Será que a camisinha falha?

Falhas da camisinha

Ainda tem gente que pensa que o uso da camisinha garante 100% contra a infecção pelo vírus da AIDS. Esta pergunta pode ser respondida com fatos, contra os quais não há argumentos. Duas notícias vinda da África são chocantes e mostram quanto estão enganados os que confiam no preservativo para o combate à AIDS.

1 – A “Revista Época” ( n.485 de 03 set 2007 – p. 19) publicou a seguinte notícia:

África do Sul – Um trágico Recall de camisinhas

“O Departamento de Saúde pediu um recall de 20 milhões de camisinhas distribuídas à população, depois de descobrir que o fabricante subornou um funcionário do governo para aprovar produtos defeituosos. O índice de contaminação por HIV no país é de 14% da população, um dos mais altos do mundo.”

Camisinha defeituosa é apenas um dos itens que podem levar o preservativo a falhar ao impedir a contaminação pelo vírus. Além dos defeitos, sabemos que há poros em todos os tipos de camisinhas que deixam passar o vírus, no mínimo em 10%. Além disso há que se levar em consideração as condições de má embalagem, má conservação, data de vencimento ultrapassado, etc. Será que no Brasil é diferente?…

2 – O Arcebispo de Maputo, capital de Moçambique, Dom Francisco Chimoio, fez uma gravíssima denúncia à cadeia BBC de Londres, de que dois países europeus enviam “deliberadamente preservativos infectados com HIV” para destruir a população africana. (fonte: acidigital.com – 28 set 07). O Arcebispo assegurou que “seu propósito é terminar com a população africana. Se não estivermos atentos terminaremos extintos no transcurso de um século”.Dos 19 milhões de habitantes que tem Moçambique, 16,2% estão  infectados com o HIV, e a cada dia se registram 500 novos casos.É gravíssima esta denúncia feita pelo Arcebispo africano e precisa ser investigada urgentemente pela ONU, pois trata-se de crime contra a humanidade.Vários governos estão descobrindo que o melhor meio de prevenir a população contra o contágio da AIDS, é a abstinência sexual e a fidelidade conjugal. Perante os delegados de 17 países que participaram de uma cúpula sobre a AIDS na África, o Presidente da Uganda Yoweri Museveni rejeitou a proposta de entregar preservativos nas escolas porque – afirma – isto só causará mais contágio. Museveni afirmou que promovendo a abstinência o seu país reduziu a AIDS com melhores resultados que naquelas nações onde se privilegia o uso dos preservativos. Uganda é o único país africano que conseguiu baixar substancialmente a taxa de infecção por HIV.

Através de uma campanha intensa baseada na mensagem da abstinência sexual e fidelidade conjugal, Uganda alcançou uma redução da taxa de infecção de 29% para 4% em apenas dez anos.
Por outro lado, em Botswana e África do Sul, onde houve um derramamento de camisinhas, a AIDS aumentou. A África do Sul tem  22% da população com o vírus . A situação de Botswana é ainda pior, com 37% da população adulta infectada pela AIDS.

O professor Norman Hearst, da Universidade da Califórnia em São Francisco, nota que em Botswana as vendas de camisinhas aumentaram de 1 milhão em 1993 para 3 milhões em 2001, ao passo que a infecção pelo HIV entre mulheres grávidas em centros urbanos aumentou de 27 para 45%. Nos Camarões, do mesmo modo, vendas de preservativos aumentaram de 6 milhões para 15 milhões, enquanto a AIDS subiu de 3 para 9%.

Fica claro que contra a AIDS só há uma garantia de 100%: abstinência sexual antes do casamento e fidelidade conjugal. A Igreja, “doutora em humanidade” (Papa Paulo VI), tem razão.

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino