D. Lugo revela sua formação na teologia da libertação

O bispo D. Fernando Lugo, eleito presidente do Paraguai, e que  foi  suspenso “a divinis” pelo Papa Bento XVI, revelou em uma entrevista na cidade de Lima, no Peru, durante sua recente visita a esta capital, que “sua atual participação política se remonta à sua formação na vertente marxista da Teologia da Libertação que recebeu anos atrás em Lima, Peru”. (Lima, 19 de maio. 2008; acidigital.com)

Ao chegar a Lima seu primeiro ato oficial foi visitar o “Colégio de Jesus” das religiosas dominicanas, onde conforme revelou à imprensa, “começou meu estudo sobre a Teologia da Libertação”. Neste colégio “foi recebido efusivamente pelas irmãs dominicanas”.Afirmou D. Lugo que: “Vim visitar às irmãs e aqui faz quase 30 anos se realizavam cursos de Teologia da Libertação e é onde comecei a beber pela primeira vez sobre esta corrente teológica”, explicou o ex-bispo, que desobedecendo o pedido expresso da Santa Sé participou da recente eleição presidencial no Paraguai, e será instalado oficialmente como Presidente em agosto.D. Lugo explicou que “uma vez por ano vinha ao colégio para seguir minha formação teológica em Teologia da Libertação, e ficava quase um mês hospedado na instituição”. “Algumas irmãs continuam aqui e seguiram de perto o processo eleitoral paraguaio”.

Diz a noticia da ACIdigital que “O bispo suspenso pelo Vaticano se referiu aos cursos de Teologia da Libertação de vertente marxista que se realizavam todos os verões do hemisfério sul no auditório do Colégio de Jesus durante a década dos 70’s e 80’s, sob a liderança do teólogo peruano Gustavo Gutiérrez Merino, autor de “Teologia da Libertação – Perspectivas”; e “Força Histórica dos Pobres”; ambos em seu momento questionados pela Congregação para a Doutrina da Fé.

É de se notar que o bispo D. Lugo destaca que a teologia da libertação que estudou e abrigou, é de “cunho marxista”, como sabemos condenada pela Igreja.Jesus disse que “pelos frutos se conhece a árvore” (Mt 7,20). É a primeira vez que um bispo desobedece ao Papa para se candidatar a presidente de um país; o que contraria o Código de Direito Canônico da Igreja.

É mais um explícito fruto amargo da teologia da libertação de cunho marxista, como muitos outros que já conhecemos. Esta teologia da libertação de viés marxista foi amplamente condenada pelos Papas João Paulo II e Bento XVI. A santa Obediência é a maior virtude dos religiosos, com a qual se quebra o orgulho, a vaidade, a auto-suficiência e a soberba espiritual. Ela é a base da vida religiosa.

Foi pela desobediência que Adão e Eva lançaram a humanidade no pecado e na morte; e foi pela obediência ao Pai, até a morte de Cruz, que Jesus salvou a humanidade. « Humilhou-se a si mesmo, feito obediente até à morte » (Fp 2, 8).

Santo Agostinho disse que “ninguém que não saiba obedecer a seus superiores está capacitado para governar a seus súditos”. No pátio da Academia Militar das Agulhas Negras, em letras grandes, está escrito uma frase que todo cadete lê todos os dias: “Cadete, ide comandar, aprendei a obedecer!”E o mesmo Santo Agostinho ainda diz que “Não há injustiça maior que a de exigir obediência aos inferiores quando se nega a obediência aos superiores”. E que “Agrada mais a Deus a imolação que fazemos de nossa vontade, sujeitando-a à obediência, do que todos os outros sacrifícios que possamos lhe oferecer”. “É um erro pensar em outra ação melhor do que a mandada pela obediência”.

Que o episódio sirva de lição!

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino