As famílias, em especial a paulistana, ganharam uma grande batalha na tarde de última terça-feira (25/08/15), com a não inclusão da antinatural ideologia de gênero no Plano Municipal de Educação de São Paulo.
A Câmara de Vereadores da cidade tem cerca de 55 vereadores e é a maior da América Latina. Venceu o bom senso, venceu a família, venceram as crianças, venceu Deus. Foi uma luta que envolveu muitos cristãos contra esta ideologia que veio de longe, desde a Conferência da ONU, sobre a Mulher, na China, em 1995, onde começou a ser propagada pelo mundo, especialmente pelas feministas, tentando ensinar que não existe sexo, nem homem e nem mulher; uma insanidade sem precedentes na história da humanidade, que desrespeita a natureza, a ciência e o bom senso. É algo orquestrado internacionalmente, com apoio também de organizações não governamentais, para destruir, na raiz, a família e a civilização judaico-cristã.
O PME (Plano Municipal de Educação) foi aprovado em segunda votação em São Paulo, com substitutivo assinado pelas lideranças dos partidos (exceto PPS, PDT e Psol), por 44 votos a favor e apenas quatro contrários – dos vereadores Cláudio Fonseca (PPS), Juliana Cardoso (PT), Netinho de Paula (PDT) e Toninho Vespoli (PSOL). O Projeto de Lei (PL) 415/2012 foi aprovado sem menção à ideologia de gênero. No dia 11 de agosto, já tinha acontecido a primeira votação em que a mesma ideologia havia sido rejeitada por 42 votos a 2.
Esta vitória foi a conquista de muitos cristãos que lutaram com perseverança e oração para que nas duas votações, os vereadores rejeitassem esta infernal ideologia. Muitos padres, freiras, leigos, homens, mulheres e jovens, estiveram decididamente em frente da Câmara de São Paulo, durante dois dias (11 e 25 de agosto), cantando, rezando, ouvindo pregações, manifestando sua fé. Nos gabinetes um grupo de pessoas, conversavam com os vereadores esclarecendo sobre o perigo desta ideologia ser colocada no PME. Destaco a presença marcante de Dom Carlos, bispo auxiliar de SP; Prof. Felipe Nery, Pe. Paulo Ricardo, Pe. José Eduardo, e outros lutadores que circularam nos gabinetes dos vereadores. A mídia católica estava presente; o jornalismo da Canção Nova estava lá, bem como outras comunidades, gravando entrevistas e divulgando o evento.
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Foi um trabalho de paciência e perseverança, fé e oração, até que tudo terminasse bem. Isto nos mostra que Deus não perde as batalhas pelo Seu Reino quando os seus filhos lutam e rezam com perseverança e fé. Foi assim com o povo de Deus desde o Antigo Testamento, e continua assim.
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Uma coisa boa de toda esta longa luta, é que o povo de Deus começou a acordar, e a não ficar mais calado diante de propostas imorais, contra a lei de Deus e da Igreja, que querem aprovar como leis e nos obrigar a cumprir. Muitas leis contra o plano de Deus já foram aprovadas no Brasil e outras tentativas virão certamente. Já aprovaram a destruição de embriões, vidas humanas, para pesquisa com células tronco embrionárias; já aprovaram o divórcio, o uso da pílula abortiva do dia seguinte, uma bomba hormonal no organismo da mulher; a união de pessoas do mesmo sexo com adoção de crianças, criando uma falsa família; a inseminação artificial, que transforma a vida humana em objeto de comércio; a legalização da prostituição, etc., etc., etc.. E outras coisas virão: tentarão sem tréguas aprovar o aborto, o suicídio assistido, a eutanásia e coisas semelhantes, que caracterizam uma “cultura da morte”. Será que a morte pode ser solução para os problemas da vida?
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Em um vídeo, o Procurador Regional da República em Brasília, Dr. Guilherme Scheib, mostra que o governo federal tem colocado nas mãos das crianças, nas escolas, cartilhas obscenas, parte da identidade de gênero, causando uma verdadeira perversão sexual. Ele apresenta até um “Modelo de notificação extrajudicial” (www.bit.ly/protegerfamilias) para que os pais se defendam contra isso (https://youtu.be/xqYPWg-c6m8). Transcrevo aqui as palavras do Dr. Scheib:
“Olá família do Brasil, meu nome é Guilherme Schelb, sou Procurador da República em Brasília e me dedico há 25 anos a combater os abusos contra a infância. Infelizmente o governo federal e alguns governos locais comentem graves ilegalidades contra a família e a infância, ao propor e implantar em escolas públicas e particulares a ideologia de gênero. Diversas denúncias revelam a prática de ministrar aulas para crianças sobre sexo anal, bissexualidade, sexo com animais, prostituição e até masturbação. Além de apresentar temas sexuais complexos ao entendimento de crianças e adolescentes, procura-se relativizar abusivamente na mente das crianças os conceitos morais de masculinidade e feminilidade. Se você é contra essas medidas ilegais e abusivas da infância e que desrespeitam a dignidade humana e especial, em particular à fragilidade psicológica diante desse quadro apresento no link o modelo de notificação extrajudicial a ser apresentado ao diretor da escola de seu filho (www.bit.ly/protegerfamilias) este documento servirá de um alerta formal aos professores, sobre normas que protege as crianças de informações abusivas e também sobre os direitos da família na formação moral dos filhos. Não importa se a escola do seu filho é pública ou particular ou até confessional, pois esta notificação extrajudicial servirá também como instrumento de defesa para os professores honestos, que são a maioria, e que também não concordam com estes abusos nas políticas públicas de educação. As instituições de educação e professores que insistirem em cometerem abusos contra seus alunos, deverão ser responsabilizados conforme determina a lei. Em Brasília uma escola permitiu que uma aluna de 11 anos tivesse acesso a livro didático infantil com conteúdo impróprio, os pais processaram a escola e ganharam na justiça indenização de 30 mil reais por danos morais. Proteger crianças é cuidar do futuro!”
Tudo isso nos mostra a necessidade urgente dos cristãos se mobilizarem de todas as maneiras possíveis contra essas iniciativas imorais: nas escolas, pelas mídias, nos parlamentos, nas ruas, etc. Caso contrário, nosso país, cujo primeiro nome foi Terra de Santa Cruz, deixará de sê-lo.
Prof. Felipe Aquino