Judeus e historiadores pedem «justiça e verdade» sobre Pio XII
Começou em Roma, no dia 15.09.2008, o Simpósio Internacional sobre o Pontificado de Pio XII, promovido pela organização “Pave the Way Foundation” (PTWF), de Nova York (Zenit.org).
Trata-se de um simpósio de alto nível, no qual participam historiadores, rabinos, sobreviventes do Holocausto e testemunhas da obra de assistência aos hebreus posta em andamento pela Igreja Católica durante a ocupação alemã. Os historiadores e os judeus querem a verdade e a justiça sobre as injustas acusações que pesam contra o Papa Pio XII.
O congresso tem como título “Examining the Papacy of Pope Pius XII”, e nele intervirão, entre outros, o historiador Dan Kurzman, que documentará o plano secreto de Hitler para raptar e assassinar Pio XII.
Elliot Hershberg, coordenador do PTWF, disse que «a esperança da Fundação é estabelecer uma colaboração contínua com os historiadores do mundo inteiro, com o objetivo de apresentar uma documentação inédita sobre a atividade de assistência aos judeus, de Pio XII».
O presidente do PTWF, Gary Krupp, disse que «muitos historiadores estão esperando que os arquivos vaticanos daquele período estejam completamente abertos, mas a história daquele período pode ser verificada pelo relato daqueles que a viveram».
Krupp contou que ele e sua mulher Meredith estavam totalmente convencidos de que Pio XII e a Igreja Católica eram anti-semitas e colaboradores dos nazistas. Mas o encontro com algumas das testemunhas daqueles anos lhes abriu os olhos.
Uma dos testemunhos que mais impressionou Krupp foi o de Dom Giovanni Ferrofino (96 anos), secretário do então núncio no Haiti, Dom Maurílio Silvani, de 1939 a 1946.
Em um vídeo que se projetará na quarta-feira, 17 de setembro, e que faz parte do arquivo da Fundação PTWF, Dom Ferrofino fala sobre os telegramas que recebia do Pontífice Pio XII duas vezes por ano, para conseguir os vistos necessários aos hebreus que escapavam da Europa ocupada pelos nazistas.
Cada vez que recebia o telegrama, Dom Ferrofino ia ao presidente da República Dominicana, general Trujillo, para pedir, em nome do Papa, 800 vistos. Este procedimento se dava duas vezes por ano, desde 1939 até 1945. Isso significa que, graças a Pio XII, ao menos 11 mil hebreus foram embarcados em Portugal e estiveram a salvo na República Dominicana.
Por este motivo, em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano em 20 de junho passado, após o encontro com o Papa Bento XVI para apresentar-lhe o simpósio, Krupp afirmou que «Pio XII salvou mais hebreus no mundo que qualquer outro na história».
Muitos judeus famosos, como Albert Einstein, Isaac Herzog, Alexander Shafran, Juez Joseph Proskauer, Giuseppe Nathan, A. Leo Kubowitzki, William Rosenwald, Eugenio Zolli, Golda Meir, Pinchas E. Lapide, Sir Martin Gilbert, Paolo Mieri, David G. Dalin, já deram seu testemunho inequívoco em defesa do papa Pio XII, mostrando que ele foi grande amigo dos judeus e salvou milhares de serem mortos na perseguição de Hitler.
O site forumlibertas.com, publicou em 16 de abril de 2007, declarações desses 13 grandes líderes judeus em defesa do grande Papa Pio XII (veja neste blog), acusado injustamente por muitos de ter sido omisso na defesa dos judeus diante de Hitler. Na verdade a Igreja, por orientação do Papa, agindo de maneira diplomática, conseguiu salvar cerca de 800 mil judeus de serem mortos pelos nazistas. Essas declarações desmentem esta calúnia que foi fortemente propagada pelos adversários da Igreja católica. Elas começaram com a propaganda comunista nos anos 60 e se transmitiram pela “nova esquerda” por toda a Europa , junto com a obra financiada pela União Soviética “O Vigário”, de Huchhoth. Nela se baseia o filme “Amém”, de Costa-Gavras.
Como sempre, a mentira e a calúnia têm pernas curtas, e uma dia são desmascaradas pela verdade.
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br