detrimento, por desgraça, do ser”, o Santo Padre assegurou que “a Igreja, mestra em humanidade, não se cansa de exortar especialmente às novas gerações, às que pertencem, a estar atentas e a não temer na hora de decidir caminhos ‘alternativos’ que só Cristo sabe indicar“.
“Jesus chama a todos seus amigos a modelar sua existência de um modo sóbrio e solidário, a estabelecer relações afetivas sinceras e gratuitas com outros. A vós, jovens estudantes -concluiu-, pede-lhes lhes comprometer honestamente no estudo, cultivando um sentido de responsabilidade amadurecido e um interesse compartilhado pelo bem comum. Que nos anos da Universidade ofereçam um testemunho evangélico convencido e valente“.